Quando se aplica a Justiça Restaurativa?

Perguntado por: Vicente André Paiva  |  Última atualização: 18. Juli 2024
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Justiça restaurativa: É aplicada em infrações de menor e maior potencial ofensivo. Consiste em reuniões mediadas por um facilitador entre vítima, ofensor e comunidade. É da vítima o papel de decidir onde, quando e qual a duração de cada reunião.

Quando pode ser aplicado a Justiça Restaurativa?

Pode ser feito antes do julgamento, mas a Justiça Restaurativa é um conceito muito aberto. Há experiências na fase de cumprimento da pena, na fase de progressão de regime etc. Mas nos crimes de pequeno potencial ofensivo, de acordo com artigo 74 da Lei n.

Quais são as duas principais formas de aplicação da Justiça Restaurativa?

Tendo a oportunidade de desculpar-se e a responsabilidade de reparar os danos causados. A comunidade pode ser vista de duas formas: como vítima indireta do crime e como partícipe para a supervisão dos programas de justiça restauradora.

Quais são os três princípios básicos da Justiça Restaurativa?

Em síntese, como vimos, a Resolução 2002/12 da ONU define três princípios fundamentais: o programa restaurativo, o processo restaurativo e o resultado restaurativo.

Qual o foco da Justiça Restaurativa?

A Justiça Restaurativa pode ser compreendida como a busca da solução de conflitos por meio do diálogo e da negociação, com a participação ativa da vítima e do seu ofensor.

O que é a Justiça Restaurativa?

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Qual é o método utilizado na Justiça Restaurativa?

A Justiça Restaurativa se orienta pela escuta de ofensores e vítimas com objetivo de contribuir para a responsabilização e reconstrução do tecido social afetado pelo conflito. O conjunto de práticas está regulamentado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na política nacional prevista na Resolução n.

Quais são os pilares da Justiça Restaurativa?

A justiça restaurativa é radicada em princípios e valores e se sustenta em três pilares ou conceitos centrais: dano, obrigações e engajamento.

O que é correto afirmar sobre a Justiça Restaurativa?

A Justiça Restaurativa é uma corrente surgida há cerca de quarenta anos nas áreas de criminologia e vitimologia. Assume-se como um novo paradigma de justiça, caracterizado essencialmente pela retirada da relação ¿vítima-criminoso¿ do protagonismo do processo.

Quais são as práticas restaurativas?

Podemos considerar, portanto, como fatores fundamentais das Práticas Restaurativas: esperança, compromisso, transparência, credibilidade, respeito, voluntariedade, participação, empoderamento, confidencialidade, honestidade, humildade, solidariedade, humanismo, sentimento comunitário, equilíbrio, interconexão, ...

O que não é Justiça Restaurativa?

A justiça restaurativa não é justiça comunitária

A justiça restaurativa requer uma base comunitária forte, e por sua vez ajuda a construir um senso de comunidade, mas não é uma forma de lidar com a responsabilidade da corte com a comunidade.

Quem faz a Justiça Restaurativa?

O CNJ, por meio da Portaria CNJ nº 91, de 17/8/2016, ato do ministro Ricardo Lewandowski, instituiu o Comitê da Justiça Restaurativa. O Comitê tem o papel de desenvolver a prática como diretriz estratégica da gestão da Presidência do CNJ para o biênio 2015-2016.

É possível fazer um processo restaurativo sem a vítima?

A ambientação de um encontro restaurativo, seja com ou sem a participação da vítima, sempre proporcionará melhores condições para uma livre pactuação de compromissos do que uma tratativa, por mais cuidadosa que seja, estabelecida diretamente entre o adolescente e os operadores do sistema de justiça (promotor, defensor, ...

Quais os pontos positivos da Justiça Restaurativa?

Quais os maiores benefícios desta técnica? Há vários. Em um sentido mais técnico na área judicial, a Justiça Restaurativa reduz a reincidência criminal. As vítimas de crimes ficam muito mais satisfeitas do que aquelas que passam pelo procedimento normal da justiça criminal, pois elas sentem que o processo foi justo.

Quais as principais características da Justiça Restaurativa?

O empoderamento é o poder que a justiça restaurativa busca devolver à vítima ao dar-lhes um papel ativo para determinar suas necessidades e a maneira de satisfazê-las. Isso porque o crime tira este poder das vítimas, já que outra pessoa exerceu controle sobre elas sem o seu consentimento.

Como desenvolve a Justiça Restaurativa?

Como já mencionado, a Justiça Restaurativa é desenvolvida por metodologias diferentes, uma das mais utilizada no Brasil é a metodologia proposta pela assistente social norte-americana Kay Pranis, os “círculos restaurativos” – Os círculos restaurativos são conduzidos por um facilitador com formação em Justiça ...

O que é uma prática restaurativa?

26), as práticas restaurativas são aquelas ações em que há utilização de “diferentes metodologias de estruturação e promoção de encon- tros entre as partes envolvidas” e são amplamente utilizadas de forma a promover o diálogo, superar os conflitos e resolver os problemas de forma consensual e colabora- tiva.

Qual a legislação que prioriza a prática que seja restaurativa?

As técnicas têm previsão na Lei n. 12.594/2012, que criou o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), como ações prioritárias nesses casos.

O que a Justiça Restaurativa tem a ver com a educação?

A justiça restaurativa na escola possibilita a formação de sujeitos autônomos, capazes de assumir a responsabilidade por seus atos.

Qual o papel do mediador nas práticas restaurativas?

O mediador, atua como facilitador do diálogo entre as partes envolvidas, conduzindo as mesmas à encontrarem, de maneira cooperativa, as soluções que melhor satisfaçam os seus interesses, preservando o relacionamento.

Quem trouxe a Justiça Restaurativa para o Brasil?

A parceria entre o governo brasileiro e a Organização das Nações Unidas (ONU) contribuiu para a implantação e implementação dos primeiros programas oficiais de justiça restaurativa, especificamente em Brasília (DF), Porto Alegre (RS) e São Caetano do Sul (SP), os quais hoje são as principais referências históricas para ...

Quais as críticas que a Justiça Restaurativa sofre?

Crítica: a justiça restaurativa trivializa o crime

Os críticos inclinam-se a ver os processos de justiça restaurativa como uma descriminalização da violência doméstica masculina e como um retorno ao estado de problema “privado” ou particular.

É possível destacar alguns princípios aplicáveis à Justiça Restaurativa como?

É possível destacar alguns princípios aplicáveis a Justiça Restaurativa, como: Princípio da Voluntariedade; Princípio da Consensualidade; Princípio da Confidencialidade; Princípio da Celeridade; Princípio da Urbanidade; Princípio da Adaptabilidade; e Princípio da Imparcialidade.

Qual a diferença entre mediação e Justiça Restaurativa?

51), cada um dos conceitos é mais amplo e mais restrito do que o outro, simultaneamente. Assim, segundo este autor, por um lado a justiça restaurativa é mais restrita do que a mediação porque se aplica somente à esfera criminal, enquanto a mediação é utilizada em conflitos criminais e de outras esferas.

Quais são os valores da Justiça Restaurativa?

VALORES QUE ORIENTAM A PRÁTICA DE JUSTIÇA RESTAURATIVA

Reparação: Foco em reconhecer e reparar danos físicos, emocionais e financeiros causados pelo crime e atender às necessidades das pessoas afetadas. Respeito: Tratar todos os participantes com dignidade, compaixão e igual consideração.

Em que situações os círculos restaurativos não costumam ser usados?

No entanto, os círculos restaurativos não são geralmente utilizados para aplicar sanções punitivas em um grupo, uma vez que sua abordagem visa a restauração, reconciliação e aprendizado, em vez de punição.

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