Onde está previsto o perdão judicial?

Perguntado por: Bernardo Sebastião Carneiro Alves  |  Última atualização: 13. März 2022
Pontuação: 4.6/5 (58 avaliações)

O perdão judicial está previsto no art. 121, em seu § 5º, que assim dispõe: na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária.

Quais as hipóteses de perdão judicial?

Em regra, o Direito Penal brasileiro prevê o perdão judicial para crimes culposos - exemplos: homicídio culposo, lesão corporal culposa e receptação culposa. Entretanto, também é possível o perdão judicial em crimes dolosos – exemplos: art.

Quando o juiz concede o perdão judicial significa que?

O perdão judicial é uma renúncia do Estado à pretensão punitiva, manifestada através do Juiz. Nesse caso, a renúncia à aplicação da pena acarreta como consequência automática e inafastável, a extinção da punibilidade.

Qual a natureza da sentença que concede o perdão judicial?

Não subsiste qualquer efeito condenatório, salvo para fins de reincidência. A sentença que concede o perdão não é considerada para a reincidência. A doutrina é divergente sobre a natureza da sentença concessiva do perdão judicial.

Qual a natureza jurídica da sentença que concede o perdão judicial?

Assim, entendemos que a sentença que concede o perdão judicial tem natureza declaratória, extinguindo a punibilidade, não subsistindo qualquer efeito condenatório.

? Perdão Judicial - Direito Penal

24 questões relacionadas encontradas

Qual a natureza jurídica das causas extintivas de punibilidade?

As causas extintivas da punibilidade, em geral, atingem apenas o jus puniendi, permanecendo o crime em sua integridade, com todos os seus demais efeitos e, quando operarem após o trânsito em julgado da sentença pena condenatória, atingirão a primariedade do agente.

O que é o perdão judicial?

O perdão judicial é a "faculdade concedida ao juiz de, comprovada a prática de uma infração penal, deixar de aplicar a pena imposta pela lei em face de justificadas circunstâncias excepcionais"(1). Segundo parte da doutrina, trata-se de direito público subjetivo de liberdade(2).

Quando é aplicado o perdão judicial?

O perdão judicial nos casos de homicídio culposo (121, §5º, CP) consiste em causa extintiva de punibilidade, sendo utilizado nas hipóteses em que “as conseqüências da infração atingem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária”.

Quais as hipóteses de cabimento do perdão do ofendido?

O perdão é cabível quando a ação penal já se iniciou com o recebimento da queixa e pressupõe também que não tenha ocorrido trânsito em julgado da sentença condenatória. Nota-se que é ato bilateral, ou seja, só gera a extinção da punibilidade se o perdão for aceito pelo autor da ofensa.

Quais são as modalidades de perdão previstas no Código Penal Brasileiro?

Ter-se-á o perdão, se a graça for individual, e o indulto, se coletiva.” A graça deve ser solicitada pelo interessado, embora o Chefe do Executivo possa concedê-la espontaneamente. A iniciativa também pode ser do Ministério Público, do Conselho Penitenciário ou da Autoridade Administrativa.

Quem tem direito ao perdão da pena?

Normalmente, o benefício é destinado aos detentos que cumprem requisitos como ter bom comportamento, estar preso há um determinado tempo, ser paraplégico, tetraplégico, portador de cegueira completa, ser mãe de filhos menores de 14 anos e ter cumprido pelo menos dois quintos da pena em regime fechado ou semi-aberto.

Quanto ao perdão do ofendido?

O perdão do ofendido é ato bilateral, incondicional, exclusivo da ação penal privada e pode ser concedido até o trânsito em julgado. O perdão é o ato pelo qual o ofendido ou seu representante legal desiste de prosseguir com o andamento de processo já em curso, desculpando o ofensor pela prática do crime.

Quais as principais semelhanças entre renúncia e perdão do ofendido?

A renúncia, o perdão e a perempção possuem a mesma natureza jurídica, qual seja, de causa de extinção da punibilidade, de acordo com o estipulado no artigo 107 do CP. Isso porque impedem a punição do autor do crime.

Quais as diferenças entre o perdão judicial e do perdão do ofendido?

A diferença dos institutos citados é de que o perdão do ofendido surge da parte interessada na queixa crime e o perdão judicial parte unicamente do juiz nos casos autorizados por lei.

Como funciona o perdão da pena?

O indulto natalino consiste em um perdão de pena coletivo concedido pelo Presidente da República para pessoas condenadas que se enquadrarem nas condições expressas na lei. Esta espécie de perdão da pena impõe a extinção da pena dos indivíduos beneficiados pelo direito, conforme registra o artigo 107 do Código Penal.

É cabível o perdão judicial em algum crime patrimonial?

Apesar de não termos os detalhes deste anteprojeto de lei, o perdão é causa de extinção de punibilidade, tendo cabimento tanto na ação privada (perdão do ofendido), como também na pública (perdão judicial).

O que é arrependimento posterior no direito penal?

O artigo 16 do Código Penal descreve o arrependimento posterior como uma das causas de redução de pena, que pode incidir no caso de o acusado de crime cometido sem violência se arrepender e decidir reparar o dano ou devolver o objeto.

Qual a natureza jurídica da punibilidade?

A punibilidade, portanto, é a conseqüência jurídica do crime. Ocorrendo crime e sendo a conduta do agente culpável, a sanção deve ser aplicada.

Qual o fundamento jurídico que pode ser utilizado na nova legislação para extinguir a punibilidade do agente?

Já as causas de extinção da punibilidade que atingem somente o acusado, sem se comunicar com os demais coautores e partícipes, são: A morte do agente; O perdão judicial; A graça, indulto ou anistia (conforme o caso);

É taxativo o rol das causas de extinção da punibilidade previsto no art 107 do CP?

I - É taxativo o rol das causas de extinção da punibilidade previsto no artigo 107 do Código Penal. II - No caso de crimes conexos, a extinção da punibilidade de um deles não impede, quanto aos outros, a agravação da pena resultante da conexão, conforme dispõe o Código Penal.

Quando cabe a renúncia?

É cabível a renúncia no caso de ação penal privada subsidiária da pública, impedindo que a vítima proponha a ação privada subsidiária. Após a propositura da queixa, poderão ocorrer apenas a perempção e o perdão do ofendido. No caso de ausência ou morte do ofendido que não renunciou.

Porque se admite a retratação?

Retratação é o ato de desdizer-se, de retirar o que se disse. Retratação não se confunde com negação do fato, pois retratação pressupõe o reconhecimento de uma afirmação confessadamente errada, inverídica. A retratação é causa extintiva de punibilidade (art. 107, VI), de caráter pessoal.

Qual a diferença de renúncia e retratação?

Primeiramente, há que se realizar a distinção entre renúncia e retratação da representação, visto que aquela consiste no ato unilateral efetuado pela vítima antes da representação, enquanto esta seria a revogação da representação já externada.

Qual a consequência do perdão do ofendido na hipótese de ação penal privada subsidiária da pública?

O perdão do ofendido aceito é causa extintiva da punibilidade, prevista no artigo 107, V, 2ª parte do CP, que apenas incidirá após o oferecimento da ação penal privada e antes do trânsito em julgado da sentença penal condenatória.

O que significa artigo 105?

Art. 105 - O perdão do ofendido, nos crimes em que somente se procede mediante queixa, obsta ao prosseguimento da ação.

Artigo anterior
Como se faz Refresh?
Artigo seguinte
Quem está em regime aberto pode viajar para outro estado?