Qual o prazo prescricional para a partilha de bens?

Perguntado por: Gabriela Pinto de Morais  |  Última atualização: 5. Februar 2022
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“Pela jurisprudência dos Tribunais Superiores vem prevalecendo o entendimento de que o direito à partilha de bens sofre prescrição. O prazo é de dez anos”, explica a professora da PUC/PR. A data começa a valer a partir da separação, seja do casamento ou união estável.

Qual o prazo prescricional para reconhecimento de união estável?

Logo, podemos concluir que a este tipo de pretensão é aplicável o prazo prescricional de dez anos. Dada informação é de suma relevância quando, na prática, uma pessoa pode buscar a declaração da união vivida a qualquer prazo, mas não poderá pleitear a divisão de bens após dez anos da separação de fato.

Qual o prazo para anular a partilha de bens?

É de quatro anos o prazo de decadência para anular partilha de bens em dissolução de união estável, por vício de consentimento (coação), nos termos do art. 178 do Código Civil.

Como funciona divórcio com partilha de bens?

Em caso de divórcio, a divisão de bens funcionará dessa forma: cada cônjuge ficará com os bens que já tinha antes de se casar e, em relação aos bens adquiridos após o casamento, haverá divisão entre os cônjuges, já que tais bens fazem parte do patrimônio do casal.

O que não entra na partilha de bens no divórcio?

Os bens adquiridos antes do casamento ou aqueles recebidos por doação ou por herança não se comunicam na partilha de bens, assim como aqueles bens adquiridos com o dinheiro de outro bem particular de uma das partes. ... Durante a união, o vendo e, com o dinheiro, adquiro outro.

Prazo prescricional para pedido de partilha de bens

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Quais os bens que entram na partilha?

Já o artigo 1.660 estabelece que entram na comunhão os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges, e também os que forem adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa anterior.

Qual investimento não entra na partilha de bens?

Regra geral, os investimentos realizados antes da constância do casamento ou da união estável não são partilhados. Entretanto, ressalta-se que os seus frutos sim. ... No entanto, se os investimentos foram realizados durante o casamento ou a união estável deverão integrar a partilha.

Como calcular partilha de bens divórcio?

Nesse sentido, o casal que decide divorciar, a depender do regime de bem adotado, será meeiro (50%) do total dos bens adquiridos. Desta forma, deve-se apurar o valor total dos bens para assim declarar o valor da meação de cada um.

Como é feita a partilha de bens no divórcio extrajudicial?

É possível realizar o divórcio consensual através de uma escritura pública junto a um cartório de registro civil, na qual constará como as partes dispuseram sobre os bens do casal e a prestação alimentícia, bem como a retomada do nome de solteiro ou manutenção do sobrenome adotado no casamento.

Qual o prazo da ação anulatória?

A ação anulatória, prevista no artigo 486 do Código de Processo Civil, permite a anulação de atos praticados pelas partes em juízo quando não dependam de sentença ou aos quais se siga sentença meramente homologatória.

Qual a diferença entre rescisão de partilha e anulação de partilha?

Ação anulatória A ação de anulação da partilha é permitida quando há vício em sua celebração.... Ação rescisória A ação anulatória distingue-se da ação rescisória porque na primeira há vício na celebração da partilha. Na segunda, por sua vez, há vício na decisão da partilha.

Quais são os vícios e defeitos apontados pelo código que são capazes de anular a partilha?

1.1 A legislação consignou prazo ânuo para anulabilidade da partilha nos casos de coação, erro, dolo ou quando envolver incapaz, ou seja, vícios e defeitos que invalidam, em geral, os negócios jurídicos (artigo 2.027 do Código Civil ).

Como fazer reconhecimento de união estável Pós-morte?

Para que ocorra o reconhecimento extrajudicial é necessário que o casal compareça em cartório para firmar o ato. Portanto, em caso de falecimento, não será possível fazer o reconhecimento da união dessa forma, restando somente a possibilidade do reconhecimento pela via judicial.

Qual é o prazo de prescrição?

A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor. Já os prazos especiais são aqueles que a lei determina um prazo menor para que sejam exercidos outros direitos.

Como é a partilha na união estável?

Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às relações patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial de bens. Desta maneira, havendo intenção de separar-se, o patrimônio adquirido na constância da união estável – imóveis, veículos, bens móveis– deve ser dividido meio a meio.

Quanto custa um divórcio extrajudicial?

O valor da escritura de divórcio é tabelado por lei em todos os cartórios do Estado de São Paulo: R$ 465,88 (Quatrocentos e sessenta e cinco reais e oitenta e oito centavos) se o casal não tiver bens a partilhar.

Como transferir imóvel após divórcio?

Para transferência dos bens para o nome de cada um dos cônjuges é necessário apresentar a escritura para registro no Cartório de Registro de Imóveis (bens imóveis), no Detran (veículos), no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas ou na Junta Comercial (sociedades), nos Bancos (contas bancárias), etc.

Como funciona a separação extrajudicial?

Funciona assim: O casal, acompanhado por advogado, vai ao cartório com os documentos necessários e dá entrada no divórcio. Se estiverem atendidos todos os requisitos, todo andamento é feito no cartório mesmo e, após o processo, é lavrada a Escritura Pública de Divórcio.

Como se calcula a partilha de bens?

“Art. 2.017. No partilhar os bens, observar-se-á, quanto ao seu valor, natureza e qualidade, a maior igualdade possível.” Então, a base na partilha será sempre a igualdade entre os herdeiros, respeitando aqueles que devem receber um percentual maior ou menor na partilha, como o cônjuge por exemplo, que é meeiro.

Como dividir os imóveis na separação?

Como fica o imóvel do casal na separação? O imóvel adquirido por ambos na constância do casamento, cada cônjuge tem direito à metade. Uma das saídas é vender o bem para que cada um fique com 50% do valor. Uma alternativa é analisar os demais bens de propriedade do casal.

Como fica a divisão dos móveis na separação?

Em linhas gerais, entram na comunhão os bens adquiridos onerosamente (que são os bens comprados, no seu caso) e excluem-se da comunhão os bens que cada cônjuge já possuía antes de se casar e os que foram recebidos depois por ato gratuito, como, por exemplo, doação ou herança durante o casamento.

Como funciona a separação de bens com filhos?

Quando os filhos terão direito aos bens dos pais separados? A princípio cabe esclarecer que quando os pais separam os filhos não têm direito à partilha de bens por ocasião do divórcio. Os filhos só são herdeiros por ocasião da morte de seus pais (direito sucessório) e não da separação deles (direito de família).

Porque previdência privada não entra no inventário?

Segunda grande vantagem do plano de previdência privada: o resgate pelos beneficiários não depende da conclusão do inventário. ... A única exceção é quando o valor acumulado no plano representa mais de 50% do patrimônio do falecido, e os beneficiários não forem os herdeiros necessários.

Quais aplicações entram no inventário?

Herança: Como ficam as aplicações financeiras em caso de morte
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Quais bens não se comunicam na comunhão parcial?

De acordo com o artigo 1.659 do Código Civil, excluem-se da comunhão: I – os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar; II – os bens adquiridos exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges, em sub-rogação dos bens ...

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