Quais as hipóteses de litigância de Má-fé processual?

Perguntado por: Vitória Pinho Campos  |  Última atualização: 25. Juli 2024
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A litigância de má- se configura quando a parte deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso; alterar a verdade dos fatos; usar do processo para conseguir objetivo ilegal; opuser resistência injustificada ao andamento do processo; proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ...

Em quais casos são considerados hipóteses de litigância de má-fé?

A litigância de má-fé ocorre quando uma parte em um processo judicial age desonestamente ou com intenções maliciosas, como falsificar documentos, fazer falsas alegações, alterar fatos, utilizar o processo para fins ilegítimos, obstruir a justiça, ou iniciar procedimentos sem fundamento.

São exemplos de má-fé processual?

Já no art. 80 do CPC, considera-se conduta de má-fé:
  • deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso;
  • alterar a verdade dos fatos;
  • usar do processo para conseguir objetivo ilegal;
  • opuser resistência injustificada ao andamento do processo;

Quando se caracteriza litigância de má-fé?

Litigar de má-fé é agir com o objetivo de causar dano ao processo. A litigância de má-fé está prevista no Código de Processo Civil. Litigante é aquele que é parte em um processo judicial. Assim, litigar de má-fé é agir com o objetivo de causar dano ao processo.

Como descaracterizar litigância de má-fé?

A litigância de má-fé não se presume e depende de inequívoca comprovação, sendo descabida quando os elementos constantes dos autos evidenciam o exercício do direito de defesa pela parte, sem que haja a prática das condutas descritas no art. 80 , do CPC/15 .

CPC COMENTADO - Art. 80 - Litigância de má-fé

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Quando cabe a aplicação da multa por litigância de má-fé?

Segundo o art. 18, do atual CPC, o litigante de má-fé poderá ser condenado ao pagamento de multa que não excederá a 1% (um por cento) sobre o valor da causa. Portanto, o que se verifica na prática que o valor irrisório da condenação não inibe qualquer das partes a litigar de má-fé.

Quando o advogado pode ser condenado por litigância de má-fé?

Desse modo, faz-se cabível a inclusão, no CPC, do mandatário como responsável por litigância de má-fé quando agir de forma abusiva, prejudicando seu constituinte ou terceiros, já que a eticidade perfaz-se como pilar da profissão advocatícia.

Como executar litigância de má-fé?

A aplicação da penalidade por litigância de má-fé exige a comprovação do dolo da parte, ou seja, da intenção de obstrução do trâmite regular do processo ou de causar prejuízo à parte contrária, o que não ocorre na hipótese em exame.

Quem responde por litigância de má-fé?

O Estatuto da Advocacia (Lei nº 8.906/94), no art. 32, parágrafo único, dá pela responsabilidade solidária do advogado para responder pela litigância de máfé, seja por sustentar lide temerária, seja por atos processuais praticados nesta condição.

Para quem vai o valor da litigância de má-fé?

De acordo com o artigo 96 do Código de Processo Civil de 2015, o valor das sanções impostas ao litigante de má-fé reverterá em benefício da parte contrária, e o valor das sanções infligidas aos serventuários pertencerá ao Estado ou à União.

Como se comprova a boa-fé?

O princípio da boa-fé é quando as pessoas agem com honestidade e respeito nas relações jurídicas, é como se fosse um acordo implícito para ser justo e não enganar os outros. Esse princípio é importante para promover a confiança e o respeito entre as pessoas nas diferentes situações legais.

Qual a diferença entre litigância de má-fé e ato atentatório?

Caso a multa seja revertida em favor da parte contrária, trata-se de litigância de má-fé, e caso revertida em favor do Estado, trata-se de ato atentatório à dignidade da justiça (com exceção do art. 774 do CPC).

O que é a má-fé objetiva?

Ao contrário da boa-fé, está a má-fé onde o sujeito tem a objetiva intenção de prejudicar a pessoa com quem estabelece uma relação contratual. Se comprovada a existência de má-fé nas relações celebradas, haverá penalidades de acordo com cada caso concreto, sendo necessário analisar e limitar a sua punição.

Quando o advogado mente no processo?

O ato de mentir no processo judicial tem o nome formal de litigância de má- fé. A palavra litigar vem do latim litigare, que significa disputar. De forma simples, litigância de má-fé seria como brigar em desigualdade, como um estar portando uma arma de fogo e o adversário um canivete, não é uma disputa justa.

E litigância de má-fé expor os fatos em juízo conforme a verdade?

LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. O CPC , art. 77 , incisos I e II impõe às partes e aos seus procuradores o dever de "expor os fatos em juízo conforme a verdade", além de "não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que são destituídas de fundamento".

Quem tem justiça gratuita paga litigância de má-fé?

Há entendimento no sentido de que a aplicação de pena por litigância de má-fé é incompatível com a concessão do benefício da justiça gratuita ou da assistência judiciária gratuita.

Quando posso pedir litigância de má-fé?

A litigância de má-fé se configura quando a parte deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso; alterar a verdade dos fatos; usar do processo para conseguir objetivo ilegal; opuser resistência injustificada ao andamento do processo; proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ...

Pode ser cumulada com a multa de litigância de má-fé?

Tese Firmada: É impossível a aplicação cumulada das multas por litigância de má-fé (artigos 80 e 81 do CPC) e por embargos protelatórios (artigo 1.026 do CPC).

O que acontece se mentir em um processo?

O Projeto de Lei 3148/21 inclui no Código Penal o crime de perjúrio: fazer afirmação falsa ou negar a verdade como investigado ou parte em processo ou investigação. A pena será de três a seis anos de reclusão.

O que é uma pessoa agir de má-fé?

A litigância de má-fé constitui um tipo especial de ilícito em que a parte, com dolo ou negligência, agiu processualmente de forma inequivocamente reprovável, violando deveres de legalidade, boa-fé, probidade, lealdade e cooperação de forma a causar prejuízo à parte contrária e obstar à realização da justiça.

É possível aplicar multa por litigância de má-fé no Processo Penal em face do abuso do direito de recorrer?

Não é possível a imposição de multa por litigância de má-fé no âmbito do processo penal.

O que é litigância predatória?

O que é litigância predatória? Como dissemos, a litigância predatória é uma prática de ajuizamento em massa de processos judiciais, contendo elementos abusivos ou fraudulentos.

O que é dolo de má-fé?

O dolo refere-se à vontade livre e consciente da prática do ato enquanto a má- fé consiste nos objetivos almejados pelo agente.

O que diz o artigo 422 do Código Civil?

Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.

O que diz o artigo 421 do Código Civil?

A liberdade contratual será exercida nos limites da função social do contrato. Parágrafo único. Nas relações contratuais privadas, prevalecerão o princípio da intervenção mínima e a excepcionalidade da revisão contratual.

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