O que é transtorno alimentar seletivo?

Perguntado por: Enzo Pedro Carneiro Machado Vieira  |  Última atualização: 10. Februar 2025
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A seletividade alimentar é atualmente classificada como Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo (TARE). Mais do que apenas ser um comedor exigente, a pessoa com seletividade alimentar costuma ter aversão sensorial a certos sabores, texturas ou cores, chegando a desenvolver fobia de determinados alimentos.

O que causa o transtorno alimentar seletivo?

A recusa alimentar pode ser causada por vários fatores, como problemas psicológicos, fobias sociais, alterações no paladar, insistência dos adultos na alimentação, dificuldade para mastigar, engolir ou sentir mal-estar no estômago.

O que causa a seletividade alimentar?

Um dos principais fatores que influenciam a seletividade alimentar é o estilo de alimentação dos pais. Pais que adotam uma abordagem autoritária e coercitiva em relação à alimentação, impondo restrições rígidas ou pressionando a criança a comer, podem contribuir para a seletividade alimentar.

Quais transtornos tem seletividade alimentar?

Condições de saúde: disfunções como transtornos do espectro do autismo, de processamento sensorial e distúrbios gastrointestinais podem favorecer a seletividade alimentar. Questões emocionais: estresse, ansiedade, transtornos alimentares e outras condições emocionais.

Qual o tratamento para seletividade alimentar?

O tratamento para a seletividade alimentar deve ser multidisciplinar, podendo envolver profissionais como psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e nutricionista. Isso é importante porque existem questões comportamentais e sensoriais relacionadas ao problema.

O QUE ACONTECE NO TRANSTORNO ALIMENTAR RESTRITIVO EVITATIVO?

19 questões relacionadas encontradas

Como é uma criança com seletividade alimentar?

Ela pode ser identificada pela recusa alimentar, redução no apetite, desinteresse pela comida e agitação no momento de comer. Os pequenos também podem apresentar aversão a alguns tipos de alimento por conta das cores, texturas e sabores, chegando a até mesmo desenvolver fobia por alimentos específicos.

Quando a seletividade alimentar é preocupante?

Quando a criança não aceita comer algo diferente do habitual, atrapalhando a rotina da família e afetando o seu desenvolvimento saudável, é sinal que a seletividade alimentar precisa ser acompanhada por profissionais.

Quanto tempo dura a seletividade alimentar?

É importante ressaltar que a seletividade alimentar é um comportamento típico da fase pré-escolar, mas pode acentuar-se e permanecer até a adolescência, evoluindo para casos mais graves e comprometendo o desenvolvimento infantil saudável. Relutância em comer ou evitar o consumo de novos alimentos.

Quem tem seletividade alimentar têm autismo?

Apesar desse padrão alimentar também ser visto em pessoas com desenvolvimento típico, a seletividade alimentar é frequentemente associada ao diagnóstico de Transtorno do Espectro Autismo (TEA), já crianças autistas têm 5 vezes mais chances de apresentarem dificuldades alimentares, do que crianças neurotípicas.

Quais são as consequências da seletividade alimentar?

A seletividade alimentar em adultos pode envolver aversão a certos alimentos ou grupos de alimentos, preferências alimentares restritas e uma relutância em experimentar novos alimentos, podem impactar negativamente a qualidade da dieta e a ingestão de nutrientes essenciais levando a deficiências nutricionais, sobrepeso ...

É normal criança ter seletividade alimentar?

Crianças aprendem a comer pelo sensorial, pegando, cheirando, olhando, amassando a comida. Põe na boca, cospe, ama hoje e odeia amanhã. É um passo de cada vez e quando a família percebe que cada etapa no processo de se alimentar é importante, dificilmente a criança será seletiva.

Como o psicólogo pode ajudar na seletividade alimentar?

Um psicólogo pode ajudar a explorar as origens dos padrões alimentares, identificar possíveis gatilhos emocionais associados à seletividade e desenvolver estratégias para lidar com eles.

Como saber se tenho seletividade alimentar teste?

A escala de compulsão alimentar é um questionário autoaplicável que avalia hipoteticamente a presença e o nível desse distúrbio. Muito do teste é baseado no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), já que o resultado pode indicar a presença desse distúrbio alimentar.

Quem tem TDAH pode ter seletividade alimentar?

ALIMENTAR DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH) GONÇALV ES E SILVA (2018) ● Indivíduos com TDAH podem apresentar seletividade alimentar ● Crianças com TDAH podem reagir a substâncias e aditivos naturais e artificiais nos alimentos, que podem ter efeitos leves a graves em seu ...

Como evitar a seletividade alimentar?

Aqui vão algumas dicas de como lidar com a seletividade alimentar:
  1. Estabeleça uma rotina. ...
  2. Respeite o apetite. ...
  3. Evite exageros. ...
  4. Faça refeições agradáveis. ...
  5. Evite distrações. ...
  6. Nada de recompensas. ...
  7. Ofereça as coisas no momento certo. ...
  8. Seja um bom exemplo.

Qual o CID para seletividade alimentar?

F509 - Transtorno de alimentação não especificado.

Como saber se meu filho tem Tare?

Existem muitos tipos de problemas alimentares que possam justificar um diagnóstico de TARE, entre eles: dificuldade em digerir certos alimentos; evitação de determinadas cores ou texturas dos alimentos; comer apenas porções muito pequenas de alimentos; falta de apetite; medo de comer depois de um episódio assustador de ...

Como a fono atua na seletividade alimentar?

Os fonoaudiólogos há muito tempo atuam com bebês e crianças com dificuldades alimentares, com o objetivo de “fazer a criança comer” uma quantidade específica e/ou em qualidade mais adequada em termos de textura e consistência do alimento11.

O que provoca a seletividade alimentar nas crianças com TEA?

A pesquisa da Universidade de Massachusetts mostrou que entre os fatores de seletividade mais relatados estão a textura, a aparência, o sabor, o cheiro e a temperatura dos alimentos, levando as crianças a rejeitarem algumas opções oferecidas durante a alimentação.

Como ajudar meu filho na seletividade alimentar?

Peça para seu filho olhar para a comida. Eles precisam tolerar e se familiarizar com o alimento que está em seu prato. Então, pergunte a eles como eles acham que é, se parece crocante ou macio, doce ou salgado, tudo sem tocar na comida. Isso vai ajudar a reduzir a ansiedade inicial de conhecer algo pela primeira vez.

Como trabalhar a seletividade alimentar em casa?

Como lidar com a seletividade alimentar
  1. Estabeleça uma rotina. ...
  2. Evite os alimentos não saudáveis. ...
  3. Adicione gradativamente os alimentos saudáveis. ...
  4. Pratos coloridos. ...
  5. Apresente os alimentos em quantidades menores. ...
  6. Seja um modelo para o seu filho. ...
  7. Prepare a refeição com o seu filho.

O que é uma criança seletiva?

A seletividade de fato é quando a criança não come um grupo inteiro de alimentos, por exemplo, nenhum carboidrato ou nenhuma fruta. Se o seu filho não come banana e maçã, mas come morango, manga, pera, ameixa, abacate, manga, melancia, laranja, kiwi e outras frutas, ela não é seletiva.

Como lidar com a seletividade alimentar na escola?

Crianças com seletividade alimentar: como lidar?
  1. Seja Paciente e Evite o Confronto: ...
  2. Apresente Novos Alimentos Gradualmente: ...
  3. Torne as Refeições Divertidas: ...
  4. Seja um Modelo de Comportamento: ...
  5. Mantenha Opções Saudáveis Disponíveis: ...
  6. Evite Recompensar com Doces: ...
  7. Consulte um Profissional de Saúde:

Qual a diferença entre seletividade alimentar e recusa alimentar?

Na maioria das vezes, as dificuldades alimentares estão relacionadas a indisciplina alimentar, onde não existem horários fixos de refeição, há substituição de refeição por lanches e beliscos, comem-se guloseimas em qualquer horário e há seletividade alimentar com exclusão de legumes, verduras, frutas e carnes, além de ...

O que fazer se a criança não quer comer?

Como os pais podem lidar com isso de forma leve e equilibrada?
  1. Observar se a criança tem comido outros alimentos. ...
  2. Restringir o acesso a esses alimentos. ...
  3. Favorecer as refeições principais. ...
  4. Tornar a alimentação mais interessante. ...
  5. Evitar as distrações na hora de comer. ...
  6. Tomar as refeições junto com a criança.

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