O que acontece se a medida provisória não for convertida em lei?

Perguntado por: Violeta Ariana Fonseca Morais  |  Última atualização: 20. April 2022
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§ 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas ...

O que acontece quando uma medida provisória não é convertida em lei?

Caso não seja convertida, ocorre a rejeição da medida provisória, que pode ser expressa (o Congresso vota contra a medida) ou tácita (o prazo decorre sem que o Congresso vote sobre a medida). [Obs.: a medida provisória é apreciada pelo Poder Legislativo segundo os mesmos trâmites do processo legislativo ordinário.]

O que acontece se uma medida provisória não for votada?

Caso não sejam convertidas em lei no prazo de 60 dias, prorrogável uma vez por igual período, as medidas provisórias perdem a sua eficácia, cabendo ao Congresso Nacional elaborar decreto legislativo para disciplinar as relações jurídicas decorrentes da MP revogada tacitamente.

Quais as consequências da reprovação da medida provisória?

A medida provisória rejeitada perde a eficácia, ou como preferimos, perde a vigência, desde a sua edição. É o que prescreve o parágrafo único do art. 62, da Constituição (clique aqui).

O que acontecerá se não for editado o decreto legislativo para regular os efeitos da medida provisória depois que ela perdeu sua vigência?

1 Reza o § 11 do art. 62 da Constituição que, não editado o decreto legislativo até sessenta dias após a rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas.

AGU Explica - Medida Provisória

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Qual a finalidade do decreto legislativo?

Os Decretos Legislativos são atos normativos de iniciativa do Congresso Nacional e podem iniciados por qualquer comissão da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal para a normatização de matérias de competência exclusiva do Congresso Nacional. Como já foi dito, eles produzem efeitos externos ao Congresso Nacional.

Seria possível a alteração da Constituição por medida provisória ou lei complementar?

62 da Constituição Federal que “aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da Medida Provisória, esta manter-se-á integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado o projeto”.

Qual o impacto que uma medida provisória pode causar na vida do cidadão brasileiro?

A medida provisória faz alteração pontual do Código Civil com o objetivo de cristalizar o instituto da prescrição intercorrente já consagrado pelo Supremo Tribunal Federal na Súmula 150, contribuindo, dessa forma, para o aumento da segurança jurídica.

Quais os limites para edição de medida provisória?

Observação: no processo legislativo da medida provisória tem um prazo vigorando, que é um prazo de vigência da medida, porque ela pode vigorar por 60 dias, então o prazo máximo de vigência é de 60 dias, prorrogável uma única vez por mais 60 (o prazo não corre em período de recesso, então pode ter mais de 120 dias).

Quais as limitações constitucionais a utilização da medida provisória?

Existem quatro grupos de matérias que não podem ser deliberadas mediante medida provisória. Primeiramente, a emenda constitucional n. 32/2001 veda a adoção de medidas provisórias para tratar de temas relativos à: nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral.

Qual o prazo de validade de uma medida provisória?

O prazo inicial de vigência de uma MPV é de 60 dias e é prorrogado automaticamente por igual período caso não tenha sua votação concluída nas duas Casas do Congresso Nacional.

Quando acaba a medida provisória?

O prazo de vigência da MP é de 60 dias, prorrogável uma vez por igual período. Se ela não for aprovada no prazo de 45 dias, contados da sua publicação, tranca a pauta de votações da Casa legislativa em que se encontrar (Câmara ou Senado) até que seja votada ou perca a validade.

O que é revogar medida provisória?

O ato de revogar uma MP, para depois reeditá-la, burla sua razão de ser e afasta seu controle pelo Congresso. Ademais, a Constituição Federal assegura que a MP que perde sua eficácia por rejeição do Congresso ou decurso do prazo não pode ser reeditada na mesma sessão legislativa, ou seja, no mesmo ano.

É vedada a edição de medidas provisórias?

§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: I – relativa a: a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral; ... § 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts.

O que ocorrerá com as relações jurídicas decorrentes da MP com a sua rejeição na Câmara dos Deputados?

§ 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º até sessenta dias após a rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas.

Quais são os efeitos jurídicos para os atos praticados sob a vigência da medida provisória?

De acordo com a Constituição Federal, art. 62, perderão eficácia as medidas provisórias, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de 60 dias, prorrogável, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes.

Quais são as matérias que são vedadas a edição de medidas provisórias?

3.1.1. Limitações explícitas do § 1º do artigo 62 da Constituição Federal.
  • “§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:
  • I - relativa a:
  • a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral;
  • b) direito penal, processual penal e processual civil;

Quais os requisitos para a edição de medida provisória?

De acordo com a Constituição da República de 1988 são necessários dois requisitos para editar medida provisória: relevância e urgência. Diferentemente do que asseverava a Constituição brasileira de 1969, esses requisitos não são alternativos.

Quais os temas que não podem ser tratados por MP?

Atualmente, pela Constituição, não podem ser tratados por meio de MP os seguintes assuntos:
  • nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral;
  • direito penal, processual penal e processual civil;

Qual a importância das leis no país?

A lei, como norma jurídica regularmente aprovada pelos representantes do povo, exerce o papel fundamental de reger a sociedade e o Estado segundo a democracia. A sua importância e o seu significado são tão notórios e evidentes que o resultado da produção legislativa adquire autonomia em face do ente que a produz.

O que é medida provisória do governo federal?

As Medidas Provisórias são normas com força de lei, editadas pelo Presidente da República em situações de relevância e urgência.

O que é medida provisória no Direito penal?

Medida provisória é um instrumento com força de lei adotado pelo presidente da República em casos de relevância e urgência. O art. 59 da Constituição Federal dispõe em seu inciso V que o processo legislativo compreende a elaboração de medidas provisórias.

Como se pode alterar uma lei?

Para aprovar uma Emenda Constitucional, é preciso realizar dois turnos de votação, em cada Casa do Congresso Nacional, com o voto favorável de, pelo menos, três quintos dos membros de cada Casa, em cada um desses turnos. Ou seja, 49 Senadores e 308 Deputados.

É possível a edição de medidas provisórias em matéria eleitoral?

É vedada a edição de medidas provisórias em matéria eleitoral, ainda que aprovadas antes do início do ano das eleições de que cuida a norma.

Como saber se a lei é complementar ou ordinária?

A lei complementar necessita um quórum de maioria absoluta, previsto pelo artigo 69 da Constituição Federal. Enquanto isso, a lei ordinária requer um quórum de maioria simples ou relativa, que é previsto pelo artigo 47 da CF.

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