É possível usucapião de bem público?

Perguntado por: Paulo Xavier Garcia Pinheiro Costa  |  Última atualização: 29. April 2022
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102 que "Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião". Nesse mesmo sentido, ainda sob a égide do Código Civil de 1916, o STF editou a Súmula n. 340, segundo a qual, "Desde a vigência do Código Civil, os bens dominicais, como os demais bens públicos, não podem ser adquiridos por usucapião".

Qual é o fundamento da jurisprudência que permite a usucapião de bem público?

A justificativa utilizada para proibir a usucapião de bens púbicos está pautada, sobretudo, no princípio da supremacia do interesse público. Este princípio estabelece que o interesse público sobressai ao interesse particular. Para alguns, este princípio “é princípio geral de Direito inerente a qualquer sociedade.

É possível usucapir terreno da prefeitura?

De fato, a Constituição diz em seu art. 183, parágrafo 3º que “os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião”, regra repetida no art. 102 do Código Civil.

Quem não pode fazer usucapião?

Dessa forma, a usucapião não pode ser utilizada em casos onde a pessoa que ocupa o bem tem conhecimento de que não é o proprietário ou trabalha para o mesmo (como caseiros e locadores, por exemplo).

É possível haver posse de bem público?

Os bens públicos somente podem ser suscetíveis de posse em decorrência de lei, ato do poder público ou contrato por ele celebrado, de modo que a ocupação por terceiros é precária, caracterizando mera detenção.

USUCAPIÃO DE BEM PÚBLICO, AGORA PODE?

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É possível ação possessória contra a Fazenda Pública?

É cabível o ajuizamento de ações possessórias por parte de invasor de terra pública contra outros particulares.

Em que circunstâncias o bem público pode ser objeto de uma ação possessória?

1. Na ocupação de bem público, duas situações devem ter tratamentos distintos: i) aquela em que o particular invade imóvel público e almeja proteção possessória ou indenização/retenção em face do ente estatal e ii) as contendas possessórias entre particulares no tocante a imóvel situado em terras públicas. 2.

O que impede o usucapião?

Além disso, bens irregulares, sem registro, sem demarcação ou sem matrícula pública podem ser objetos de usucapião. Por outro lado, se o dono do bem cuida corretamente dele, paga os tributos e contas necessárias e o administra de acordo com o que estabelece a lei, o bem dificilmente será usucapido.

Como barrar usucapião?

O pedido deve ser iniciado com uma petição inicial (fundamentação), que será acompanhado de determinados documentos, dentre eles:
  1. Ata notarial lavrada pelo tabelião com tempo de posse e seus antecessores;
  2. Planta e memorial descritivo assinada por profissional habilitado.

É possível usucapião entre parentes?

Então, neste caso, é possível usucapião contra parentes? A resposta é sim, este possuidor poderá utilizar deste meio para regularizar a situação fática vivenciada, mesmo que não tenha sido realizada o inventário do bem quando.

O que acontece quando se constrói em terreno da prefeitura?

A pessoa, que invadir terreno público e lá efetuar obra que comprometa área de proteção ambiental, estará cometendo crimes permanentes enquanto durar a conduta. Com esse entendimento, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios condenou empresário por crime ambiental e invasão de área pública.

Como faço para requerer um terreno da prefeitura?

Como regularizar um terreno

A maneira mais recomendada para que se possa regularizar é todavia, por meio de um Usucapião. Onde o proprietário, em conjunto a um advogado; abre um processo frente a prefeitura do município, alegando a posse do bem legitimamente.

Como tomar posse de um terreno da prefeitura?

O interessado deve se dirigir ao cartório de notas para fazer uma ata notarial. Nela, deve constar a declaração do tempo de posse e da inexistência de ação possessória ou reivindicatória. Ou seja, o proprietário do imóvel não pode ter ajuizado uma ação contra o possuidor envolvendo seu bem.

É permitido o usucapião para prédios públicos desocupados por mais de cinco anos?

De acordo com o parágrafo 3º do artigo 183 e o parágrafo único do artigo 191, ambos da Constituição Federal, além do artigo 102 do Código Civil, imóveis públicos não podem ser adquiridos por usucapião (quando uma propriedade é adquirida pela posse ininterrupta e prolongada, verificando-se continuidade e tranquilidade).

É a característica dos bens públicos que impedem que sejam adquiridos por usucapião os imóveis públicos urbanos ou rurais não podem ser adquiridos por usucapião?

Impenhorabilidade é a característica dos bens públicos que impedem que sejam adquiridos por usucapião. Os imóveis públicos, urbanos ou rurais, não podem ser adquiridos por usucapião.

Quais os requisitos da usucapião especial rural?

A usucapião especial rural está prevista no art. 191 da Constituição Federal, bem como no art. 1.239 do Código Civil, cujos termos expõem que para usucapir o bem imóvel rural é necessário que este possua no máximo 50 (cinquenta) hectares, bem como esteja caracterizado como moradia e possuindo efetiva produtividade.

O que interrompe o prazo de usucapião?

Segundo o tribunal, “se a ação proposta pelo proprietário visa, de algum modo, à defesa do direito material, deve-se reputar interrompido o prazo prescricional a partir da citação verificada nesse processo”. O nosso Código Civil é o diploma no qual estão reunidas as regras que norteiam o instituto da usucapião.

Quais são os 5 requisitos que devem estar presentes em todas as espécies de usucapião?

e) Usucapião especial urbano coletivo (arts. 10 a 12 do Estatuto da Cidade[3]): os requisitos são os seguintes: (a) Prazo de 5 anos; (b) requisitos obrigatórios; (c) imóvel urbano superior a 250m²; (c) posse coletiva de população de baixa renda; (d) finalidade de moradia.

O que pode prejudicar a prescrição aquisitiva da usucapião?

Falência interrompe prazo de 20 anos para aquisição de propriedade por usucapião. A decretação de falência interrompe o curso da prescrição aquisitiva de propriedade de massa falida, visto que o possuidor, seja o falido ou terceiros, perde a posse pela incursão do Estado na sua esfera jurídica.

Quando é cabível ação possessória?

As ações possessórias estão previstas no Código de Processo Civil como os institutos cabíveis quando há necessidade de proteção da posse de determinado bem, seja ele móvel ou imóvel.

Qual é o objeto de uma ação possessória?

As ações possessórias, também denominadas interditos possessórios são as que têm por objetivo a defesa da posse, com fundamento na posse, em face da prática de três diferentes graus de gravidade de ofensa a ela cometida: esbulho, turbação ou ameaça, assunto que veremos mais adiante.

É possível o uso de ações possessórias em face do Poder Público que reivindica bem público que está sendo utilizado irregularmente pelo particular?

Não poderá exercer interditos possessórios porque, perante o Poder Público, ele exerce mera detenção. Terá direito, em tese, à proteção possessória. É possível o manejo de interditos possessórios em litígio entre particulares sobre bem público dominical, pois entre ambos a disputa será relativa à posse.

É possível o deferimento liminar de ação possessória contra a Fazenda Pública?

928 do CPC não será deferida, em desfavor de pessoas jurídicas de direito público, liminar de manutenção ou reintegração de posse sem prévia audiência dos respectivos representantes judiciais. ... Liminar concedida em ação possessória contra a Fazenda Pública, sem sua prévia oitiva, é nula.

É possível ao ente público no meio de uma ação possessória entre particulares alegar domínio ou ele estaria contrariando o disposto no artigo 557 do CPC?

557. Na pendência de ação possessória é vedado, tanto ao autor quanto ao réu, propor ação de reconhecimento do domínio, exceto se a pretensão for deduzida em face de terceira pessoa. Parágrafo único. Não obsta à manutenção ou à reintegração de posse a alegação de propriedade ou de outro direito sobre a coisa”.

É possível direito de retenção?

A retenção lhes é pacificamente assegurada. Nem seria juridicamente possível qualquer hesitação, diante do preceito claro do artigo 873, combinado com o artigo 516, do Código Civil. Nesse caso, aliás, o direito de retenção se apresenta aliado a um verdadeiro privilégio especial, assegurado também no artigo 1.566, n.

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