Como era visto a loucura na Idade Média?

Perguntado por: Renata Sousa  |  Última atualização: 14. März 2022
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Na idade média as cidades escorraçavam os loucos (os de origem estrangeira), deixando-os correrem pelos campos distantes, quando não eram confiados a grupos de mercadores e peregrinos. Havia barcos que levavam os insanos de uma cidade para outra, e como errantes eles vagavam de cidade em cidade.

Como era a loucura na Idade Média?

Para a época, todo “pecador” era também um “louco”. Os loucos, quando pertencentes a uma determinada cidade, eram tomados como propriedades dessa, não sendo expulsos, mas encarcerados em cadeias ou em casas de dementes, caso manifestassem um comportamento violento.

Como era considerada a loucura?

Em tempos de Inquisição a loucura era considerada como manifestações do sobrenatural, demoníaco e até satânico, e tinha como expressão bruxaria e com o forte poder da igreja o movimento de caça as bruxas comandado pela Inquisição tinha o objetivo de manter a aceitação da crença religiosa.

Como era vista à loucura na Grécia Antiga e na Idade Média?

Grécia Antiga: o “louco” era considerado uma pessoa com poderes diversos. ... Início da Idade Média: a loucura era vista como expressão das forças da natureza. Mais tarde, era tida como possessão por espíritos maus, que deveriam ser eliminados por práticas inquisitoriais, sob o controle da Igreja.

Como eram tratados os loucos?

Os doentes mentais eram tratados como animais, vivendo em condições desumanas, dormindo sobre capim sujo de fezes e urina. Se as medidas farmacológicas não fossem suficientes, a terapia de choque e a lobotomia eram feitas, sem qualquer aprovação das famílias, daqueles que ainda as tinham.

Loucura na idade média - Psicologia

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Como eram tratados os loucos no século 19?

Tratados também como “alienados mentais” pelas autoridades da época, no hospital eles ficavam internados em seis quartos especiais de contenção, sem tratamento adequado, e novamente “soltos” para as ruas da capital do Paraná. Muitos deles eram alvos de chacotas e sobreviviam de doações.

Como a saúde mental era vista antigamente?

Acreditava-se que a perturbação mental ainda era uma escolha, por isso os funcionários usavam restrições físicas, camisas de força e até mesmo ameaças para tentar “curar” os indivíduos. Às vezes, drogas eram dadas aos pacientes considerados mais “perigosos” e “difíceis”.

Como a loucura era vista na Grécia antiga?

Na Antiguidade grega, a loucura tinha um caráter mitológico que se misturava à normalidade. Num tempo em que a noção de passado era vaga, a escrita inexistia e os deuses decidiam tudo, o “louco” era uma espécie de ponte com o oculto.

Quais as principais diferenças entre a concepção de loucura na Idade Antiga e na Idade Média ?;?

Na antiguidade grega nem sempre o que intitulamos de loucura denotou, apenas, doença. Já nos fins da Idade Média ao século XVI o conceito de loucura começa a divergir com o que se pensava na Grécia Antiga. Inicia-se nesse período a ruptura entre razão e desrazão. A desrazão criaria, de certa forma, a própria razão.

Como os gregos entendiam os loucos?

Logo, os trágicos gregos consideravam a loucura como parte da natureza humana, estando esta sujeita à influência de situações adversas como “dramas e aberrações”. Na obra de Eurípedes, principalmente, encontraremos uma concepção da loucura como resultado da força e dos conflitos das paixões humanas.”

O que é a loucura para a psicologia?

A loucura ou insanidade é segundo a psicologia uma condição da mente humana caracterizada por pensamentos considerados anormais pela sociedade ou a realização de coisas sem sentido. É resultado de algum transtorno mental.

Como a loucura é vista hoje?

Hoje, a ciência faz uma distinção clara entre loucura e doenças mentais. “Talvez pareça desconcertante, mas os psiquiatras não se utilizam de termos como louco ou loucura e nenhuma das atuais classificações dos distúrbios psiquiátricos os inclui”, diz Sérgio Bettarello, do Instituto de Psiquiatria da USP.

Qual é o conceito de loucura Segundo Foucault?

Foucault não fala o que é a loucura, entretanto, fala da loucura, pois relata o que ela é a partir dos discursos de saberes sobre esse objeto vindos de determinadas épocas (no caso, a Idade Média, o Renascimento e a Idade Clássica), de determinados momentos históricos, de um determinado saber específico, ou geral.

Como era a psiquiatria na Idade Média?

Os doentes mentais padeciam de tratamentos dolorosos, como por exemplo, serem introduzidos em água a ferver para expulsar o mal. Na Idade Média predominam as ideias místicas e ocultistas. A mulher, a bruxa, a possessão pelo demónio são as constantes na explicação das perturbações mentais. ...

Como a visão da loucura foi se modificando no decorrer da história?

Durante todo o decorrer da história, pouca importância fora dada com a questão do “insano”. Durante a Idade Média, tal problema era visto simplesmente como um erro, uma falha da razão. Neste período, o maior enfoque de exclusão seria dado, segundo Foucault, sobre o leproso (FOUCAULT, 1972, p. 3).

Qual a explicação da loucura nos séculos AC?

Entre os gregos, a visão do louco como o portador de voz metafísica, conexão ou transmissão direta dos deuses começou a ser contestada por volta do século 4 a.C. Hipócrates propôs uma teoria que ligava transtornos mentais a questões fisiológicas.

Como era vista a doença mental na Grécia antiga e como eram tratados os doentes?

Na Antigüidade pré-clássica, as doenças eram explicadas como resultantes da ação sobrenatural; a partir de 600 a.C. Os filósofos gregos trouxeram a idéia organicista da loucura e até o começo da Idade Média o tratamento dispensado era de apoio e conforto aos doentes mentais.

Como o louco era visto no Iluminismo?

Por essa predominância burguesa qualquer pessoa fora dos padrões, ou seja, desempregados, moradores de rua e loucos eram internados em instituições objetivando realizar “limpezas nas ruas”. A loucura era qualquer costume considerado errado pelos mais ricos, como por exemplo a homossexualidade e prostituição.

Como é vista a Saúde Mental?

A Saúde Mental de uma pessoa está relacionada à forma como ela reage às exigências da vida e ao modo como harmoniza seus desejos, capacidades, ambições, ideias e emoções. Ter saúde mental é: Estar bem consigo mesmo e com os outros. Aceitar as exigências da vida.

Como a depressão era vista antigamente?

Na antiguidade, a melancolia foi definida por Hipócrates como mêlas = negro e kholê = bile (Melankholia = bile negra) sendo considerada um dos humores do corpo humano, assim como a bile amarela, o sangue e a fleuma, e poderia gerar “problemas” caso houvesse desequilíbrio desses componentes do corpo humano.

Como eram os hospitais psiquiatricos antigamente?

Na maioria das vezes, os portadores de doenças mentais viviam confinados em hospitais psiquiátricos como o de Juqueri, em São Paulo, isolados de tudo e de todos, até a morte. Muitos eram submetidos à camisa de força e a técnicas violentas como a lobotomia e o eletrochoque.

Como era tratada a esquizofrenia antigamente?

Terapia por choque insulínico

Então Sakel descobriu que o tratamento era eficaz para pacientes com vários tipos de psicoses, particularmente a esquizofrenia. “Esta foi uma das mais importantes contribuições jamais feitas pela psiquiatria”, diz Sabbatini.

O que é loucura para a filosofia?

Nem sempre a loucura é uma condição oposta à normalidade ou à racionalidade, mas algo que pode ocorrer na própria normalidade e racionalidade. ... Mas também podemos entender a loucura como aquele que se torna perigoso para os outros ou para si mesmo, e que necessita de um tratamento e um ajuste para viver em sociedade.

O que é loucura resumo?

O livro aborda que as variações de crenças em cada região podem ser também confundidas como doenças mentais. De alguma forma, conforme o autor, o corpo humano acaba se tornando o “veículo do sagrado”. Há diversas explicações do sobrenatural que desconhecidos no assunto podem ligar à doença mental.

Quais as teoria críticas da loucura?

A loucura tem como causa erros no conhecimento e resulta da formação de idéias erradas sobre as relações com as coisas ou com os outros. Com Pinel, a psiquiatria passa a ser, de um lado, a correção de hábitos, via correção das idéias; de outro, a reeducação afetiva, isto é, o controle (até pedagógico) das paixões.

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