Como é feita a internação compulsória?

Perguntado por: Luís Pires de Azevedo  |  Última atualização: 24. Mai 2024
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A internação compulsória é sempre determinada pelo juiz competente, depois de pedido formal, feito por um médico, atestando que a pessoa não tem domínio sobre a própria condição psicológica e física.

Quanto tempo dura a internação compulsória?

Esta internação terá duração máxima de 90 dias, e dependerá de avaliação sobre o tipo de droga, o padrão de uso e a comprovação da impossibilidade de uso de outras alternativas terapêuticas.

Como faço para pedir internação compulsória?

O processo tem início com a solicitação por escrito de um familiar ou responsável legal do paciente. Em seguida, é preciso que ocorra a avaliação e autorização por um médico que esteja registrado no Conselho Regional de Medicina do Estado no qual o estabelecimento de internação está localizado.

Quais documentos precisa para internação compulsória?

– Atestado ou laudo médico original do SUS ou conveniado, com letra legível, especificando a doença e a necessidade da internação compulsória. Outros documentos que se fizerem necessários, serão solicitados pelo Defensor Público no curso do atendimento, assim como eventual autenticação.

Como conseguir laudo para internação compulsória?

A internação compulsória só pode ser determinada por um médico psiquiatra, que deve avaliar a situação do paciente e emitir um laudo que justifique a medida. Esse laudo deve ser submetido a um juiz, que irá analisar a situação e decidir se a internação é necessária e se ela deve ser realizada de forma compulsória.

Internação Compulsória

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Quando é a hora de internar um dependente químico?

Quando se trata de cuidar de dependentes químicos, é essencial reconhecer os sinais que indicam a necessidade de internação compulsória. Esses sinais podem ser evidentes em comportamentos de risco, deterioração da saúde física e mental, desintegração dos relacionamentos sociais e familiares, entre outros fatores.

Porque a internação compulsória não funciona?

Para o médico australiano Nicolas Campion Clark, da direção do abuso de substâncias da Organização Mundial da Saúde (OMS), a internação compulsória traz o risco de "criar uma barreira com o dependente" e afetar sua confiança, dificultando, portanto, o tratamento.

Como faço para internar um dependente químico de graça?

O tratamento gratuito é oferecido a partir do encaminhamento de pronto-socorro, Unidade Básica de Saúde (UBS), serviço ambulatorial, enfermaria psiquiátrica de hospital geral ou Centro de Atenção Psicossocial (Caps), unidade de saúde da rede municipal.

O que é necessário para internar uma pessoa?

Para internar compulsoriamente um paciente, é necessário mobilizar uma equipe com profissionais de diversas áreas de atuação: médicos, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros e outros que forem necessários. Esses profissionais devem abordar o paciente pois são treinados para esse tipo de situação.

Quando o paciente deve ser internado?

O paciente é internado em um hospital quando tem um problema sério ou que represente risco à vida (como um ataque cardíaco). O paciente também pode ser internado por distúrbios menos sérios que não podem ser adequadamente tratados em outro lugar (como em casa ou em um centro de cirurgia ambulatorial).

Qual o valor de uma internação compulsória?

Desse modo, os valores podem variar desde R$ 700,00 até R$ 7 mil mensal, o que está baseado de acordo com o tempo de tratamento e clínica onde será internado.

O que diz a Lei sobre internação compulsória?

A Lei 10.216/2001 estabelece normas sobre os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e regula os tipos de internações psiquiátricas. De acordo com o artigo 6º da Lei, a internação só pode ser feita se houver laudo médico que a justifique, com a descrição dos motivos.

Como faço para me internar em um hospital psiquiátrico gratuito?

Para ter acesso aos recursos do Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo o atendimento de saúde mental, é necessário apresentar o cartão do SUS. Obtê-lo é fácil e gratuito: basta comparecer a uma unidade de saúde com um documento de identificação com foto, como RG, e preencher um cadastro.

Como internar um dependente químico que não quer ser internado?

O processo tem início com a solicitação por escrito de um familiar ou responsável legal do paciente. Em seguida, é preciso que ocorra a avaliação e autorização por um médico que esteja registrado no Conselho Regional de Medicina do Estado no qual o estabelecimento de internação está localizado.

Pode internar um dependente químico contra a vontade dele?

Prevista exclusivamente nas modalidades voluntária e involuntária, não se admite a internação compulsória.

Qual o tempo mínimo de internação?

Todavia, a lei determina que, no mínimo, a internação ou tratamento deve durar de 1 a 3 anos. Veja o que diz lei: Código Penal - Decreto -Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940.

Qual a diferença entre internação compulsória e involuntária?

É importante esclarecer a diferença entre internação compulsória e internação involuntária. A primeira é uma medida judicial, já a involuntária é um ato médico que incide sobre um paciente em um momento crítico e se dá sem o consentimento do usuário e a pedido de outra pessoa.

O que fazer quando o dependente químico não quer ajuda?

Estabelecer confiança é fundamental para ajudar um dependente químico que não quer ajuda. Mantenha suas promessas e seja consistente em suas ações. Respeite os limites do dependente, evitando forçá-lo a tomar decisões ou adotar medidas para as quais ele não esteja pronto.

Quem é responsável pelo dependente químico?

Ninguém é responsável pela dependência de drogas de outra pessoa ou pela sua recu- peração. No entanto, por falta de conhecimento, aqueles mais chegados ao dependente podem permitir que a doen- ça passe desapercebida, apoiar o seu desenvolvimento e contribuir para que o tratamento seja evitado.

Como funciona a internação compulsória de dependentes químicos?

De acordo com a Lei nº 10.216/01, cabe ao Estado, por intermédio de suas políticas públicas de saúde, destinar tratamento compulsório para as pessoas portadoras de dependência química, especialmente quando o respectivo quadro de saúde indicar que não há mais possibilidade de tratamento voluntário.

Qual o remédio para parar de usar droga?

A metadona, opióide sintético de meia-vida longa, deve ser administrada inicialmente em doses de 15-30 mg/dia, podendo ser aumentada conforme presença de sintomas de abstinência. Pode ser utilizada, em alguns casos, por longos períodos em conjunto com tratamentos psicossociais e deve ser retirada gradualmente.

Como internar uma pessoa com problemas com drogas pelo SUS?

Saiba como ocorre a internação pelo SUS

O primeiro passo para internar um dependente químico de graça, é passar diretamente em um dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Porém, caso sua cidade não tenha um CAPS, então compareça a um posto de saúde e busque informações!

Quais as consequências da internação compulsória?

“As internações compulsórias são conhecidas pelos seus efeitos iatrogênicos, ou seja, elas causam uma indisposição com a ideia de tratar-se, porque ela fica associada com violência, com coerção. Dali em diante, a atitude de confrontação e violência potencial aumenta”, diz.

É crime internação involuntária?

O Projeto de Lei 4075/20 torna crime a internação involuntária de dependente químico por familiar ou responsável legal para tratamento em clínica, comunidade terapêutica, hospital ou outro estabelecimento.

Qual o procedimento para internar uma pessoa com esquizofrenia?

A internação para esquizofrenia exige um diagnóstico correto, realizado por um médico psiquiatra. Além disso, o profissional deve perceber a necessidade de fazer essa solicitação, já que alguns casos podem ser tratados de forma diferente.

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