Quem pratica corrupção passiva?

Perguntado por: Eduarda Diana de Barbosa  |  Última atualização: 5. April 2022
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O crime de corrupção passiva é um ilícito penal que só pode ser praticado por funcionário público. Está previsto no artigo 317 do Código Penal, que esta inserido no capitulo que trata dos crimes praticados por funcionários públicos contra a administração.

Quem julga crime de corrupção passiva?

A competência para processar e julgar o delito em estudo, em regra, é da Justiça Estadual. No entanto, se a corrupção passiva for praticada por patrulheiro federal, a competência é da Justiça Federal (TJSP, RT 702/337).

Quem pratica corrupção ativa?

É oferecer vantagem indevida a um funcionário público, em troca de algum tipo de favor ou beneficio. O crime é cometido por particular que não é funcionário publico. Portanto, é modalidade de crime cometida por pessoa que não é funcionário publico. ...

Como provar corrupção passiva?

O art. 317 prevê duas condutas qualificadoras do crime de corrupção passiva, que assim são tipificadas: "§ 1º A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.

Quem pode praticar o crime de peculato?

Funcionário público que se apropria ou desvia bens a que tem acesso, em razão de seu cargo, comete crime de peculato. ... O crime de peculato tem como objetivo punir o funcionário público que, em razão do cargo, tem a posse de bem público, e se apropria ou desvia o bem, em benefício próprio ou de terceiro.

Corrupção Passiva e Corrupção Ativa (Facilitando o Direito Penal)

19 questões relacionadas encontradas

Pode o particular ser autor de crimes de peculato?

O particular pode ser sujeito ativo do crime de peculato, se agir em concurso de agentes com servidor público, no caso de o particular estar ciente dessa condição do comparsa.

É possível particular responder pelo crime de peculato?

O particular pode responder pelo crime de peculato, desde que o crime tenha sido praticado em concurso de pessoas com funcionário público, mesmo que o particular não saiba da condição pessoal do funcionário público.

Como provar corrupção?

1. CORRUPÇÃO ATIVA - PROVA TESTEMUNHAL - DEPOIMENTO DE POLICIAL - IDONEIDADE - DELITO CARACTERIZADO - CONDENAÇÃO MANTIDA. Se a conduta delituosa é confessada na fase indiciária e confirmada, na judicial, pelas testemunhas, há prova suficiente e idônea para embasar juízo condenatório.

Em que momento se consuma o crime de corrupção passiva?

Dessa forma, o crime de corrupção passiva consuma-se ainda que a solicitação ou recebimento de vantagem indevida esteja relacionada com atos que formalmente não se inserem nas atribuições do servidor público, mas que, em razão da função pública, materialmente implicam alguma forma de facilitação da prática da conduta ...

O que é pedir propina?

O suborno, também referido no Brasil como propina, é a prática de prometer, oferecer ou pagar a uma autoridade, governante, funcionário público ou profissional da iniciativa privada qualquer quantidade de dinheiro ou quaisquer outros favores (desde uma garrafa de bebidas, joias, propriedades ou até hotel e avião em ...

Quando ocorre a corrupção ativa?

Pratica o crime de corrupção ativa (art. 333 do Código Penal) aquele que oferece ou promete vantagem indevida a funcionário público como forma de determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato que seria seu de ofício.

Qual o tipo penal da corrupção ativa?

– Corrupção ativa

“Art. 333 – Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício: Pena – reclusão, de 2 a 12 anos, e multa.”

Quem exige para si ou para outrem direta ou indiretamente?

Art. 316. Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.

Quem tem competência para julgar o senador da República por crime de corrupção passiva praticado em razão do exercício de suas funções?

O crime de corrupção passiva praticado por Senador da República, se não estiver relacionado com as suas funções, deve ser julgado em 1ª instância (e não pelo STF). Não há foro por prerrogativa de função neste caso. STF.

O que é o crime de peculato culposo?

O peculato culposo ocorre quando o servidor comete erros que permitem que outra pessoa roube o bem que estava em sua posse por conta do cargo (exemplo: um policial que cuida de armas e por um descuido deixa elas desprotegidas, permitindo o roubo).

Qual a pena por crime de desobediência?

O crime de desobediência está previsto no artigo 330 do Código Penal, que descreve a conduta criminosa como sendo o ato de não acatar ordem legal de funcionário público. Exemplo: Juiz intima testemunha a depor e ela não comparece. A pena prevista é de 15 dias até 6 meses de detenção e multa.

É possível a participação de particular no delito de corrupção passiva já que as circunstâncias de caráter pessoal elementares ao crime se comunicam?

é possível a participação de particular no delito de corrupção passiva, já que as circunstâncias de caráter pessoal elementares ao crime se comunicam. ... para a confguração do crime de maus tratos, é necessário submeter a vítima a intenso sofrimento físico ou psíquico, expondo-a a perigo de vida ou de saúde.

Como se configura a corrupção?

Em um sentido amplo, corrupção pode ser definida como o ato ou efeito de se corromper, oferecer algo para obter vantagem em negociata onde se favorece uma pessoa e se prejudica outra.

O que é considerado um ato de corrupção?

Corrupção é o efeito ou ato de corromper alguém ou algo, com a finalidade de obter vantagens em relação aos outros por meios considerados ilegais ou ilícitos. Etimologicamente, o termo "corrupção" surgiu a partir do latim corruptus, que significa o "ato de quebrar aos pedaços", ou seja, decompor e deteriorar algo.

Quando se consuma o crime de corrupção ativa?

O crime de Corrupção Ativa para ser consumado basta que o particular tenha o dolo, ou seja, que tenha a intenção de oferecer a vantagem indevida, independente do crime ter se consumado ou não. ... Uma vez prometida à vantagem indevida, o crime estará consumado, independente de a conduta ser ilícita, ilegítima ou injusta.

Como saber se uma empresa é corrupta?

As 8 principais características das empresas corruptas
  1. 1# Falta de ética. ...
  2. 2# Tráfico de influência. ...
  3. 3# Acordo contratuais ilícitos. ...
  4. 4# Pagamentos de propinas. ...
  5. 5# Envolvimento em investigações. ...
  6. 6# Envolvimento com trabalho escravo. ...
  7. 7# Condenações de conhecimento público. ...
  8. 8# Omissão fiscal.

É possível que a pessoa que não é funcionário público venha a responder por peculato?

É possível que a pessoa que não é funcionário público venha a responder por peculato. O carcereiro que recebe os objetos do preso e deles se apropria, responde por peculato. ... É possível a tentativa no crime de peculato, salvo na modalidade culposa.

É possível o particular cometer crime próprio do funcionário público?

Trata-se de crime próprio, o sujeito ativo pois somente pode ser praticado por funcionário público. Se o particular entrar no exercício da função pública, haverá a configuração do delito de usurpação de função pública. O sujeito passivo é o Estado, titular do bem protegido pela norma penal.

É possível dizer que há bis in idem Entre condenação por ato de improbidade administrativa e crime de peculato?

Não constitui bis in idem a imposição das penas de perda do cargo público, de suspensão dos direitos políticos e de proibição de contratar com o Poder Público quando houver condenação por ato de improbidade, mesmo havendo sentença penal condenatória, ante a independência das instâncias.

Pode haver concurso de pessoas com relação ao particular que atua em coautoria com o agente público desde que o particular Conheça a condição funcional do agente?

É crime próprio e não admite o concurso de pessoas. ... Admite o concurso de pessoas desde que a qualidade de funcionário público, elementar do tipo, seja de conhecimento do particular coautor ou partícipe.

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