Quem pode quebrar o sigilo telefônico?

Perguntado por: Constança Simões  |  Última atualização: 17. April 2022
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Portanto, e para concluir, é possível a quebra dos sigilos de dados telefônicos e telemáticos pelas comissões parlamentares de inquérito, poder investigatório que não se confunde com a interceptação disciplinada pela lei acima referida e de competência exclusiva do Poder Judiciário.

Quem pode determinar a quebra do sigilo telefônico?

Esses são registros telefônicos que estão em posse das empresas de telecomunicações e que são armazenados a partir do momento em que o contrato é assinado. A CPI pode requisitar esses registros em uma quebra de sigilo de dados.

Quando é permitido a quebra do sigilo telefônico?

Apenas o juiz poderá autorizar a utilização da interceptação telefônica como meio de prova. Isso poderá ser feito de ofício ou a requerimento da autoridade policial, na investigação criminal; ou do Ministério Público, na investigação criminal e na instrução processual penal.

Quais os requisitos para quebra do sigilo telefônico?

Por serem medidas de extrema gravidade, apresentam-se alguns requisitos para a sua concessão: a) indícios razoáveis de autoria ou participação em infração penal; b) imprescindibilidade da medida; c) o fato investigado deve constituir crime punido com reclusão.

Quem pode decretar a interceptação telefônica?

Art. 3° A interceptação das comunicações telefônicas poderá ser determinada pelo juiz, de ofício ou a requerimento: I - da autoridade policial, na investigação criminal; II - do representante do Ministério Público, na investigação criminal e na instrução processual penal.

SIGILO TELEFÔNICO X COMUNICAÇÃO TELEFÔNICA - DIREITO CONSTITUCIONAL - AULA A DOIS

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É permitida a interceptação telefônica em processos não penais?

Na mesma lei, cita no art. 3º, inciso V, que a interceptação de comunicações telefônicas é permitida, em qualquer fase da persecução criminal, como meio de obtenção de prova.

É admitida a interceptação telefônica por ordem judicial ou administrativa?

É admitida a interceptação telefônica por ordem judicial ou administrativa, para fins de investigação criminal ou de instrução processual penal. O duplo grau de jurisdição, no âmbito da recorribilidade ordinária, não consubstancia garantia constitucional.

É possível quebrar o sigilo do WhatsApp?

Não importa se for por suspeitas de corrupção, tráfico ou roubo, a partir do momento em que a Justiça autoriza a quebra do sigilo de alguém e a ordem é emitida para empresas de telefonia, Google e Apple, tudo o que foi feito no celular do suspeito poderá ser pego. Conversas no WhatsApp, fotos, localizações.

O que é quebra de sigilo de dados telefônicos?

A quebra do sigilo de dados telefônicos representa o acesso ao histórico das chamadas, data, horário, duração constante da conta telefônica do assinante, prescindindo da degravação das conversas telefônicas, porque registra apenas o histórico das ligações efetuadas e não a captação de voz.

Quais sigilos a CPI pode quebrar?

Assim, a admissibilidade da quebra de sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático pelas próprias Comissões Parlamentares de Inquérito é algo pacífico nos julgados do Supremo Tribunal Federal, eis que a CF/88 estabelece que as CPI's "terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais".

Como funciona o grampo telefônico?

Na interceptação, como dissemos, um terceiro grava conversas de outras duas pessoas que não sabem que estão sendo gravadas. Na escuta, por sua vez, um terceiro grava, mas um dos interlocutores sabe que está sendo interceptado e consente que essa ação seja tomada.

Qual a diferença de interceptação telefônica e quebra de sigilo telefônico?

Também é importante diferenciar interceptação telefônica de quebra de sigilo telefônico. Na primeira, quem intercepta tem acesso ao teor da conversa, já na quebra do sigilo, a única informação a que se tem acesso é o registro de ligações efetuadas e recebidas.

O que configura quebra de sigilo bancário?

Considerando que o sigilo bancário é direito fundamental, passível de ser afastado apenas para a proteção do interesse público, a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) definiu que é incabível a quebra desse sigilo como medida executiva atípica para a satisfação de interesse particular.

Qual o procedimento necessário a ser aplicado para a quebra de sigilo de dados qual o fundamento legal?

A Carta Magna dispõe que “é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal” (CF, art. 5º, XII).

É possível a polícia rastrear o WhatsApp?

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que policiais não podem acessar conversas de WhatsApp sem autorização, sendo necessário preservar o sigilo das comunicações e da proteção de dados, bem como o direito fundamental à intimidade e à vida privada..

Tem como a polícia grampear o WhatsApp?

Na prática, é possível gravar uma chamada – mas não seria um grampo como o das escutas telefônicas comuns. Em chamadas na rede de telefonia comum, um "grampo" se dá pela gravação da chamada no sistema da operadora. Isso não funciona no WhatsApp, pois ele utiliza a criptografia de ponta a ponta.

Tem como a polícia rastrear minhas conversas no WhatsApp?

Os agentes das autoridades policiais podem usar o Sistema online do WhatsApp de solicitações de cumprimento da lei para enviar, monitorar e processar solicitações. É necessário ter um endereço de email oficial para acessar o Sistema online de solicitações de cumprimento da lei.

Qual a natureza jurídica da interceptação telefônica?

Quanto à natureza jurídica, entende-se que interceptação telefônica é um “meio de obtenção de prova, mais especificamente como medida cautelar processual, de natureza coativa real, consubstanciada em uma apreensão imprópria, no sentido de por ela se apreenderem os elementos fonéticos que formam a conversação telefônica ...

Em que hipóteses Admite-se a interceptação das comunicações telefônicas?

A interceptação telefônica só é admitida como prova se houver autorização judicial para a sua realização (art. 3° da Lei 9.296/96). Não havendo essa autorização, a prova será ilícita e estará configurado o constrangimento ilegal se a base da condenação for ela.

Quanto a interceptação telefônica é correto afirmar?

Quanto à interceptação telefônica, é correto afirmar:

Sempre poderá ser prorrogada, indefinidamente, e sem a necessidade de nova ordem judicial enquanto durarem as investigações.

Qual o prazo legal para o período de interceptação telefônica previsto na Lei 9296 96?

5º da Lei nº 9.296/1996 estabelece o prazo de 15 (quinze) dias para a interceptação, que poderá ser renovado, não havendo qualquer limitação na lei, na doutrina ou na jurisprudência acerca da quantidade de prorrogações, que poderão ser deferidas se ainda presentes os pressupostos de admissibilidade.

Quando a gravação telefônica é lícita?

GRAVAÇÃO TELEFÔNICA. PROVA LÍCITA. Conforme precedentes jurisprudenciais, é prova lícita a exibição de gravação telefônica pretendida por um dos interlocutores, sendo dispensável autorização judicial, ao contrário da interceptação, escuta ou quebra de sigilo de dados.

Pode-se utilizar os elementos obtidos em uma interceptação telefônica em um processo sobre crime punido com detenção?

Assim, não se admite em apuração de crimes com pena de detenção, plenamente e de forma acrítica, o conteúdo de interceptação telefônica decretada para fins de investigação de crime punido com reclusão, já que se trata de ferramenta investigatória que implica na pontual mitigação de garantia fundamental.

Quando ocorre a quebra do sigilo bancário?

O sigilo bancário não é, portanto, um direito absoluto. Pode haver sua quebra para investigar, por exemplo, suposta ocorrência de sonegação fiscal ou lavagem de dinheiro.

Quando ocorre a quebra de sigilo bancário?

No Brasil, a lei que discorre sobre o sigilo bancário é a Lei Complementar 105 de 2001. ... A quebra, de acordo com a lei, só é constitucional quando é feita com ordem judicial em casos de investigação, que examinam indícios de crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e terrorismo.

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