Quando uma pessoa pode ser considerada reincidente?

Perguntado por: Emanuel Eduardo Marques  |  Última atualização: 22. Februar 2022
Pontuação: 4.3/5 (11 avaliações)

63 do CP o réu só será considerado reincidente quando cometer um novo crime depois do trânsito em julgado da sentença penal condenatória, ou seja, a prática do crime deve ser depois do trânsito em julgado.

Quando começa a contar a reincidência?

De acordo com o art. 63 do Código Penal, verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior.

O que é uma pessoa reincidente?

substantivo masculino e feminino Pessoa que repete o que já havia feito; quem comete o mesmo crime ou delito: o reincidente será encarcerado. adjetivo Que volta a fazer o que já havia feito; que comete novamente o mesmo crime, falha, erro; em que há reincidência; que reincide: bandido reincidente.

O que é reincidência CP?

Ocorre a reincidência quando o agente, após ter sido condenado definitivamente por outro crime, comete novo delito, desde que não tenha transcorrido o prazo de cinco anos entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a prática da nova infração.

Quando o sujeito é considerado reincidente?

De acordo com o artigo 63, CP, A reincidência é uma circunstância legal de aumento de pena, aplicada na segunda fase da dosimetria, quando o sujeito comete novo crime após ter transitado em julgado sentença condenatória por crime anterior.

Quando o réu é considerado reincidente?

35 questões relacionadas encontradas

Qual o aumento da reincidência?

3. A circunstância agravante da reincidência justifica o aumento da pena em 1/6 [um sexto] conforme entendimento doutrinário e jurisprudencial predominantes. 4.

Como se caracteriza a reincidência?

Em resumo, os requisitos necessários à caracterização da reincidência são: a) existência de condenação penal anterior transitada em julgado; e b) cometimento de nova infração penal após a condenação definitiva anterior. NÃO gera reincidência: ausência de previsão legal. Contudo, gera Maus Antecedentes.

O que significa reincidência real ou ficta?

Na reincidência ficta, o agente comete novo crime após ter sido condenado definitivamente, mas antes de ter cumprido a totalidade da pena do crime anterior (o prazo da caducidade da reincidência sequer começou a correr).

Qual a natureza jurídica da reincidência?

Segundo Capez, a natureza jurídica da reincidência é de circunstância agravante genérica, cujo caráter é subjetivo ou pessoal, de modo que não se comunica aos eventuais partícipes ou co-autores.

Não é reincidente O que significa?

É chamado tradicionalmente de “primário” o réu que não havia sido anteriormente condenado por sentença transitada em julgado. ... O código penal brasileiro, em sua parte geral atualmente adota o termo “réu não reincidente”.

Quando você deixa de ser réu primário?

63, do Código Penal, deixa de ser réu primário aquele cujo delito anteriormente praticado já tenha sentença condenatória transitada em julgado, ou seja, quando não mais couber recurso da mesma.

Qual a diferença entre reincidência e maus antecedentes?

“Reincidência” significa voltar a incidir. É um conceito jurídico, aplicado ao direito penal, que significa voltar a praticar um delito havendo sido anteriormente condenado por outro, de igual natureza (reincidência específica) ou não (reincidência geral). ... “Maus antecedentes” são tudo o que remanesce da reincidência.

Qual o prazo de duração da reincidência?

A teor do art. 64, I, do Código Penal, "para efeito de reincidência, não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos".

Quanto à reincidência agrava a pena?

61 do Código Penal nos ensina que as circunstâncias nele previstas agravam a pena, desde que não constituam ou qualifiquem o crime. ... Somente haverá reincidência se o agente houver praticado dois crimes, não podendo se pensar nessa situação agravante se o agente cometeu anterior ou posteriormente uma contravenção penal.

Qual a natureza jurídica da confissão?

Natureza Jurídica

Confissão é um ato voluntário de feitos necessário, “ex in legi”, é um ato jurídico de sentido estrito. Na confissão o importante é a exata convicção do fatos confessados, e não a vantade do confitente de produzir os efeitos jurídicos delas decorrentes; é, enfim, um meio de prova.

Quais são os crimes que não geram reincidência?

A condenação anterior por contravenção penal não gera reincidência, ou seja, um indivíduo condenado por contravenção penal, se praticar em seguida um crime, quando for julgado, não se aplicará a ele a agravante da reincidência.

Qual é a distinção entre a reabilitação e a reincidência?

Circunstância agravante do delito. Art. 95 / Código Penal - A reabilitação será revogada, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, se o reabilitado for condenado, como reincidente, por decisão definitiva, a pena que não seja de multa.

O que é reincidência generica e específica?

Reincidência específica – quando os dois crimes praticados pelo condenado são da mesma espécie. Reincidência genérica – ocorre quando dois crimes praticados pelo agente são de espécies distintas.

Qual a diferença entre a pena de multa e pena de prestação pecuniária?

A prestação pecuniária tem natureza jurídica penal, é pena , porque é sanção coercitivamente imposta. Diferente da multa penal e da multa reparatória, pois, estas constituem dívida de valor, a pena pecuniária pode ser convertida em pena de prisão.

Quais são as causas de aumento e diminuição de pena?

As causas de aumento e diminuição podem tanto estar previstas na Parte Geral do Código Penal (ex.: a tentativa, prevista no artigo 14, inciso II, que poderá diminuir a pena de um a dois terços) quanto na Parte Especial (ex.: no crime de aborto a pena será aplicada em dobro se ocorrer a morte da gestante - artigo 127).

Qual a diferença entre agravante e aumento de pena?

Já o § 2º traz as majorantes (causas de aumento de pena): § 2º – A pena aumenta-se de um terço até metade: ... Já as agravantes são aquelas circunstâncias que devem ser levadas em consideração na segunda fase da dosimetria da pena, após a fixação da pena base e da consideração das atenuantes.

O que significa ter maus antecedentes?

Configuram-se maus antecedentes os fatos praticados anteriormente pelo réu e passíveis de reprovação pela autoridade pública. Os antecedentes são uma circunstância judicial que espelha a índole do agente, sua vida pregressa.

O que são maus antecedentes dizer o Direito?

STF: Penas extintas há mais de cinco anos podem ser consideradas como maus antecedentes. ... Dessa forma, se alguém comete outra infração penal após o decurso de cinco anos da extinção ou do cumprimento da pena anterior não é mais possível fazer incidir a agravante da reincidência na segunda fase de aplicação da pena.

Qual a diferença entre primariedade e bons antecedentes?

ENQUANTO O CONCEITO DE PRIMARIEDADE É OBJETIVO, RESULTANDO DA EXISTÊNCIA OU NÃO DE CONDENAÇÃO ANTERIOR, A IDÉIA DE BONS ANTECEDENTES É EXTREMAMENTE FLUIDA, O QUE TEM POSSIBILITADO A ADOÇÃO DE CRITÉRIOS JURISPRUDENCIAIS EXTREMAMENTE LARGOS, QUE INCLUEM APRECIAÇÕES SUBJETIVAS A RESPEITO DA PERSONALIDADE DO AGENTE E DE ...

Tem como voltar a ser réu primário?

Sim, passados cinco anos do cumprimento da pena ou sua extinção, a pessoa torna ao seu estatus de réu primário. Isso quer dizer que, essa condenação anterior não poderá mais ser usada contra uma possível condenação futura, pois passados os cinco anos, a pessoa não mais será considera reincidente.

Artigo anterior
Quem mexe com meio ambiente?
Artigo seguinte
Quanto custa um cachorro lhasa apso?