Quando o delegado de Polícia pode arbitrar fiança?

Perguntado por: Diego Hélder Pereira Barros Amorim  |  Última atualização: 12. Juni 2024
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A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos. Parágrafo único. Nos demais casos, a fiança será requerida ao juiz, que decidirá em 48 (quarenta e oito) horas.

Em quais situações a autoridade policial poderá arbitrar fiança?

[1] Artigo 322 – A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração punida com detenção ou prisão simples. Parágrafo único – Nos demais casos do artigo 323, a fiança será requerida ao Juiz, que decidirá em 48 horas.

Quando cabe fiança na delegacia?

NA DELEGACIA: O delegado só poderá arbitrar fiança, concedendo a liberdade, quando estivermos diante de crime cuja pena máxima seja inferior a 4 anos de pena privativa de liberdade. Nos demais crimes, o juiz que decidirá pela concessão ou não da fiança nas próximas 48 horas.

Quais crimes podem ser Afiancaveis na delegacia?

Quais os crimes afiançáveis pelo delegado de polícia?
  • A regra para que os crimes possam ser afiançáveis está contidas no artigo 322 do Código de Processo Penal. ...
  • Art. ...
  • Parágrafo único. ...
  • Homicídio culposo, art. ...
  • Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento. ...
  • Violência doméstica. ...
  • Sequestro e cárcere privado.

Quando é cabível a fiança?

Conforme os artigos 321 e 322 do CPP, a própria autoridade policial poderá conceder a fiança nos casos onde a infração apurada tenha como punição pena privativa de liberdade não seja superior a 4 anos. Fora desta hipótese apenas o juiz pode conceder.

O Delegado de Policia pode arbitrar fiança? | Processo Penal | Júlio Cezar Matos

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Quais tipos de infrações penais cabem fiança?

Afinal, quais são os crimes afiançáveis?
  • Racismo (art. 5º, XLII, CF/88);
  • Tortura, Tráfico, Terrorismo e os crimes definidos como hediondos (art. 5º, XLIII, CF/88);
  • Ação de grupos armadas, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático (art. 5º, XLIV, CF/88).

Quando a fiança é nula?

Regra geral, é reconhecida a nulidade da fiança prestada por pessoa sem o consentimento do outro cônjuge.

Quais crimes não têm fiança?

Aqueles que não admitem pagamento de fiança para soltura do preso. São inafiançáveis, entre outros, os crimes dolosos contra a vida, hediondos, de tortura, tráfico de entorpecentes, terrorismo e racismo.

Quais crimes não cabem flagrante?

Assim, por exemplo, não se prende em flagrante nos seguintes casos: lesões corporais leves, dano, constrangimento ilegal, ameaça, crimes contra a honra isoladamente considerados (calúnia, difamação e injúria), desobediência, desacato, exercício arbitrário das próprias razões, perturbação do sossego alheio, jogo de azar ...

Quando o delegado pode conceder liberdade provisória?

A liberdade provisória pode ser concedida, com ou sem fiança, no caso de prisão em flagrante, em que o procedimento não tiver nenhuma violação das normas previstas em lei, conforme o artigo 310, inciso III do Código de Processo Penal.

Tem fiança para o crime de estelionato?

O estelionato é um crime previsto no artigo 171 do Código Penal Brasileiro. Quanto à fiança, ela é possível, pois se trata de um crime afiançável, conforme determina a Constituição.

Como o delegado calcula a fiança?

O valor da fiança arbitrada pelo Delegado de Polícia e deve estar entre 1 e 100 salários mínimos, podendo ser dispensada caso o réu não possua nenhuma condição financeira. Pode também ser reduzida até o máximo de 2/3 ou ainda aumentada em até 1000 vezes levando em consideração o caso concreto.

Quais os critérios ainda são analisados para determinar o valor da fiança?

326 do Código de Processo Penal, 'para determinar o valor da fiança, a autoridade terá em consideração a natureza da infração, as condições pessoais de fortuna e vida pregressa do acusado, as circunstâncias indicativas de sua periculosidade, bem como a importância provável das custas do processo, até final julgamento'.

Quais são os três tipos de flagrante?

A primeira delas é o flagrante próprio, realizado no momento do fato ou logo após. A segunda, o flagrante impróprio, que ocorre depois de uma perseguição logo que o crime ocorrer. Por fim, o flagrante presumido, quando são encontrados com o suspeito supostos objetos frutos de um delito, como arma ou dinheiro.

Quanto tempo depois do crime é considerado flagrante?

É uma espécie de prisão provisória. A prisão em flagrante ocorre quando a autoridade policial detém uma pessoa durante ou imediatamente depois a prática da infração penal, ainda que após perseguição. Deve ser comunicada ao juiz competente no prazo de 24 horas.

Pode prender alguém sem flagrante?

No Brasil, a Constituição Federal assegura o direito fundamental à liberdade individual, estabelecendo que ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente.

Tem fiança para tentativa de homicídio?

A possibilidade de fiança em casos de tentativa de homicídio dependerá da análise do juiz responsável pelo caso. Geralmente, crimes mais graves, como tentativa de homicídio qualificado, não são passíveis de fiança.

Quando o juiz pode arbitrar fiança?

O Projeto de Lei 912/23 determina que somente o juiz pode arbitrar fiança nos casos de lesão corporal contra mulher vítima de violência doméstica.

Quanto tempo leva para um crime prescrever?

Atualmente, um crime pode prescrever em três anos, se o máximo da pena for menor que um ano, ou em 20 anos, se o máximo da pena for superior a 12 anos, por exemplo. Pela proposta de Alê Silva, esses prazos passariam, respectivamente, para 23 e para 40 anos.

Quem decide a fiança?

Nos termos do artigo 319, VIII, do Código de Processo Penal, a fiança é espécie de medida cautelar autônoma, podendo ser determinada pelo juiz nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do processo, evitar a obstrução do seu andamento ou em caso de resistência injustificada à ordem judicial.

Como funciona a fiança judicial?

A fiança paga por uma pessoa acusada criminalmente, segundo o Código de Processo Penal (CPP), é uma caução que serve para eventual pagamento de multa, de despesas processuais e de indenização no caso de sua condenação judicial transitada em julgado (definitiva).

É obrigatório pagar fiança?

Conforme a Constituição Brasileira e o Código de Processo Penal determinam, ninguém pode ficar preso pelo único motivo de não poder pagar a fiança.

Porque tráfico não tem fiança?

Existe fiança para tráfico de drogas? Já sabemos que o crime de tráfico de drogas é considerado crime hediondo, conforme previsão da Constituição Federal e da Lei de Crimes Hediondos. Desse modo, tendo em vista a hediondez do delito, a regra é de que não são passíveis de fiança.

Quem paga fiança responde em liberdade?

Uma vez que a fiança é paga, o acusado é liberado da prisão e pode aguardar o julgamento em liberdade.

Porque estelionato não dá cadeia?

Ou seja, no estelionato a representação passa a ser condição específica de procedibilidade e sua ausência inviabilizará o início da Ação Penal por parte do Ministério Público[4], conforme prevê o artigo 24 do Código de Processo Penal[5].

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