Quando Desfibrilar e quando Cardioverter?

Perguntado por: Nuno Henrique Andrade Assunção  |  Última atualização: 13. März 2022
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Desfibrilação é a descarga sem sincronização, em qualquer momento do ciclo cardíaco. A cardioversão elétrica consegue reestabelecer o ritmo sinusal mais efetivamente nas taquicardias relacionadas à reentrada.

Quando Desfibrilar e Cardioverter?

Nesta perspectiva, a cardioversão é utilizada principalmente em fibrilações atriais e arritmias menos severas, enquanto a desfibrilação busca em grande parte reverter distúrbios graves como a taquicardia ventricular (TV) e a fibrilação ventricular (FV).

Quando usar cardioversor?

A cardioversão elétrica é indicada nas situações de taquiarritmias como a fibrilação atrial (FA), flutter atrial, taquicardia paroxística supraventricular e taquicardias com complexo largo e com pulso.

Quando sincronizar o choque?

Para taquiarritmias além de fibrilação ventricular (FV) e taquicardia ventricular (TV) sem pulso, o choque deve ser sincronizado ao complexo QRS (denominado cardioversão elétrica), uma vez que o choque que incide durante o período vulnerável (próximo ao pico da onda T) pode induzir FV.

Qual a diferença entre choque e cardioversão?

Logo, o choque é aplicado quando não há batimento ou quando ele está muito abaixo do ideal. O normal é que um adulto tenha de 60 a 100 batimentos cardíacos por minuto. Enquanto isso, a cardioversão age a partir de uma descarga elétrica que precisa de pulso para despolarizar o miocárdio.

Choque na prática clínica - Cardioversão/Desfibrilação

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O que eh choque?

O choque é um quadro clínico com risco à vida, em que o fluxo sanguíneo é baixo, diminuindo o fornecimento de oxigênio e causando danos a esses órgãos e, às vezes, morte.

Qual a diferença entre o dia e o cardioversor?

Ademais, o Desfibrilador cardíaco é usado em procedimentos de emergências liberando choques de forma não sincronizada. Já o cardioversor pode ser usado em situações emergenciais ou eletivas, liberando um choque de forma sincronizada no tórax do paciente.

Quando realizar cardioversão sincronizada?

A cardioversão sincronizada é indicada para um paciente hemodinamicamente instável com TV, taquicardia supraventricular, flutter atrial ou fibrilação atrial (FA).

O que é cardioversão elétrica sincronizada?

Cardioversão é a descarga elétrica sincronizada ao complexo QRS, evitando que o choque seja liberado em porções do ciclo de relativa refratariedade, evitando gerar uma fibrilação ventricular. Desfibrilação é a descarga sem sincronização, em qualquer momento do ciclo cardíaco.

Como realizar cardioversão sincronizada?

O choque deve ser aplicado com o posicionamento correto das pás no tórax do paciente: uma na borda superior direita do esterno (abaixo da clavícula) e outra na região do ictus cardíaco. O operador sempre deve aplicar firmemente as pás (colocando um peso de aproximadamente 10kg sobre elas).

Quais as indicações de cardioversão elétrica?

As arritmias onde a cardioversão elétrica pode ser indicada são: fibrilação atrial, flutter atrial, taquicardia atrial por reentrada, taquicardia ventricular, fibrilação atrial conduzida por via anômala.

Quais são os ritmos Chocaveis e não Chocaveis?

A PCR pode apresentar ritmos chocáveis (taquicardia ventricular sem pulso e fibrilação ventricular) e ritmos não chocáveis por desfibrilador (assistolia, atividade elétrica sem pulso). A fibrilação ventricular é a contração incoordenada do miocárdio, o ritmo cardíaco é desordenado não tem condução elétrica.

Qual o objetivo da desfibrilação?

O desfibrilador é usado para normalizar o ritmo de batimentos cardíacos diante da ocorrência de uma arritmia (fibrila ou fibrilação). Seu funcionamento consiste em descarregar uma carga elétrica na caixa torácica da pessoa, para que as células cardíacas voltem a trabalhar normalmente.

Quem pode Desfibrilar?

Por isso mesmo, não só médicos e enfermeiros fazem o treinamento para manusear o desfibrilador no dia a dia. Outros profissionais de saúde, equipes de segurança e de resgate, paramédicos, brigadistas, entre outras pessoas treinadas em primeiros socorros também podem fazer a desfibrilação.

Como funciona a cardioversão elétrica?

A cardioversão elétrica interrompe taquiarritmias decorrentes de reentrada. O choque transtorácico despolariza todo o miocárdio e deixa o coração momentaneamente refratário à repetição da despolarização. Com isso, o marca-passo intrínseco mais rápido, geralmente o nó sinoatrial, reassume o controle do ritmo cardíaco.

Como é feito o procedimento de cardioversão?

O procedimento de cardioversão elétrica – sempre realizado por um profissional habilitado e treinado – consiste em uma descarga elétrica aplicada sob o tórax anterior do paciente, utilizando um cardiodesfibrilador elétrico, afim de reestabelecer o ritmo cardíaco.

Como é feito o exame cardioversão?

A cardioversão é efectuada através da aplicação de um choque sincronizado com o ritmo cardíaco, aplicado ao tórax através de pás metálicas ou eléctrodos. O choque é administrado pelo médico, sob sedação para ser confortável.

Quantos joules para cardioversão?

A cardioversão faz parte da abordagem geral do tratamento da FA, que também inclui o controle da frequência e a anticoagulação. A carga elétrica recomendada é de 100 a 200 joules para equipamentos monofásicos e de 50 a 100 joules para equipamentos bifásicos.

Onde é feita a manobra vagal e qual seu objetivo?

As manobras vagais são recursos simples e não invasivos usados para controle do sistema nervoso autônomo parassimpático vagal. São empregadas em diferentes contextos: diagnóstico (como diferenciar taquicardia supraventricular estável, TVS, e taquicardias ventriculares) e no tratamento de arritmias, como TVS.

Qual a diferença de desfibrilador?

O desfibrilador é um equipamento crucial para estimular os batimentos cardíacos em situações de parada cardíaca ou de arritmia. O aparelho emite carga elétrica no coração, com o objetivo de estabilizar os batimentos do paciente, estejam eles muito lentos, acelerados ou mesmo inexistentes.

Qual a diferença entre o desfibrilador e o Marca-passo?

Ao contrário do marcapasso, o CDI não precisa ser trocado com tanta frequência, pois age por demanda. Enquanto o marcapasso é constante em seu funcionamento, o CDI age ao detectar uma falha cardíaca no corpo do paciente.

Qual a diferença do DEA e desfibrilador?

Desfibrilador externo automático (DEA)

Enquanto o desfibrilador manual é indicado para ambientes hospitalares, o DEA já é indicado para ambientes fora dos hospitais.

O que pode ser choque no corpo?

Sentir uma sensação semelhante a pequenos choques pelo corpo sem que exista nenhum estímulo externo pode ser sinal de que há algo errado com algum nervo. Eles são os responsáveis por conduzir impulsos elétricos do sistema nervoso central para o corpo e vice-versa. “Nós temos nervos espalhados por todo o corpo.

O que é chocar um paciente?

Definição. O termo choque refere-se ao estado de hipoperfusão orgânica efetiva generalizada, ou seja, as células não recebem o aporte de oxigênio necessário para manter a sua homeostase.

O que é choque e quais os tipos?

O choque pode ser classificado em 4 tipos principais, baseados tradicionalmente no seu perfil hemodinâmico: hipovolêmico, cardiogênico, obstrutivo e distributivo.

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