Qual o problema da pobreza menstrual?

Perguntado por: Joel Pereira de Antunes  |  Última atualização: 24. Februar 2025
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A pobreza menstrual é um problema de saúde pública que afeta milhares de pessoas que menstruam no Brasil e em todo o mundo. Trata-se da dificuldade ou impossibilidade de acesso a produtos higiênicos adequados durante o período menstrual, assim como à infraestrutura básica, como banheiros e água encanada.

O que a pobreza menstrual pode causar?

Causas da pobreza menstrual

Uma das principais delas é a desigualdade social traduzida na pobreza econômica, que diz respeito à escassez de recursos financeiros suficientes para aquisição de itens de higiene menstrual, como absorventes descartáveis ou reutilizáveis, coletores e calcinhas absorventes.

Como a pobreza menstrual afeta a saúde?

Além da saúde íntima, a pobreza menstrual prejudica também a saúde mental, uma vez que a pessoa em condições de vulnerabilidade socioeconômica acaba se privando de ir à escola ou ao trabalho durante o período, o que acarreta inúmeras outras problemáticas sociais, por interferir na qualidade de ensino e na manutenção de ...

Como a pobreza menstrual afeta a educação?

Ainda segundo o estudo, todas as adolescentes ouvidas no decorrer da pesquisa relataram que, durante o período menstrual, ficam menos concentradas nas aulas, pois estão preocupadas com o risco de vazamento de sangue. “Uma das alunas chegou a dizer que se sente paralisada durante esses dias.

Como podemos resolver a pobreza menstrual?

Da perspectiva pública, o enfrentamento dessa realidade pode ser feito de duas formas complementares. A primeira consiste na distribuição gratuita de bens de higiene menstrual àquelas que se encontram em situação de vulnerabilidade econômica; e a segunda se relaciona com a redução da tributação sobre tais bens.

E Tem Mais: Pobreza menstrual: os efeitos sociais e à saúde da falta de acesso a absorventes - 14/10

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O que é pobreza menstrual redação?

Pobreza ou precariedade menstrual é o nome dado à falta de acesso de meninas, mulheres e homens trans a produtos básicos para manter uma boa higiene no período da menstruação. Não se restringe só à falta de dinheiro para comprar absorventes.

Quem é mais afetado pela pobreza menstrual?

“Tudo está conectado com a desigualdade social e a violação de direitos para essas mulheres que na maioria são pobres, estão na periferia, e em sua grande parte, vão ser as mulheres negras as mais afetadas”, destacou Durvalina Rodrigues, da Abayomi - Coletiva de Mulheres Negras na Paraíba.

Por que a pobreza menstrual aumenta a desigualdade de gênero?

O acesso precário aos ítens de higiene menstrual, principalmente absorventes, faz com que muitas mulheres utilizem meios inadequados para conter o fluxo menstrual, como panos usados, jornais e miolo de pão, ou impede a realização das trocas do absorvente com a frequência adequada, seja devido ao custo ou às situações ...

Quantas pessoas sofrem com a pobreza menstrual?

Além disso, das 60 milhões de pessoas que menstruam no país, 15 milhões não têm acesso a produtos adequados de higiene menstrual, ou seja, uma em cada quatro pessoas não apresenta condições de obter absorventes higiênicos.

Quando começou a pobreza menstrual?

O termo pobreza menstrual nasceu na França, durante a luta pela construção de políticas públicas voltadas a um conceito marcado por singularidades e complexidades que representam a falta de acesso a recursos, conhecimento e infraestrutura adequada para que as meninas tenham capacidade de obter uma menstruação segura.

Qual valor que o governo paga no absorvente?

Também serão beneficiadas estudantes matriculadas em instituições públicas inseridas no CadÚnico e com renda familiar per capta mensal igual a R$ 706. Para a população em situação de rua não há limite de renda. O acesso ao item é permitido em farmácias credenciadas no PFPB.

Por que precisamos falar sobre dignidade menstrual?

Ela afeta brasileiras que vivem em condições de pobreza e situação de vulnerabilidade em contextos urbanos e rurais, por vezes sem acesso a serviços de saneamento básico, recursos para higiene e conhecimento mínimo do corpo.

Como se dá a desigualdade social?

A desigualdade social é um problema que ocorre quando algumas pessoas têm acesso a mais recursos e oportunidades do que outras. Isso pode acontecer por várias razões, como renda, educação, localização geográfica ou preconceito.

Qual a relação entre pobreza menstrual e baixa frequência escolar?

A pobreza menstrual tem sido um fator de exclusão e desigualdade, entre pessoas que menstruam, principalmente nas escolas, tendo como causas principais a falta de acesso aos insumos menstruais e de higiene básica, gerando constrangimento, baixa frequência escolar, e evasão escolar.

Qual é a principal causa da desigualdade social?

A desigualdade social por aqui é um legado do período colonial, que se deve à influência ibérica, à escravidão e aos padrões de posses latifundiárias. Aspectos como racismo estrutural, discriminação de gênero, alta tributação de impostos e o desequilíbrio da estrutura social só agravam a desigualdade brasileira.

Quais problemas são causados por essa desigualdade?

A desigualdade leva ao aumento da pobreza, da má qualidade da alimentação e à fome. Com isso, também há más condições de moradia, falta de saneamento básico, saúde precária, alta taxa de mortalidade infantil, violência e desemprego.

O que é dignidade menstrual e pobreza menstrual?

É por isso que a pauta da dignidade menstrual é um tema tão importante: ela diz respeito ao direito das pessoas que menstruam - meninas, mulheres, homens trans e pessoas não binárias - de passarem por esse período com segurança e condições básicas de cuidado e de higiene.

O QUE É Lei menstrual?

O Projeto de Lei 1249/22 garante licença de três dias consecutivos, a cada mês, às mulheres que comprovem sintomas graves associados ao fluxo menstrual. A licença ocorrerá sem prejuízo do salário. Em análise na Câmara dos Deputados, o texto inclui a medida na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Qual a importância da educação menstrual?

Por meio do diálogo livre de estigmas e a partir de informações baseadas em evidências, a educação menstrual impacta positivamente a vida das pessoas que menstruam e de suas comunidades.

Quem criou a lei do absorvente gratuito?

O presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei que institui o Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual (14.214/21), mas vetou os principais pontos da proposta aprovada pelos parlamentares, como a previsão de distribuição gratuita de absorventes higiênicos para estudantes carentes dos ensinos fundamental e médio, ...

Como emitir dignidade menstrual?

Ele funciona com as informações do cadastro feito no Gov.br. Na página do Meu SUS Digital, digite o número do CPF e a mesma senha cadastrada no Gov.br. Depois, clique no botão do Programa Dignidade Menstrual para emitir a autorização. Cada autorização tem validade de 180 dias.

Quem criou a Lei da dignidade menstrual?

O Programa Dignidade Menstrual é uma iniciativa do Governo Federal para promover a saúde de quem menstrua e dar oportunidades para que acessem espaços e outros direitos sem restrições. Dessa forma, o programa também promove equidade de gênero, justiça social, educação e direitos humanos.

Porque absorvente é caro?

Absorventes femininos internos estão ficando mais caros por causa das mudanças climáticas, aponta pesquisa americana.

Qual o valor de uma menstruação?

Uma mulher tem cerca de 450 ciclos menstruais durante a vida e utiliza, em média, 20 absorventes por ciclo. Considerando estes números, estima-se que sejam usados 10.000 absorventes durante toda a idade fértil. Se considerarmos um custo médio de R$ 0,60 por absorvente, chegamos ao valor alarmante de R$ 6.000,00!

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