Qual o momento em que o réu pode fazer uso do silêncio?

Perguntado por: Gil Miguel Morais Pacheco Coelho  |  Última atualização: 13. März 2022
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"Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da acusação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do seu direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe forem formuladas.

Quando o réu pode ficar em silêncio?

Dentre essas garantias, está a de permanecer calado, prevista no artigo 5º, inciso 63, da Constituição Federal. O direito ao silêncio para não produzir provas contra si também consta no artigo 186 do CPP (Código de Processo Penal).

Quem tem direito ao silêncio?

II – O direito ao silêncio é garantido ao preso ou acusado pelos arts. 8º, 2, “g”, do Pacto de São José da Costa Rica, 5º, LXIII, da Constituição Federal, e 186 do Código de Processo Penal.

Como funciona o direito de ficar calado?

De maneira resumida, o direito ao silêncio nada mais é que a resguarda da pessoa de não participar, de qualquer modo, em uma acusação estatal contra si mesmo. Inclusive, o “ficar calado” é um direito constitucional, isto é, previsto na Constituição de 1988.

Quais são os direitos do réu?

São eles: dignidade humana, presunção de inocência, direito ao silêncio, ampla defesa e contraditório e devido processo legal.

Vale a pena permanecer em silêncio no processo penal?

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Como um réu pode se defender?

Divide-se em defesa pessoal ou autodefesa, sendo esta a que é realizada pelo próprio réu em pessoa, sem necessitar da mediação de um advogado, e aquela a realizada por um defensor, seja constituído, dativo, ad hoc, ou público.

Quando o réu é acusado?

O acusado (réu) é aquele que efetivamente responde a uma ação penal. Isso ocorre após o recebimento da denúncia oferecida pelo Ministério Público e dura até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória.

Como se chama o direito de permanecer calado?

A partir desse conjunto de direitos fundamentais, a doutrina enfatiza o direito ao silêncio (direito de permanecer calado), entendido como consequência do brocardo latino nemo tenetur se detegere, que preconiza que ninguém pode ser obrigado a produzir prova contra si mesmo.

Quando a testemunha pode se recusar a depor?

ARTIGO 7º, XIX, LEI 8.906/94. É direito do advogado “recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional”.

O que é direito a não autoincriminação?

Toda pessoa tem o direito de não ser obrigada a depor contra si mesma, nem a declarar-se culpada. Em nosso ordenamento, está presente também no artigo 186, parágrafo único do Código de Processo Penal, vejamos: O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser interpretado em prejuízo da defesa.

Quais atos avoca se o direito ao silêncio e quais seus limites?

186 do Código de Processo Penal: “depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da acusação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do seu direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe forem formuladas”.

Quais são as testemunhas que não prestam compromisso?

Os informantes são ouvidos em juízo, mas não prestam o compromisso de dizer a verdade, como o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, além dos menores de catorze anos, dos doentes e dos deficientes mentais.

O que é o direito de Miranda?

O Aviso de Miranda consiste na obrigação de informar o acusado de seu direito ao silêncio, de que tudo o que disser poderá ser usado contra si e da garantia de assistência jurídica, sob pena de nulidade.

O que é silêncio parcial?

A questão gera maiores conturbações, contudo, quando se coloca em pauta a questão do silêncio parcial, isto é, quando o interrogado opta por responder a somente algumas das perguntas que lhe são formuladas.

Quando o acusado for interrogado e decidir permanecer ficar em silêncio haverá prejuízo a sua defesa?

Código de Processo Penal

Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser interpretado em prejuízo da defesa.

É possível o direito ao silêncio parcial?

186 do Código de Processo Penal expressa: depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da acusação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do seu direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe forem formuladas.

Pode se recusar a ser testemunha?

Toda pessoa pode ser testemunha e, em regra, é obrigada a comparecer. Então o cidadão chega para ser ouvido, informa seus dados, promete dizer a verdade e começa a ser questionado.

O que acontece se a testemunha não for depor?

Entretanto, se as testemunhas não comparecem, devem ser intimadas para depor em momento posterior, sob pena de condução coercitiva. Essa regra celetista, na visão da desembargadora e ao contrário do decidido na sentença, não permite que se considere preclusa a produção de prova oral.

O que acontece se não comparecer a uma audiência como testemunha?

Quando a testemunha receber um convite formal e não comparecer à audiência, a intimação será realizada pela via judicial, através de uma carta expedida pela Justiça do Trabalho ou por um Oficial de Justiça.

O que é direito a quinta emenda?

"A Quinta Emenda da Constituição dos Estados Unidos garante que nenhum cidadão pode ser obrigado a testemunhar contra si mesmo, em qualquer caso criminal. Mas não estabelece um direito absoluto de permanecer em silêncio", entendeu a maioria.

O que é autoincriminação?

O princípio da não auto-incriminação (Nemo tenetur se detegere ou Nemo tenetur se ipsum accusare ou Nemo tenetur se ipsum prodere) significa que ninguém é obrigado a se auto-incriminar ou a produzir prova contra si mesmo.

Qual a importância do direito de Miranda?

O "Aviso de Miranda", como ficaram conhecidos os chamados "Miranda Rights", de origem norte-americana, se correlaciona com o direito fundamental do acusado a permanecer em silêncio e não produzir prova contra si mesmo ("nemo tenetur se detegere ").

Qual a diferença entre acusado e condenado?

Isso quer dizer que, não existindo mais recursos processuais, é que se considera alguém culpado, mudando o seu "status" de "acusado/réu" para "condenado", visto que não existem mais dúvidas quanto a prática do crime e autoria delitiva, restando apenas, o cumprimento da sanção/pena imposta.

O que é pronúncia do acusado?

A decisão de pronúncia é aquela que admite a acusação oferecida para encaminhar o acusado a julgamento perante o júri.

Precisa de advogado para se defender?

Para se defender, precisará de um advogado. Contudo, há exceções na qual você não precisa de um advogado para se defender. A mesma lógica se aplica no caso de receber alguma notificação de órgão público que cria necessidade de manifestação ou de realização de um ato sob pena de algum tipo de punição.

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