Qual a natureza jurídica do perdão judicial?

Perguntado por: Manuel Branco de Castro  |  Última atualização: 24. Februar 2022
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A concessão do perdão judicial é causa extintiva da punibilidade. Não subsiste qualquer efeito condenatório, salvo para fins de reincidência. A sentença que concede o perdão não é considerada para a reincidência. A doutrina é divergente sobre a natureza da sentença concessiva do perdão judicial.

Qual a natureza jurídica da sentença que concede o perdão judicial?

Assim, entendemos que a sentença que concede o perdão judicial tem natureza declaratória, extinguindo a punibilidade, não subsistindo qualquer efeito condenatório.

O que é o perdão judicial e qual sua natureza jurídica?

Segundo o Prof. Damásio, perdão judicial é “a faculdade concedida ao juiz de comprovada a prática de uma infração penal, deixar de aplicar a pena imposta pela lei, em face de justificadas circunstâncias excepcionais”.

O que é o perdão judicial?

O perdão judicial é a "faculdade concedida ao juiz de, comprovada a prática de uma infração penal, deixar de aplicar a pena imposta pela lei em face de justificadas circunstâncias excepcionais"(1). ... Doutrina e jurisprudência sempre divergiram acerca da natureza jurídica da sentença que concede o perdão.

Quais os crimes que admitem perdão judicial?

121, § 5º do Código Penal. Desse modo, o perdão judicial é aplicável somente aos crimes de homicídio e lesão corporal culposa, não podendo ser aplicado a mais nenhum outro tipo de crime, isso porque a Lei já excepcionou a aplicação do instituto aos casos por ela previstos.

Gabriel Habib - Qual a natureza jurídica da sentença que concede o perdão judicial?

36 questões relacionadas encontradas

Quando o juiz pode deixar de aplicar a pena?

Dispõe o §5º, do artigo 121 do Código Penal Brasileiro que: "Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária."

O que é o perdão judicial no crime de homicídio?

O perdão judicial nos casos de homicídio culposo (121, §5º, CP) consiste em causa extintiva de punibilidade, sendo utilizado nas hipóteses em que “as conseqüências da infração atingem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária”.

Qual o objetivo do instituto do perdão judicial?

O perdão judicial é um instituto através do qual o juiz, embora reconhecendo a coexistência dos elementos subjetivos que constituem o delito, deixa de aplicar a pena desde que apresente determinadas circunstâncias excepcionais previstas em lei e que tornam desnecessária a imposição da sanção.

Quanto ao perdão judicial pode se afirmar que?

O perdão judicial poderá ser aplicado quando, devidamente previsto em lei, as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a própria sanção se torne desnecessária. o perdão judicial é causa de exclusão da tipicidade, gerando absolvição própria.

O que é graça ou anistia?

"a) A anistia exclui o crime, rescinde a condenação e extingue totalmente a punibilidade; a graça e o indulto apenas extingue a punibilidade, podendo ser parciais; b) A anistia, em regra, atinge crimes políticos; a graça e o indulto, crimes comuns; c) A anistia pode ser concedida pelo poder legislativo; a graça e o ...

Qual a natureza jurídica das causas extintivas de punibilidade?

As causas extintivas da punibilidade, em geral, atingem apenas o jus puniendi, permanecendo o crime em sua integridade, com todos os seus demais efeitos e, quando operarem após o trânsito em julgado da sentença pena condenatória, atingirão a primariedade do agente.

Quais as diferenças entre o perdão judicial e do perdão do ofendido?

A diferença dos institutos citados é de que o perdão do ofendido surge da parte interessada na queixa crime e o perdão judicial parte unicamente do juiz nos casos autorizados por lei.

O que é uma medida de segurança?

A medida de segurança é tratamento a que deve ser submetido o autor de crime com o fim de curá-lo ou, no caso de tratar-se de portador de doença mental incurável, de torná-lo apto a conviver em sociedade sem voltar a delinqüir (cometer crimes). Quem está sujeito à medida de segurança pode ser tratado em Presídio?

O que é a natureza jurídica?

A natureza jurídica é um conceito que busca explicar o princípio ou a essência de um instituto jurídico, ou seja, de uma medida, situação ou um fato que existe no Direito. Por exemplo: os conceitos de propriedade, casamento, bens, tutela e processo são institutos do Direito.

O que vem a ser abolitio criminis?

Expressão latina utilizada em Direito Penal. Significa a extinção do crime devido à publicação de lei que extingue o delito anteriormente previsto no ordenamento jurídico.

Quais os princípios que regem a aplicação da lei penal no espaço Comente resumidamente cada um deles?

A lei penal brasileira aplica-se, em regra, ao crime praticado em seu território, porém a lei estrangeira será aplicada em crimes praticados em parte ou total em nosso território, quando assim exigirem tratados e convenções internacionais (Intraterritorialidade/de fora para dentro).

É possível a aplicação de perdão judicial para a lesão privilegiada?

Lesão corporal dolosa privilegiada.

Não é cabível na lesão corporal culposa.... corporal culposa e perdão judicial: § 8.º O art. 129 , § 8.º , do Código Penal determina a incidência do perdão judicial ao crime de lesão corporal culposa....

Quais as hipóteses de cabimento do perdão do ofendido quais os efeitos?

O perdão é cabível quando a ação penal já se iniciou com o recebimento da queixa e pressupõe também que não tenha ocorrido trânsito em julgado da sentença condenatória. Nota-se que é ato bilateral, ou seja, só gera a extinção da punibilidade se o perdão for aceito pelo autor da ofensa.

Como se dá a prescrição de um crime?

É o que está no artigo 109 de nosso Código Penal: “A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final (…) regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime”. ... Por exemplo, para um crime apenado com pena acima de 2 anos e abaixo de 4 anos, a prescrição ocorre em 8 anos.

Qual a Diferença entre aberratio ictus e aberratio criminis?

Enquanto na aberratio ictus o desvio recai sobre a pessoa vítima do crime, na aberratio criminis o desvio recai sobre o objeto jurídico do crime, ou seja, na primeira, embora errando no golpe, a ofensa continua a mesma, mudando apenas a gravidade da lesão; na segunda, existe um resultado de natureza diversa do ...

O que é perdão judicial explique uma hipótese em que é admitido?

Consiste na clemência do Estado para situações expressamente previstas em lei, quando não se aplica a pena prevista para determinados delitos ao serem satisfeitos certos requisitos objetivos e subjetivos que envolvem a infração penal. O artigo 121, § 5º, do Código Penal é um exemplo de perdão judicial.

Pode ser concedido perdão judicial no caso do art 302 do CTB?

Em remate, é perfeitamente aplicável o instituto do perdão judicial nos casos dos crimes previstos no art. 302 e 303 do Código de Trânsito Brasileiro, pelo que deve o magistrado analisar e aplicar o referente instituto como forma de preservar o direito público subjetivo do acusado.

É cabível o perdão judicial no caso de qualquer infração penal?

cabível o perdão judicial no caso de qualquer infração penal. a concessão de anistia é de competência privativa do Presidente da República, excluindo o crime e fazendo desaparecer suas consequências penais. D a concessão de indulto faz com que o beneficiado retorne à condição de primário.

É possível o perdão judicial para os casos de lesão corporal culposa e dolosa leve?

Em regra, o Direito Penal brasileiro prevê o perdão judicial para crimes culposos - exemplos: homicídio culposo, lesão corporal culposa e receptação culposa. Entretanto, também é possível o perdão judicial em crimes dolosos – exemplos: art.

Não deve o juiz aplicar a pena depois de Perdoá-la?

O perdão judicial é um instituto através do qual o juiz, mesmo reconhecendo a existência de elementos subjetivos e objetivos do tipo penal, deixa de aplicar a pena, considerando a ocorrência de circunstâncias excepcionais previstas em lei e que tornam desnecessária a aplicação da pena.

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