Qual a natureza jurídica do Código Penal?

Perguntado por: Gil Brito Soares  |  Última atualização: 29. April 2022
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O Direito Penal é um meio de controle social[3] formalizado, que representa a espécie mais aguda de intervenção estatal. É formado por um conjunto de normas jurídicas (princípios e regras) que definem as infrações de natureza penal e suas conseqüências jurídicas correspondentes – penas ou medidas de segurança.

Qual a natureza jurídica dos institutos previstos nos art 16 e 65 III B do Código Penal?

O instituto tem natureza jurídica de causa obrigatória de diminuição de pena (de um a dois terços), analisado na terceira fase do cálculo da pena. São requisitos do arrependimento posterior: a) Delito cometido sem violência ou grave ameaça à pessoa. A violência contra a coisa não exclui a minorante.

O que é teoria jurídica do Direito Penal?

O Direito Penal é o segmento do Direito Público que regula o poder punitivo do Estado. Ele detém a competência de selecionar as condutas humanas que são consideradas indesejadas, possuidoras de certa gravidade e reprovação social, e capazes de colocar em risco a convivência em sociedade.

Qual a parte geral do Direito Penal?

Nosso atual Código é dividido em duas partes: a parte geral (art. 1° ao art. 120 do CP), que define os critérios a partir dos quais o Direito Penal será aplicado, ou seja, diz quando o crime existe, como e quando aplicar a pena; e a parte especial, que prevê os crimes em espécie e as penas correspondentes.

Porque o Direito Penal é autônomo?

O Direito Processual Penal, já denominado de direito penal adjetivo, é um ramo jurídico autônomo, em que se prevê a forma de realização e aplicação da lei penal, tornando efetiva a sua função de prevenção e repressão dos crimes.

Natureza Jurídica do Direito Penal: Punitiva, Preventiva Ou Mista

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O que significa a autonomia do direito?

Autonomia significa, simplesmente, capacidade da investigação jurídica gerar os próprios resultados, sem ficar aferrada a outras instâncias do conhecimento. Veja-se que, tal fator não é uma peculiaridade do Direito. Também a Sociologia reivindica esse tipo de autonomia.

O que é autonomia no direito?

A autonomia é aquela sua propriedade graças à qual ela é para si mesma a sua lei (independentemente da natureza dos objetos do querer). O princípio da autonomia é, portanto, não escolher senão de modo que as máximas da escolha estejam incluídas, simultaneamente, no querer mesmo, como lei universal.

Quantos artigos tem a parte geral do Código Penal?

A parte geral, em seus 120 artigos, descreve e/ou até mesmo em certos momentos, explica conceitos de forma objetiva e sapiente, como, por exemplo, a posição de garantidor (relevância da omissão), no art. 13, § 2º, CP, ou quando menciona sobre situações de “concurso de pessoas”, previsto no art.

Quais são os princípios do Direito Penal?

Saiba quais são os princípios do Direito Penal e escolha essa...
  • Princípio da legalidade. ...
  • Princípio da anterioridade da lei penal. ...
  • Princípio da irretroatividade da lei penal mais severa. ...
  • Princípio da exclusiva proteção dos bens jurídicos ou fragmentariedade. ...
  • Princípio da mínima intervenção.

Qual a classificação da lei penal?

Dentro dessa perspectiva, as normas penais se dividem em dois grupos específicos: normas penais incriminadoras e normas penais não incriminadoras. As normas incriminadoras são aquelas cuja função precípua é definir as infrações penais, proibindo ou impondo condutas, sob a ameaça de sanção.

O que é o direito jurídico?

Direito consiste na ciência jurídica e também na sistematização de normas e leis em vigor em um determinado território. Sendo assim, dedica-se a estudar regras e processos que surgem e se estabelecem como limites para as relações sociais. Direito também pode ser entendido como sinônimo de honradez e integridade.

Qual a teoria adotada pelo Direito Penal brasileiro?

O nosso Código adotou a doutrina objetiva. É o que se contém no art. 14, parágrafo único (...)” (Damásio Evangelista de Jesus in Direito Penal, volume 1: parte geral. 33ª ed.

O que é a teoria da atividade penal?

A teoria da atividade ou da ação considera o momento em que o crime foi praticado, independentemente do lugar onde o crime se consumou. Contrariando a primeira, a teoria do resultado considera o lugar onde se deu o resultado do crime.

O que é tentativa branca e cruenta?

A tentativa incruenta, também chamada de branca, acontece quando o objeto material (pessoa ou coisa) não é atingido. Por exemplo, quando, no crime de homicídio, um golpe de faca é desferido, mas não atinge o corpo da vítima, não gerando lesão efetiva, palpável à integridade corporal do ofendido.

O que é o Instituto da desistência voluntária nos termos da lei fundamente com o artigo correspondente?

A desistência voluntária ocorre quando o agente não dá prosseguimento à execução da infração penal por sua própria vontade, ou seja, o agente inicia a prática do delito, que somente não se consuma, porque ele desistiu da ação, que poderia ter continuado com os atos executórios, mas não o fez.

Para que o arrependimento posterior artigo 16 do CP possa beneficiar o autor do crime a reparação do dano ou a restituição da coisa não precisam ser espontâneas?

"O arrependimento posterior é figura nova no nosso ordenamento jurídico e vem tratado no art. 16 do Código Penal. Nele, o agente já consumou o delito, restando-lhe, agora, a reparação do dano ou a restituição da coisa, tudo isso, se possível, até o recebimento da denúncia ou queixa.

São princípios constitucionais do Direito Penal?

PRINCÍPIO DA LEGALIDADE

Este, sem sombras de dúvidas, é o princípio basilar do Direito Penal, afinal, tudo deve estar em conformidade com a lei constitucional. Ele está contemplado no art. 5º, XXXIX da Constituição Federal que diz: “não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal”.

Quais os tipos de princípios?

Os princípios constitucionais são os valores básicos da ordem jurídica. Incluem os princípios políticos-constitucionais (ou fundamentais) e os princípios jurídicos-constitucionais. Os princípios políticos-constitucionais são os valores do estado democrático de Direito (respeito aos direitos e garantias fundamentais).

Quais as principais características do Direito Penal?

O Direito Penal é um objeto cultural, normativo, valorativo, sancionador, instrumental, fragmentário, subsidiário e garantista. É um objeto cultural porque pertence a um recorte histórico e geográfico específico.

Quantos artigos tem o Código Civil brasileiro?

A estrutura do Código Civil. O Código Civil é um ordenamento bastante amplo que trata sobre assuntos relacionados com o setor privado, ou seja, rege os direitos e as obrigações de todas as pessoas. Ele apresenta um total de 2.046 artigos que estão divididos em: Parte Geral e Parte Especial.

Quais são os artigos penal que tem?

São os delitos previstos na parte especial do Código Penal, no Título Dos Crimes Contra a Pessoa, Capítulo I, Dos Crimes contra a Vida, quais sejam: homicídio (artigo 121), induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio (artigo 122), infanticídio (artigo 123) e aborto (artigos 124, 125, 126, 127 e 128).

O que significa 157 e 171?

O que é 171:

171 é um código que faz referência ao artigo nº 171 do Código Penal Brasileiro, referente ao ato de estelionato, ou seja, enganar outras pessoas para conseguir benefícios próprios. Devido ao conteúdo relativo ao artigo 171 do Código Penal, popularmente convencionou-se utilizar este código como uma gíria.

O que é autonomia da vontade no direito Civil?

O princípio da autonomia da vontade preceitua terem os indivíduos, desde que dotados de capacidade jurídica, o poder de praticar atos e assumir obrigações de acordo com a sua vontade.

O que é constituição autônoma?

A Constituição autônoma é aquela decretada no próprio território que irá reger. Com essa classificação as Constituições podem ser garantia, balanço e dirigente de acordo com Manoel Gonçalves Ferreira Filho.

O que é autonomia privada no direito civil?

A autonomia da vontade ou autonomia privada consiste no poder reconhecido aos particulares de auto-regulamentação dos seus interesses, de autogoverno da sua esfera jurídica.

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