Qual a diferença entre vontade e desejo para Espinosa?
Perguntado por: Eduardo Lourenço de Coelho | Última atualização: 12. Februar 2025Pontuação: 4.5/5 (33 avaliações)
Para o filósofo Baruch Spinoza, a vontade é a capacidade de afirmar e de negar coisas em geral, antes de elas serem coisas específicas. O desejo, por sua vez, afirma ou nega coisas bem determinadas, pois sua função é saciar necessidades outrossim já determinadas.
Qual a concepção de desejo e vontade Segundo Spinoza?
Esta é a grande lição de Espinosa: desejo é o esforço, a inclinação, por algo que julgamos útil para nossa conservação, ele é determinado com o fim de preservar o corpo e a mente. Não agimos por vontade, mas sim pela necessidade do desejo! Ele é nossa essência, ele é a causa eficiente de nossas paixões e ações.
O que é desejo em Espinosa?
Nas definições dos afetos, Espinosa escreve: “O Desejo é a própria essência do homem enquanto é concebida determinada a fazer [agir] algo por uma dada afecção sua qualquer.” (E III Def Af I, p. 339).
Qual é a diferença entre vontade e desejo?
A vontade tem senso de dever, exige renúncia e cotas de sacrifício. O desejo, primo em segundo grau da vontade, é “instinto, aspiração, ambição ou necessidade que se quer satisfazer, expectativa de que algo aconteça conforme o esperado”. O desejo vive confortavelmente no território da imaginação.
O que Kant explica sobre desejo e vontade?
Com efeito, segundo o próprio filósofo, “a vontade é uma espécie de causalidade dos seres vivos, enquanto racionais, e liberdade seria a propriedade desta causalidade, pela qual ela pode ser eficiente, independentemente de causas estranhas que a determinem” (KANT, 1974, p. 243).
O desejo segundo Spinoza
Qual a relação entre desejo e vontade?
Em suma: desejo é necessidade instintiva do corpo e a vontade é uma decisão deliberada, representativa da ação vigorosa e determinante da mente sobre o corpo. “ÉTICA”, nos diz que “Não é porque uma coisa é boa que a desejamos, mas, porque a desejamos ela parece ser boa”.
O que é o vontade na filosofia?
A vontade é universalidade na medida em que é pensamento puro, abstraída de todo e qualquer conteúdo, apenas forma do pensamento. É também particularidade, enquanto vontade de um sujeito determinado em relação a um objeto determinado, um “eu” que se determina por um “não-eu”.
O que é o desejo para a psicanálise?
Já para a psicanálise, o desejo tem duas dimensões básicas: por um lado é aquilo que nos movimenta em direção a algo que foi eleito como objeto do desejo; por outro é a volta a uma experiência que um dia se formou. Um bebê, por exemplo, chora quando falta algo que já experimentou e o satisfez, como o leite.
Como Espinosa entende a?
Para Espinosa a realidade suprema é Deus e nada pode existir sem ele e fora dele; tudo reflete a sua natureza. O que Espinosa entende por substância o chama de Deus e, o que ele entende por modo a chama de coisas. Para chegar a essa compreensão aplica dedução matemática, ou seja, a partir do conceito de substância.
Quem é Deus Espinosa?
Para Spinoza, Deus é imanente – o entendimento divino (conhece e entende tudo). Não obstante, para Spinoza é significativo a diferença entre qualitativo e quantitativo, ou seja, o entendimento humano tem um alcance limitado, é finito. Todavia o entendimento divino é infinito, a diferença dar-se em termos quantitativo.
Como Espinosa entende o ser humano no contexto da sua?
Espinoza propõe uma teoria onde o corpo não é separado da alma, e sim que esses dois coabitam o mesmo ser. Ele acredita que o pensamento e a extensão, nada mais são que atributos da natureza, que podem ser considerados, deus. Ele percebe o homem, como sendo dois atributos de deus: o pensamento e a extensão.
O que é a vontade para Schopenhauer?
De acordo com Schopenhauer a vontade é o princípio fundamental da natureza, a força cega, incontrolável que move o mundo. Uma força que se manifesta em toda natureza, mas adquire características específicas nos seres humanos, cuja existência está subjugada a pressão universal da vontade.
Qual o conceito fundamental da ética de Spinoza?
"Toda a ética se apresenta como uma teoria da potência, em oposição à moral como teoria dos deveres" (p. 143, tradução minha). Segundo Spinoza (2008), não há coisas boas ou más em si mesmas; bom e mal se referem à maneira como as coisas e os outros afetam nosso conatus.
O que é o desejo para Hegel?
Isso seria propriamente o desejo, que, como Hegel já disse, é o animalesco, aquilo que se dissipa no ato mesmo de satisfação, não deixando vestígios no espaço e no tempo.
Quais os tipos de vontade?
Há dois tipos de vontade: Vontade de fazer algo a respeito e vontade de ficar a vontade. Há dois tipos de vontade: Vontade de fazer algo a respeito e vontade de ficar a vontade.
O que é a liberdade de vontade?
A liberdade de vontade, que é um bem da realidade humana, “é fundada, entre outros aspectos, em como o homem se enxerga de fato, como constrói as relações com seus semelhantes e como são edificadas as estruturas sociais.
O que é o desejo para Lacan?
Para Lacan, o desejo está intimamente ligado ao "Outro" e é moldado por questões simbólicas e culturais. Ele argumentou que o desejo é sempre um desejo do Outro, ou seja, é uma busca por reconhecimento e completude através do olhar do outro.
Onde nasce o desejo?
Onde nasce o desejo? O que dá combustão para esse desejo (ou seja, o gatilho) é a dopamina. Quando a pessoa vê alguém que acha interessante, se sente atraída, o cérebro libera esse neurotransmissor que provoca a sensação de prazer. O que sustenta e dá energia a essa busca é a adrenalina.
Como Freud caracteriza os desejos humanos?
Freud (1900-01) diz que ―somente um desejo é capaz de colocar o aparelho psíquico em movimento‖ e que este movimento é regulado pelas sensações de prazer e desprazer.
O que é vontade para Aristóteles?
A vontade é o impulso, o apetite guiado pela razão, e é própria da alma racional. Como se vê, segundo Aristóteles, a atividade fundamental da alma é teorética, cognoscitiva, e dessa depende a prática, ativa, no grau sensível bem como no grau inteligível.
Qual a visão de Nietzsche sobre a questão da vontade e do desejo?
Sob tal ângulo de visão, o filósofo nos mostra que a vontade de verdade se revelaria como uma forma decadente de se relacionar com a vida. Em geral, o pensador entende que a vontade de verdade diz um profundo não à vida e seu incessante fluxo em nome de uma ordem que fatalmente a ultrapassa.
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