Qual a diferença entre inversão ope judicis e ope legis?

Perguntado por: Bernardo Lisandro Moreira Cardoso  |  Última atualização: 28. Oktober 2024
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O CDC prevê dois tipos de inversão do ônus da prova. Um deles, a ser examinado em primeiro lugar, se opera exatamente como seus congêneres previstos em outras leis processuais: ope legis. O segundo caso, porém, se opera ope iudicis, cabendo ao juiz determinar se ocorrerá ou não a inversão no caso concreto.

O que é inversão ope legis?

A inversão do ônus da prova decorre da lei (ope legis), cabendo ao fornecedor o ônus de provar que o serviço foi prestado sem defeito, ou a culpa exclusiva do consumidor, nos termos do art. 14 , § 3º , incisos I e II , do CDC .

Quando o juiz pode determinar a inversão do ônus da prova?

373, caput, do CPC/15, podendo determinar a inversão do ônus da prova à parte que tiver maior facilidade de se desincumbir do ônus da produção probatória ou possuir conhecimentos técnicos ou informações específicas para o deslinde do processo, desde que não gere situação em que o encargo pela parte seja impossível ou ...

Quando é cabível a inversão do ônus da prova no CDC?

A decisão judicial que determina a inversão do ônus da prova – prevista no artigo 6º, VIII, do Código de Defesa do Consumidor (CDC) – deve ocorrer antes da etapa de instrução do processo; se proferida em momento posterior, deve garantir à parte a quem foi imposto esse ônus a oportunidade de apresentar suas provas.

Qual a finalidade da inversão do ônus da prova?

Por essa razão, a inversão do ônus da prova é um instrumento de acesso à Jus ça, pois possibilita ao consumidor hipossuficiente ir a juízo mesmo sem ter a prova da existência do seu direito.

Inversão do ônus da prova: Ope judicis e ope legis

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O que quer dizer ope judicis?

O nome Ope Judicis, vem do latim, e significa “com a ajuda de um Juiz”, tradução que dá ensejo a forma como este instrumento opera no processo.

Quais são os requisitos para a inversão do ônus da prova?

Para que o juiz determine a inversão do ônus da prova, são necessárias (i) a verossimilhança das alegações ou (ii) a hipossuficiência do consumidor, considerando as regras ordinárias de experiência. O primeiro requisito requer a análise inicial das alegações trazidas ao juízo pelo consumidor.

Quando não cabe inversão do ônus da prova?

Sendo assim, em um caso prático que envolva fato do produto ou do serviço (acidente de consumo) ou publicidade enganosa, é dispensado o requerimento de inversão do ônus da prova, pois a própria lei já determina o sujeito encarregado de produzi-la.

Como contestar a inversão do ônus da prova?

Portanto, distribuição dinâmica + inversão do ônus da prova podem ser atacadas imediatamente via agravo de instrumento, não devendo a parte aguardar o término do processo para impugnar via apelação.

Quando não há inversão do ônus da prova?

Resposta: não

A inversão do ônus da prova, mesmo nos casos que envolvam direito do consumidor, não se opera de forma automática, dependendo do preenchimento dos seguintes requisitos: verossimilhança das alegações ou hipossuficiência do consumidor.

É necessário requerimento da parte para a inversão do ônus da prova?

6.º , VIII , do CDC , a inversão do ônus da prova prescinde de requerimento da parte, podendo ser, inclusive, determinada de ofício pelo Juiz, desde que, a seu critério, verifique a presença de seus requisitos autorizadores.

Em quais situações o juiz poderá determinar a inversão do ônus da prova no processo do trabalho?

Em quais situações o juiz do trabalho pode inverter o ônus?
  • Quando houver impossibilidade de produção da prova;
  • Quando houver grande dificuldade da parte de apresentar provas de suas alegações, sendo mais fácil que a parte contrário apresente documentos comprovando o fato contrário;

Quem alega tem o ônus de provar?

Por isso, é comum ouvir que, na Justiça, quem alega deve provar. No mesmo sentido, é o artigo 156 do Código de Processo Penal, que também atribui o ônus da prova a quem está alegando o fato. Veja o que diz a lei: Código de Processo Civil - Lei no 13.105, de 16 de março de 2015.

Quais os requisitos para a inversão do ônus da prova com base no art 6º VIII do CDC?

Para o deferimento de inversão do ônus da prova deve haver a indicação do objeto da prova, bem assim das razões da inversão, não fazendo operar os institutos de proteção específica a invocação da relação de consumo, por si.

O que é inversão do ônus da prova CPC?

A inversão do ônus da prova é um dos mais relevantes instrumentos da legislação consumerista para a facilitação da defesa do consumidor. Contudo, tal mecanismo não se opera de forma automática, pois depende da análise judicial de verossimilhança da alegação do consumidor ou de sua hipossuficiência.

Para que haja a inversão do ônus da prova o juiz deve se basear nos termos da lei sem levar em consideração as suas máximas de experiência?

para que haja a inversão do ônus da prova, o juiz deve se basear nos termos da lei, sem levar em consideração as suas máximas de experiência. só haverá a inversão do ônus da prova se cumulativamente as alegações do consumidor forem verossímeis e ele for considerado hipossuficiente.

Tem inversão do ônus da prova no Juizado Especial?

Conforme outrora explicitado, o magistrado deve conceder a inversão do ônus da prova ao consumidor quando verificar a verossimilhança de suas alegações ou que o mesmo é hipossuficiente. Assim, pronunciando o juiz da causa, o mesmo poderá decidir pela transferência do ônus para o réu ou não.

Quais fatos não precisam de prova?

Art. 374. Não dependem de prova os fatos: I – notórios; II – afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária; III – admitidos no processo como incontroversos; IV – em cujo favor milita presunção legal de exis- tência ou de veracidade.

Qual a consequência do não cumprimento do ônus da prova?

Já o ônus da prova, se não cumprido, não implica sanção ou consequência negativa. Na verdade, trata-se de interesse da própria parte à qual recai a incumbência, pois abster-se de produzir determinada prova é escolha, não imposição.

O que quer dizer o art 373 do CPC?

“O artigo 373 do Código de Processo Civil estabelece, de forma apriorística, a incumbência das partes com relação ao ônus da prova: ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito (inciso I); e ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor (inciso II).

O que diz o artigo 4 do Código de Defesa do Consumidor?

Artigo 4º - A Política Nacional de Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os ...

O que significa o ônus da prova?

O ônus da prova é o encargo atribuído pela lei para que as partes comprovem suas alegações, ao autor cabe comprovação do fato que constitui o seu direito, ao réu a existência de fato impeditivo extintivo do que alega o autor, essa regra vem definida no artigo 373 do Código de Processo: Art. 373.

O que é ex legis?

Por força da lei; em virtude da lei.

De quem é o ônus da prova nas relações de consumo?

O consumidor é a parte vulnerável na relação, conforme preceitua o artigo 4º do Código do Consumidor, podendo o juiz inverter o ônus da prova quando há um dos dois requisitos previstos na Lei consumerista, sendo certo que na hipótese, encontra-se presente não só a verossimilhança das alegações como a impossibilidade ou ...

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