Qual a diferença entre defesa peremptória e dilatória?

Perguntado por: Sofia Salomé de Pinto  |  Última atualização: 19. November 2024
Pontuação: 4.2/5 (8 avaliações)

Dilatória: defesa processual dilatória é aquela que se acatada provoca uma dilação/retardamento da marcha processual. Exemplo: incompetência relativa ou absoluta. Peremptória: defesa peremptória são aquelas que se acatadas, ensejará a extinção do processo. Como exemplo temos: litispendência, coisa julgada, etc.

O que é defesa peremptória?

A defesa peremptória é aquela que objetiva fulmi- nar o exercício da pretensão do autor. Neste caso, a apreciação da matéria alegada põe fim ao pleito da inicial e influencia na análise do mérito da demanda.

O que é uma defesa dilatória?

As defesas dilatórias são aquelas que, no máximo, retardam o processo: é o que chamamos de vício sanável. Ora, ao se mandar que um vício seja sanado, algum tempo há de ser despendido nisto e, por isso, as defesas são chamadas de dilatórias (pois, indiretamente, elas retardarão a análise meritória do processo).

Qual a diferença entre defesa processual e defesa de mérito?

O termo defesa do réu é gênero, do qual decorrem diversas modalidades, ou seja: diversas formas pelas quais o réu manifesta sua resistência em juízo. A defesa do réu pode ser classificada em de mérito – ataca a pretensão do autor, resiste ao pedido mediato – ou em processual – ataca a relação jurídica processual.

Quando ocorre a perempção?

A perempção ocorre quando há abuso do direito de ação. Conforme previsto pelo art. 486 § 3º do Novo CPC, a parte autora que der causa, por 3 vezes, à extinção do processo por abandono, não poderá propor nova ação contra o réu. Tal como a litispendência, a perempção é um requisito processual negativo.

Exceções dilatórias e peremptórias

31 questões relacionadas encontradas

Quais as espécies de defesa?

As defesas podem ser divididas em dois grupos: materiais e processuais. O réu apresenta defesas relativas ao processo ou ao direito de ação. Nelas, defendem-se a inadmissibilidade do processo. Quando acolhidas as preliminares, resta impedida a apreciação da matéria de mérito.

O que é prazo peremptório e dilatório?

Diferença entre prazo peremptório e prazo dilatório? Enquanto o prazo peremptório não pode ser alterado pela liberalidade das partes, o prazo dilatório pode ser reduzido ou ampliado mediante vontade das partes ou do juiz. Essa é a diferença entre os institutos.

Quais as hipóteses de perempção?

Dessa forma, são 4 as causa da perempção: (i) a inércia do querelante por 30 dias seguidos; (ii) a morte do querelante seguida do não comparecimento de algum sucessor em até 60 dias; (iii) o não comparecimento do querelante a algum ato processual; e (iv) a extinção de pessoa jurídica seguida de falta de sucessor.

Quais prazos são Peremptorios?

Prazos peremptórios são aqueles que não podem ser alterados, ou seja, possuem obrigatoriedade de cumprimento e são determinados por lei. Sua função é, então, regular o tempo em que as ações judiciais devem ocorrer.

Quais são as preliminares de mérito?

preliminares de mérito, indireta ou prejudicial, que englobam questões de prescrição e decadência, por exemplo; mérito em sentido estrito ou direta, que devem ser arguidas em seguida e se referem aos pedidos do autor com suas motivações e a discussão acerca da constituição dos direitos alegados na inicial.

Quais são as exceções Dilatorias?

As exceções dilatórias correspondem à falta ou ausência de pressupostos processuais (que, em regra, são evidenciadas pelo réu na sua contestação) que, não sendo suscetíveis de sanação ou suprimento, obstam a que o tribunal conheça do mérito da ação judicial e determinam a absolvição do réu da instância ou a remessa do ...

Quais são as exceções peremptórias?

Exceções peremptórias são aquelas que geram a extinção do processo. São as exceções de litispendência, de coisa julgada, e para Luiz Flávio Gomes e Eugênio Pacelli de Oliveira, as de ilegitimidade de parte. Fonte : Curso Intensivo II da Rede de ensino LFG - Professor Renato Brasileiro de Lima.

Quais são as formas de defesa do réu?

Mesmo assim, o réu continua podendo apresentar 4 espécies de resposta em sua defesa.
  • 1 — CONTESTAÇÃO. ...
  • 2 — RECONVENÇÃO. ...
  • 3 — ARGUIÇÃO DE SUSPEIÇÃO OU IMPEDIMENTO. ...
  • 4 — A PROVOCAÇÃO DO INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA.

Quais são as defesas processuais?

DEFESAS PROCESSUAIS. São defesas que não tem a intenção de extinguir o processo, apenas prolonga a tramitação processual. Ditas defesas ocorrem quando o réu alerta o magistrado sobre alguma imperfeição formal que deve ser sanada.

O que diz o artigo 337 do CPC?

§ 1º Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente ajuizada. § 2º Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido. § 3º Há litispendência quando se repete ação que está em curso.

Quantas vezes posso entrar na Justiça com o mesmo processo?

Um dos princípios fundamentais do direito penal nacional e internacional é o princípio da vedação a dupla incriminação ou princípio no bis in idem. Tal princípio proíbe que uma pessoa seja processada, julgada e condenada mais de uma vez pela mesma conduta.

Qual é a diferença entre prescrição e decadência?

Prescrição é quando se perde o direito por descumprimento e decadência é a perda de um direito não requerido dentro do prazo legal. No Código Civil de 2002, os temas de prescrição e decadência são tratados principalmente nos artigos 189 a 206 (prescrição) até os artigos 207 a 211 (decadência).

Quando duas ações são conexas?

55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir. § 3º. Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles.

O que é prazo dilatório?

É aquele em que as partes, de comum acordo, podem reduzir ou prorrogar. Ver artigo 181 do Código de Processo Civil.

Quem pode pedir dilação de prazo?

- A dilação de prazo constitui prerrogativa do magistrado e somente será deferida quando a parte que a requerer apresentar justificativa plausível para o cumprimento da ordem judicial - O pedido reiterado de dilação de prazo sem justo motivo configura o intuito protelatório do banco-réu e pode, inclusive, constituir ...

Quando pode pedir dilação de prazo?

Cabe realizar um pedido de dilação quando ainda há prazo para ser cumprido, segundo estabelece o Art. 223 do novo CPC (Código de Processo Civil). Após o término do prazo estipulado, o artigo menciona que não é mais permitido praticar ou emendar atos processuais, a menos que haja justa causa para tal.

O que não pode faltar em uma contestação?

A contestação, assim como a petição inicial, deverá conter os seguintes requisitos: endereçamento correto, nome e prenome das partes com suas devidas qualificações (a qualificação não será necessária, se estiver correta na inicial), fatos e fundamentos jurídicos, requerimentos de provas, documentos indispensáveis e ...

Quais os tipos de defesa na contestação?

Quais os tipos de defesa na contestação? O réu tem a faculdade de apresentar dois tipos de defesa de mérito para ilidir a pretensão do autor, respectivamente são elas, a defesa direta e a indireta.

O que significa o ônus da prova?

O que é ônus da prova? Conforme o ordenamento jurídico brasileiro, ônus da prova é a responsabilidade que um indivíduo ou uma parte, em casos jurídicos, tem de demonstrar que as suas afirmações e pedidos são verdadeiros. Isso é possível através de documentos ou testemunhas que justifiquem o que o julgado apresenta.

Artigo anterior
Quais são as línguas mais faladas no Canadá?
Artigo seguinte
Para que serve o rolo de liberação miofascial?