Qual a consequência jurídica da desistência voluntária e arrependimento eficaz?

Perguntado por: Marco Leandro Leal Pereira Lourenço  |  Última atualização: 15. April 2022
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Merece ser destacada a posição de Nelson Hungria, para quem a desistência voluntária e o arrependimento eficaz são causas de extinção da punibilidade não previstas no art. 107 do Código Penal.” (ANDREUCCI, Ricardo Antônio.

Quais as consequências jurídicas da desistência voluntária?

Tanto no arrependimento eficaz quanto na desistência voluntária o agente cessa a execução do delito, ou impede a sua consumação, porque não deseja mais a obtenção de seu resultado. Já na tentativa o agente deseja atingir o resultado do crime, que só não é alcançado por circunstâncias alheias à vontade do mesmo.

Qual a natureza jurídica do arrependimento e na desistência voluntária?

Natureza jurídica:

Parte da doutrina entende que tanto a desistência voluntária, como o arrependimento eficaz são causas de extinção da punibilidade não previstas no artigo 107 do Código Penal.

Qual a consequência jurídica da aplicação do arrependimento posterior?

A consequência jurídica da causa redutora de pena: o arrependimento posterior provocará, se reconhecido no processo crime, uma redução obrigatória da pena.

Quando acontece o arrependimento eficaz?

O Arrependimento eficaz ocorre quando agente se arrepende depois de encerrados todos os atos executórios, impedindo, assim, o resultado.

Desistência Voluntária e Arrependimento Eficaz - art. 15 do CP

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O que é arrependimento eficaz exemplo?

Assim, no arrependimento eficaz a execução dos atos já aconteceu, exemplo: aplicou ou administrou o veneno e depois fornece o antídoto impedindo assim a consumação do crime. Os efeitos do arrependimento eficaz são iguais ao da desistência, ou seja, o agente responde somente pelos atos já praticados.

Como se configura o arrependimento eficaz?

O arrependimento eficaz ocorre quando o agente pratica alguma conduta para salvaguardar o bem jurídico que já foi colocado em risco. Em tal situação, a fase de execução foi realizada, entretanto, o agente agrega nova conduta a fim de evitar o sacrifício do bem tutelado, salvando-o.

Qual é a natureza jurídica do arrependimento posterior?

O arrependimento posterior vem previsto no art. 16 do CP , que assim dispõe: "Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços" .

O que é arrependimento posterior qual a sua natureza jurídica?

"O arrependimento posterior é figura nova no nosso ordenamento jurídico e vem tratado no art. 16 do Código Penal. Nele, o agente já consumou o delito, restando-lhe, agora, a reparação do dano ou a restituição da coisa, tudo isso, se possível, até o recebimento da denúncia ou queixa.

Qual a principal consequência do arrependimento posterior Nos crimes patrimoniais?

O arrependimento posterior incide exclusivamente nos crimes contra o patrimônio e impõe a restituição espontânea e integral da coisa até o recebimento da denúncia ou da queixa.

Qual é a natureza jurídica do arrependimento eficaz?

Arrependimento eficaz no direito brasileiro

Art. ... Quanto à natureza jurídica do arrependimento eficaz, há duas correntes preponderantes: a primeira defende que o ato de arrependimento eficaz é causa pessoal excludente de tipicidade; a outra entende ser causa pessoal de exclusão da punibilidade.

Qual é a natureza jurídica da tentativa?

​Excelência, a tentativa tem natureza jurídica de causa de diminuição de pena. A norma definidora da tentativa é uma norma de extensão ou de ampliação da conduta. Opera-se uma ampliação temporal da figura típica, pois com a utilização da regra prevista no art.

Qual a diferença entre desistência voluntária e arrependimento eficaz de um exemplo de cada?

Mas na desistência voluntária o agente faz uma parte dos atos e no arrependimento eficaz ele faz todos os atos e responde somente pelos os atos que ele praticou. Eu teria como exemplo: uma pessoa dá um tiro na outra, guarda a arma e vai embora, isto é uma hipótese de desistência voluntária.

Quando o agente voluntariamente desiste da execução do crime responde apenas pelos atos praticados tal conceito Refere-se A?

O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza só responde pelos atos já praticados, ocorrendo assim a hipótese de arrependimento posterior.

Como deve o partícipe responder nos casos em que o agente desiste de prosseguir ou se arrepende de maneira eficaz?

O agente que desiste do seu intento criminoso podendo prosseguir, responde pelos atos já praticados. Assim para doutrina majoritária a Desistência Voluntária é causa de atipicidade da conduta, visto que a desistência do dolo inicial do agente é abandonado e a sua punição se dará em outro tipo penal.

Quais as principais diferenças que existem entre desistência voluntária e o crime tentado?

Ou seja, na tentativa, o sujeito quer realizar o crime, mas não pode. Na desistência voluntária, prevista na primeira parte do artigo 15 do Código Penal, o agente até começa a execução, mas por sua própria vontade, desiste e não consuma o crime.

O que é o arrependimento posterior?

O artigo 16 do Código Penal descreve o arrependimento posterior como uma das causas de redução de pena, que pode incidir no caso de o acusado de crime cometido sem violência se arrepender e decidir reparar o dano ou devolver o objeto.

Quais os elementos do arrependimento posterior?

São requisitos do arrependimento posterior:
  • a) Delito cometido sem violência ou grave ameaça à pessoa. ...
  • b) Reparação total do dano ou restituição integral da coisa.
  • c) Até o recebimento da denúncia ou da queixa. ...
  • d) Ato voluntário do agente. ...
  • EMENTA.

Qual a diferença de arrependimento eficaz e arrependimento posterior?

Na desistência voluntária, o agente abandona a execução do crime quando ainda lhe sobra, do ponto de vista objetivo, uma margem de ação. No arrependimento eficaz, não há margem alguma, porque o processo de execução está encerrado, e o agente atua então para evitar que sobrevenha o resultado.” (PACELLI, Eugênio.

O que é arrependimento eficaz no Código Penal?

Já o arrependimento eficaz, também chamado de arrependimento ativo, ocorre “quando o agente, tendo já ultimado o processo de execução do crime, desenvolve nova atividade impedindo a produção do resultado” (JESUS, 2006, p. 343/344).

É possível arrependimento posterior no crime de roubo?

Não se aplica no crime de roubo o arrependimento posterior, por ser elementar desse delito a violência ou grave ameaça à pessoa, a impedir a aplicação desse instituto, nos termos do art. 16 do Código Penal - CP .

O que é o artigo 129 do Código Penal?

129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano.

Quais os elementos da tentativa abandonada?

Tem como elementos: início e término da execução, além da não consumação por circunstâncias inerentes à vontade do agente, de modo que também deve ser eficaz e voluntário o arrependimento, aplicando-se aqui o mesmo a respeito da possibilidade de interferência externa subjetiva.

O que é crime impossível exemplo?

Os exemplos clássicos para ilustrar tal norma consistem nas hipóteses de tentar matar alguém com uma arma de brinquedo (absoluta ineficácia do meio) e consumir substância de efeito abortivo para estimular aborto sem estar grávida (absoluta impropriedade do objeto) (ESTEFAM, 2015, p. 263).

Quais são as diferenças entre tentativa artigo 14 II CP e desistência voluntária artigo 15 CP )?

14, inciso II do CP, pois tem uma diferença marcante que é, na tentativa: “quero mais não posso” e na desistência voluntária: “posso mais não quero”, lembrando ainda que na desistência voluntária, e no arrependimento eficaz (tem que se evitar a consumação) o agente somente responderá pelos atos já praticados, e por ...

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