Quais eram os pensamentos de Epicuro?

Perguntado por: Enzo Vaz  |  Última atualização: 7. November 2024
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Epicuro valorizava o prazer intelectual, a ataraxia (tranquilidade da mente), e a aponia (ausência de dor). Ele também tinha uma visão materialista do universo, acreditando que tudo é composto por átomos. Epicuro morreu em 270 a.C., mas suas ideias sobre a busca da felicidade e a vida ética continuam influentes.

Quais são os 4 princípios de Epicuro?

Para isso, foram escolhidos quatro princípios epicuristas, que são a felicidade, a serenidade, a simplicidade e as sensações, para serem analisados com quatro poemas de Caeiro: IX – Sou um Guardador de Rebanhos; XXI – Se Eu Pudesse; I – Quando Eu Não Te Tinha; XLIX – Meto-me para Dentro.

Quais são os 3 desejos para Epicuro?

Para Epicuro estes prazeres são divididos em três patamares:
  • Necessários e naturais: comer, beber, dormir...;
  • Não necessários e naturais: desejo sexual, desejo de extravagâncias alimentares...;
  • Não necessários e não naturais: os desejos ilimitados de poder, ganância...

Qual foi a proposta de Epicuro?

Epicuro manda uma vida simples, mas de prazer. É a proposta de uma vida tranquila, fácil e agradável, que não busca cena nem a satisfação dos outros, mas o equilíbrio de si.

Qual é o pensamento de Epicuro sobre a felicidade?

felicidade é algo primordial no epicurismo: quando ela está presente, tem-se tudo; e quando ela não está, faz-se de tudo para alcançá-la (Epicuro, n.d./2002). Retomando a emblemática declaração do filósofo, tem-se que "o prazer é o início e o fim de uma vida feliz" (p.

O PENSAMENTO DO FILÓSOFO EPICURO

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Como Epicuro divide os prazeres?

Epicuro faz a distinção em três tipo: naturais necessários, naturais não necessários e não naturais não necessários. Claro, tudo é natureza, mas esta separação nos ajuda a entender que alguns prazeres vêm do corpo, nascem de nossa própria existência e outros são frutos de ilusões e nos são empurrados garganta abaixo.

O que é a morte para Epicuro?

Fiel a este materialismo, Epicuro elabora suas reflexões quanto à morte. Acredita que somos um corpo formado por átomos e que, portanto, quando estes átomos chegam ao fim, morremos. Vivemos o tempo necessário de nossa existência. Para Epicuro não devemos temer a morte, porque ela nada significa a nós.

O quê Epicuro fala sobre os deuses?

Resumo. Os deuses existem, mas não se importam com os mortais. Essa é a tese que norteia o pensamento teológico de Epicuro. Frente aos caprichos dos deuses da crença vulgar e do destino inflexível da religião dos doutores, Epicuro sugere que a autarcia do homem é a pedra basilar para compreensão dos deuses.

Qual é o objetivo da filosofia para Epicuro?

Epicuro acreditava que a filosofia é o melhor caminho para se chegar à felicidade, que para ele significava se libertar dos desejos. A filosofia é um instrumento para alcançar a felicidade pois através dela o homem vai libertar-se do desejo que o incomoda.

Qual era o bem maior para o pensador Epicuro?

Epícuro (341-271 ac) foi um filósofo grego, aluno de Platão, e sua filosofia era baseada na identificação do bem soberano como prazer ena teoria atomista, na qual o átomo era o elemento formador de todas as coisas.

Como devemos viver de acordo com Epicuro?

Segundo Epicuro, a posse de poucos bens materiais e a não obtenção de cargos públicos proporcionam uma vida feliz e repleta de tranquilidade interior, visto que essas coisas trazem variadas perturbações. Por isso, as condições necessárias para a boa saúde da alma estão na humildade.

Qual é o fim último para Epicuro?

Compreendido, portanto, como um bem por natureza, o prazer é considerado como o princípio e o fim último (archê kai télos) da vida feliz (EPICURO, 2002, p. 37). Ele é o princípio porque a felicidade começa quando se experimenta o prazer, e é o fim porque assim que termina o prazer, encerra igualmente a felicidade.

Como Epicuro classifica o medo da morte?

Epicuro também fala a Meneceu que não há nada de terrível em se deixar de viver. Chama de tolo aquele que diz ter medo da morte. Conclui esta questão de maneira brilhante quando diz que a morte não existe para aqueles que estão vivos.

Como funciona o Paradoxo de Epicuro?

O Paradoxo de Epicuro, atribuído ao filósofo Epicuro, corresponde à formulação clássica do problema da existência de Deus e do mal simultaneamente: "Ou Deus quer impedir o mal e não pode, ou pode mas não quer. Se quer mas não pode, é impotente. Se pode mas não quer, então é malévolo.

Como Epicuro classifica os desejos humanos?

Adepto das coisas simples Epicuro classificou esse desejo do ser humano em variar seu alimento e bebida, como um desejo que o ser humano tenta satisfazer diariamente, mas não é um desejo nescessário a sobrevivência, pois sem a variação dos alimentos e bebidas, o ser humano poderá sobreviver comendo apenas arroz e ...

O que o epicurismo influenciou?

O epicurismo, principalmente após a morte de seu instituidor, adquiriu um caráter quase religioso, e influenciou extraordinariamente a Grécia e o mundo romano, até o século IV.

Como a alma seria formada Segundo Epicuro?

A propósito, cumpre-nos observar que, segundo o atomista e materialista Epicuro, até mesmo a alma é um composto de átomos, átomos esses por ele qualificados de “sutis”, mas, “de qualquer modo, de natureza material”. Assim sendo, conclui, estão sujeitos, como os do corpo, à desintegração.

Quem criou o Paradoxo de Epicuro?

Atribuição e variações. Carnéades poderia ser o verdadeiro autor do paradoxo atribuído a Epicuro. Não há qualquer texto de Epicuro que nos confirme a sua autoria do argumento.

Qual é o segredo do prazer e da felicidade para Epicuro?

A QUESTÃO DO PRAZER: ATARAXIA E APONIA

Segundo Epicuro, todo ser vivo tende ao prazer e goza deste como bem supremo, fugindo da dor como mal supremo, do qual deve ser evitado.

Quanto tempo viveu Epicuro?

Epicuro nasceu, de pais atenienses, na ilha de Samos, em 342 ou 341 a. C., e morreu em Atenas, em 271 ou 270 a. C.

Quem refuta Epicuro?

Agostinho nega a existência substancial do Mal, o que invalidaria o Trilema de Epicuro. Epicuro, por sua vez, afirma a existência real do Mal, o que invalidaria o argumento resolutivo de Santo Agostinho para o problema do Mal.

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