Quais crimes contra a honra admite retratação?

Perguntado por: Kyara Catarina Ramos Azevedo  |  Última atualização: 12. Januar 2022
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Nos crimes contra a honra — calúnia, difamação e injúria —, o Código Penal admite a retratação como causa extintiva de punibilidade, desde que ocorra antes da sentença penal, seja cabal e abarque tudo o que o agente imputou à vítima.

Quais crimes cabe retratação?

A retratação, nos crimes contra a honra, é admitida somente na calúnia e difamação, sendo inadmitida na injúria. Se, contudo, os crimes contra a honra forem praticados através da imprensa, a retratação é permitida nos três delitos (art. 26 da Lei 5.250/67).

É cabível a retratação no crime de injúria?

A retratação também só se aplica à calúnia e à difamação. Não tem cabimento na injúria, uma vez que esta atinge a honra subjetiva primordialmente, de maneira que a retratação não teria o condão de reparar o mal ocasionado.

Como regra Admite-se a exceção da verdade em todos os crimes contra a honra?

Relativamente aos crimes que atingem a honra objetiva, faz-se possível o exercício da exceção da verdade, consistente possibilidade jurídica dada ao querelado de provar que o fato que imputara a outrem é verdadeiro.

Qual dos crimes contra a honra admite a exceção da verdade?

A calúnia, tipificada como caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime, é o tipo penal dos crimes contra a honra onde a regra é caber a exceção da verdade. Calúnia, como é possível se extrair do próprio tipo penal é a conduta de afirmar que outra pessoa praticou um fato criminoso.

Artigo 143 do Código Penal, crimes contra a honra, retratação nos crimes de calúnia e difamação.

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É cabível a exceção da verdade na difamação e na injúria?

138 do Código Penal, nesse sentido, pode-se afirmar que a calúnia somente será constituída se o fato criminoso atribuído a outrem for um falso. Já na injúria não existe a figura da exceção da verdade, pois, basta que a dignidade da pessoa seja ofendida.

O que é a exceção da notoriedade fundamente sua admissibilidade?

A exceção de notoriedade, que consiste na oportunidade facultada ao réu de demonstrar que suas afirmações são do domínio público, é admitida tanto no crime de calúnia quanto no delito de difamação.

Quando cabe à exceção da verdade?

Ação que permite ao acusado por crime de calúnia ou difamação provar o fato atribuído à pessoa que se julga ofendida. Pode ser usada quando o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções.

Qual a ação penal nos crimes contra a honra?

Os delitos contra a honra são considerados de menor potencial ofensivo que, em regra geral, a ação penal é privada, sendo de exclusiva iniciativa da vítima (personalíssima) que se procede mediante “queixa-crime”, no Juizado Especial Criminal – JECrim.

Quais crimes contra a honra admitem a retratação como meio de isenção de pena?

Dispõe o art. 143 do Código Penal que o querelado (ofensor) pode, antes da sentença, retratar-se da calúnia ou da difamação, em razão do que fica isento de pena. Retratar-se não significa negar ou apenas confessar a prática da ofensa.

Qual o motivo de ser excluída a retratação quanto ao crime de injúria?

Oferecida a denúncia por injúria, a parte ofendida não pode mais voltar atrás, liberando o réu do processo penal. É que a chamada retratação só é válida diante dos crimes de calúnia e difamação, sendo totalmente afastada a hipótese para injúria, como dispõe o artigo 143 do Código Penal.

Como se livrar de um processo de injúria?

Na seara Penal, para fazer com que o autor do responda criminalmente, o procedimento pode ser feito de duas formas: Registrar um boletim de ocorrência em uma delegacia do lugar onde ocorreu o fato ou, em se tratando de crimes pela internet, em qualquer delegacia.

O que é uma retratação?

Trata-se de termo que significa voltar atrás no que disse, assumir o erro ao fazer uma imputação a alguém. Segundo o Código Penal, o querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou da difamação, fica isento de pena.

É possível a retratação da representação?

Somente é cabível a retratação antes de a denúncia ser oferecida, isto é, antes de ela ser protocolada na Justiça. Quem representou é que pode se retratar. Note que a retratação da representação somente pode acontecer até o oferecimento da denúncia. É até o oferecimento, e não até o recebimento da denúncia.

Em que fase do processo é admissível a retratação?

A retratação é admissível até ao oferecimento da denúncia ( CP , art. 102 ). A retratação, como ato jurídico, precisa manifestar-se sem vício.... A retratação da vítima é admissível até antes do recebimento da denúncia.

Como pedir uma retratação?

A audiência de retratação consta no Art. 16 da Lei Nº 11.340, a Lei Maria da Penha, e é quando a mulher, vítima de ameaça reconsidera a representação, ora feita contra o agressor, perante um juiz e a um membro do Ministério Público. Essa audiência deve ser feita antes do recebimento da denúncia ao Ministério Público.

Qual a ação penal no crime de difamação?

A ação penal, no casos de Calúnia, Difamação e Injúria na Internet, é privada ou pública condicionada à representação, e depende, por determinação legal, do registro de uma queixa-crime que deve ser formalizada perante uma autoridade policial.

Qual a natureza da ação penal nos crimes contra a honra de funcionário público em razão de suas funções?

Os crimes contra a honra de funcionário público, por fato relativo ao exercício de suas funções, se processam por ação penal de iniciativa pública (condicionada à representação do ofendido) ou privada, conforme opção do sujeito passivo (Súmula 714 do STF).

Como denunciar crimes contra a honra?

Segue, assim, um breve passo a passo de como proceder na hipótese de ser vitima de crime contra a honra praticado na internet.
  1. Registrar o fato imediatamente. ...
  2. Realizar uma ata notarial. ...
  3. Registrar a ocorrência: representação ou queixa-crime no prazo de seis meses. ...
  4. Pedido de retirada do conteúdo mediante ordem judicial.

O que é a exceção da verdade?

Meio de defesa que se faculta ao acusado por crime de calúnia ou de difamação de funcionário público, no exercício das funções, para provar o fato atribuído por ele à pessoa que se julga ofendida e o processou por isso.

Quem faz a exceção da verdade?

Em regra, quem julga a exceção da verdade é o próprio juiz competente para a ação penal privada. No entanto, se o excepto for uma autoridade que possua foro por prerrogativa de função, a competência para julgar a exceção será do Tribunal competente para julgar o excepto.

O que diz o artigo 139?

139. Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. Parágrafo único. A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções.

É possível denunciação caluniosa contra os mortos explique de forma fundamentada?

É possível que haja punição pela prática de calúnia contra os mortos, conforme o artigo 138, § 2º do Código Penal. ... Por atingir a honra objetiva, o crime consuma-se no momento que terceira pessoa toma conhecimento da falsa imputação.

Qual AIS os crimes contra a honra que somente admitem exceção da verdade se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções?

No caso do crime de injúria, admite-se a exceção da verdade somente se o ofendido for funcionário público e a ofensa for relativa ao exercício de suas funções.

É admitido perdão judicial em caso de difamação?

é admissível o perdão judicial no crime de difamação, se houver retorsão imediata. a injúria real consiste no emprego de elementos preconceituosos ou discriminatórios relativos à raça, cor, etnia, religião, origem e condição de idoso ou deficiente.

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