Quais as consequências jurídicas da desistência voluntária?

Perguntado por: Sofia Figueiredo Melo  |  Última atualização: 13. März 2022
Pontuação: 4.1/5 (27 avaliações)

Consequências Jurídicas
Assim para doutrina majoritária a Desistência Voluntária é causa de atipicidade da conduta, visto que a desistência do dolo inicial do agente é abandonado e a sua punição se dará em outro tipo penal.

Qual a consequência jurídica da desistência voluntária e arrependimento eficaz?

6 Consequência Jurídica

Segundo a doutrina, reconhecendo-se a desistência voluntária ou o arrependimento eficaz, o agente é agraciado com uma saída da conduta criminosa, sendo a ele estendida uma “ponte de ouro”, para que o agente não responda pela tentativa, uma vez que é louvável sua desistência.

Quais os efeitos da desistência voluntária?

Na desistência voluntária, o agente interrompe o processo de execução que iniciara; ele cessa a execução, porque a quis interromper (mesmo que haja sido por medo remorso ou decepção) e não porque tenha sido impedido por fator externo à sua vontade.

Qual a natureza jurídica do arrependimento e na desistência voluntária?

Natureza jurídica:

Parte da doutrina entende que tanto a desistência voluntária, como o arrependimento eficaz são causas de extinção da punibilidade não previstas no artigo 107 do Código Penal.

Qual a consequência jurídica da aplicação do arrependimento posterior?

A consequência jurídica da causa redutora de pena: o arrependimento posterior provocará, se reconhecido no processo crime, uma redução obrigatória da pena.

Desistência Voluntária e Arrependimento Eficaz - art. 15 do CP

38 questões relacionadas encontradas

Qual é a natureza jurídica do arrependimento posterior?

O arrependimento posterior vem previsto no art. 16 do CP , que assim dispõe: "Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços" .

O que é arrependimento posterior qual a sua natureza jurídica?

"O arrependimento posterior é figura nova no nosso ordenamento jurídico e vem tratado no art. 16 do Código Penal. Nele, o agente já consumou o delito, restando-lhe, agora, a reparação do dano ou a restituição da coisa, tudo isso, se possível, até o recebimento da denúncia ou queixa.

Qual é a natureza jurídica do arrependimento eficaz?

Arrependimento eficaz no direito brasileiro

Art. ... Quanto à natureza jurídica do arrependimento eficaz, há duas correntes preponderantes: a primeira defende que o ato de arrependimento eficaz é causa pessoal excludente de tipicidade; a outra entende ser causa pessoal de exclusão da punibilidade.

Qual é a natureza jurídica da tentativa?

​Excelência, a tentativa tem natureza jurídica de causa de diminuição de pena. A norma definidora da tentativa é uma norma de extensão ou de ampliação da conduta. Opera-se uma ampliação temporal da figura típica, pois com a utilização da regra prevista no art.

É correto afirmar que na desistência voluntária e no arrependimento eficaz o agente responde pela tentativa do crime justifique?

Tanto no arrependimento eficaz quanto na desistência voluntária o agente cessa a execução do delito, ou impede a sua consumação, porque não deseja mais a obtenção de seu resultado. Já na tentativa o agente deseja atingir o resultado do crime, que só não é alcançado por circunstâncias alheias à vontade do mesmo.

Qual a pena do arrependimento eficaz?

O efeito para o agente no caso do arrependimento posterior é a redução da pena de 1/3 a 2/3. Por fim, vale ressaltar que existem alguns crimes em que é possível a extinção da punibilidade quando da reparação do dano. Para citar um exemplo temos o crime de peculato culposo, previsto no artigo 312, §2º do Código Penal.

Quando acontece o arrependimento eficaz?

O Arrependimento eficaz ocorre quando agente se arrepende depois de encerrados todos os atos executórios, impedindo, assim, o resultado.

Quando o agente voluntariamente desiste de prosseguir?

Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados. Na desistência voluntária, o agente, embora tenha iniciado a execução, não a leva adiante, desistindo da realização típica.

Quais os requisitos da desistência voluntária e do arrependimento eficaz?

A desistência voluntária e o arrependimento eficaz estão previstos no artigo 15 do Código Penal. A primeira consiste no abandono voluntário da prática delitiva pelo agente. Cessa a fase executória da conduta e o resultado inicialmente desejado não ocorre em razão da desistência voluntária do agente.

Qual a diferença entre desistência voluntária e arrependimento eficaz de um exemplo de cada?

Eu teria como exemplo: uma pessoa dá um tiro na outra, guarda a arma e vai embora, isto é uma hipótese de desistência voluntária. Se a pessoa dá um veneno e depois dá um antídoto depois de envenenar, isto seria hipótese de arrependimento eficaz. Nos dois casos o agente responde apenas pelos atos que ele praticou.

Quais as principais diferenças que existem entre desistência voluntária e o crime tentado?

Ou seja, na tentativa, o sujeito quer realizar o crime, mas não pode. Na desistência voluntária, prevista na primeira parte do artigo 15 do Código Penal, o agente até começa a execução, mas por sua própria vontade, desiste e não consuma o crime.

Quais são os elementos da tentativa?

A estrutura da tentativa é composta de três elementos: (I) início da execução do crime; (II) ausência da consumação por circunstâncias alheias a vontade do agente; e (III) dolo de consumação. A norma que define a tentativa é de extensão ou de ampliação da conduta.

O que configura crime tentado?

O relator, ministro Ribeiro Dantas, destacou que, segundo o artigo 14, II, do Código Penal, o crime é considerado tentado quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.

Qual é o conceito de crime tentado?

O crime tentado ocorre quando o agente inicia a execução do delito mas este não se consuma por circunstâncias alheias à sua vontade. De acordo com o parágrafo único do art.

O que significa arrependimento eficaz no direito?

O arrependimento eficaz ocorre quando, esgotados os meios de execução, o agente atua positivamente no sentido de impedir a consumação do crime (art. 15 do CP). Neste caso, o autor da conduta não será punido pela tentativa.

O que é o artigo 129 do Código Penal?

129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano.

O que é o arrependimento posterior?

O artigo 16 do Código Penal descreve o arrependimento posterior como uma das causas de redução de pena, que pode incidir no caso de o acusado de crime cometido sem violência se arrepender e decidir reparar o dano ou devolver o objeto.

Quais os elementos do arrependimento posterior?

São requisitos do arrependimento posterior:
  • a) Delito cometido sem violência ou grave ameaça à pessoa. ...
  • b) Reparação total do dano ou restituição integral da coisa.
  • c) Até o recebimento da denúncia ou da queixa. ...
  • d) Ato voluntário do agente. ...
  • EMENTA.

Qual a diferença de arrependimento eficaz e arrependimento posterior?

Na desistência voluntária, o agente abandona a execução do crime quando ainda lhe sobra, do ponto de vista objetivo, uma margem de ação. No arrependimento eficaz, não há margem alguma, porque o processo de execução está encerrado, e o agente atua então para evitar que sobrevenha o resultado.” (PACELLI, Eugênio.

Qual a principal consequência do arrependimento posterior Nos crimes patrimoniais?

O arrependimento posterior incide exclusivamente nos crimes contra o patrimônio e impõe a restituição espontânea e integral da coisa até o recebimento da denúncia ou da queixa.

Artigo anterior
Quanto se gasta em média por mês com um gato?
Artigo seguinte
Qual é a diferença entre soro e plasma?