Por que a morte é um tema para filosofia?

Perguntado por: Luísa Amaral Cruz  |  Última atualização: 11. Januar 2025
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Platão. Para Sócrates, a morte é algo essencial, porque é ela que permite que a alma se dissocie da matéria e alcance o verdadeiro conhecimento, estando livre em sua forma mais pura. A mesma ideia foi amplamente desenvolvida e divulgada por Platão.

O que é a morte para a filosofia?

O primeiro modo filosófico de considerar a morte é através da nadificação, ou seja, a morte é pensada como: “... uma porta aberta ao nada de realidade humana, sendo esse nada, além disso, a cessação absoluta de ser ou a existência em uma forma não humana.” (SARTRE.

O que explica o fato de a morte ser um tema filosófico tão recorrente?

Do ponto de vista filosófico, a morte pode ser entendida como a cessação da vida, ou seja, o momento em que o corpo deixa de funcionar e a pessoa deixa de existir no mundo físico. Mas a morte não é apenas um evento biológico. Ela também tem implicações profundas em nossa existência e em nossa compreensão do mundo.

Qual a visão de Platão sobre a morte?

A morte portanto é vista como purificação e futuro encontro com os Deuses. Platão assume tal elemento escatológico, ao inserir no Fédon, um Sócrates diante da morte que não a teme por acreditar que ao morrer, sua alma encontrar-se-á com os Deuses no Hades.

Por que Sócrates não temia a morte?

Para Sócrates, a alma é superior ao corpo e encontra-se nele como se encontra numa prisão. Assim, a morte liberta a alma desta prisão e lhe encaminha para uma vida melhor. Por isso, devemos cuidar mais da alma e não temer a morte.

Filosofia e morte

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O que significa a morte para Sócrates?

A morte é fundamental para Sócrates, porque permite que a alma se distancie novamente da matéria orgânica e, na esfera essencial, alcance o verdadeiro conhecimento; só então o ser será livre para atingir o saber em sua forma mais pura.

O que é a morte para Epicuro?

Fiel a este materialismo, Epicuro elabora suas reflexões quanto à morte. Acredita que somos um corpo formado por átomos e que, portanto, quando estes átomos chegam ao fim, morremos. Vivemos o tempo necessário de nossa existência. Para Epicuro não devemos temer a morte, porque ela nada significa a nós.

O que é a morte para o existencialismo?

Para o existencialismo sartriano, a morte é uma facticidade, que vem de fora e nos transforma. Fato é que não podemos escolher a morte, ou como essa chegará até nós. Pois assim, como o nascimento, a morte também é uma facticidade. O significado da morte será sempre dado pelo outro.

Como o filósofo qualifica o medo da morte?

O medo da morte não fazia sentido, dizia. Não se pode imaginar como seria estar morto, porque a morte é uma ausência de existência. Não há, literalmente, nada para imaginar – porque o nada em si não pode ser imaginado.

O que se entende por morte?

Os dicionários definem a morte como a cessação definitiva da vida, especialmente a humana, fim da existência de qualquer ser ou ente da natureza. Mera e inevitável interrupção do ciclo vital. Os dois enfoques básicos sobre a morte repousam sobre a ciência e sobre a religião.

Por que o ser humano tem que morrer?

A principal causa de morte humana nos países em desenvolvimento são as doenças infecciosas. As principais causas em países desenvolvidos são aterosclerose (doenças cardíacas e derrames), câncer e outras doenças relacionadas à obesidade e ao envelhecimento.

Porque Sócrates aceitou a pena de morte?

No ano de 399 a.C., o famoso filósofo ateniense Sócrates foi condenado à morte. Ou tomava cicuta ou teria que se exilar de Atenas, o ostracismo, como se dizia, e se tornaria um estrangeiro sem direitos vagando de cidade em cidade. O réu optou pela morte, que na sua opinião era mais honrosa.

Quem disse que a filosofia está morta?

Um dos maiores cientistas contemporâneos, o físico Stephen Hawking, declarou que a filosofia está morta.

O que é a morte para a ciência?

Já a morte tem sido definida ao longo dos tempos como a “cessação irreversível” dos processos vitais, comumente apoiados pelo coração, pulmões e cérebro. Historicamente, a parada cardíaca era considerada o ponto sem retorno, no quak a morte era tratada como irreversível.

O que era a morte para Sartre?

Para Sartre, morte é um acontecimento da vida humana, acontecimento sem sentido. Aliás, um acontecimento de negação o nadificar, o nada absurdo e absoluto, sem Deus, sem julgamento, sem recompensas e punições eternas. Assim como o nascer, o morrer é um fato.

Como o existencialismo interfere na vida das pessoas?

O existencialismo, desta forma, coloca no homem a total responsabilidade por aquilo que ele é. Se o homem primeiro existe e depois se faz por suas ações, ele é um projeto - é aquele que se lança no futuro, nas suas possibilidades de realização.

Como a razão estóica explica a morte?

Os estoicos veem a morte como uma parte natural da vida. Eles acreditam que a morte não é o fim da existência, mas sim uma transição para outro estado. Para os estoicos, a morte não é algo a temer, mas sim algo a ser aceito com serenidade.

Por que não devemos temer a morte?

Por que Epicuro disse que não devemos temer a morte? Porque segundo Epicuro a morte não é nada para nós. Pois enquanto vivemos, ela não existe, e quando chega, não existimos mais.

Como Schopenhauer acreditava ser a morte?

Para Schopenhauer então, morrer de fato é chegar ao estado de Nirvana, que seria uma morte efetiva e não aparente; O Nirvana é um estado da mente de “supremo apaziguamento”, onde serão cessados os desejos e sofrimentos libertando-se das transmigrações da alma.

Como foi a morte de Aristóteles?

Logo, o sentimento anti-macedônio se tornou tão grande que Aristóteles foi acusado de impiedade. De modo a escapar da acusação e de não ter o mesmo destino que Sócrates, decidiu fugir para Cálcis na ilha de Eubeia, onde, no seu primeiro ano de estadia, faleceu devido a complicações abdominais.

O que acontece depois da morte segundo a filosofia?

Que, para os filósofos não-niilistas, a morte somente é capaz de aplacar o nosso corpo físico, mas a alma (ou ainda a essência de cada ser humano) permanece, mesmo após a morte. Essa é a filosofia defendida por pensadores importantes como Sócrates e Platão, por exemplo.

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