Pode um mesmo juiz julgar a ação penal e a cível sobre o mesmo fato?

Perguntado por: Fábio Santos  |  Última atualização: 28. April 2022
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Juiz pode julgar casos cíveis e penais de mesmo tema
Juiz de primeira instância não pode ser impedido de julgar ação penal sobre os mesmos fatos e pessoa citados em Ação Civil Pública já analisada por ele.

Pode ser julgado duas vezes pelo mesmo fato?

Um dos princípios fundamentais do direito penal nacional e internacional é o princípio da vedação a dupla incriminação ou princípio no bis in idem. Tal princípio proíbe que uma pessoa seja processada, julgada e condenada mais de uma vez pela mesma conduta.

É possível ajuizar novamente ação judicial pelos mesmos fatos?

A litispendência não ocorre apenas no Processo Civil. No Processo Penal, se houver denúncia ou queixa sobre o fato que já está sendo apurado em uma ação, basta a simples arguição de litispendência. Isso porque não se concebe duplicidade de processo contra o mesmo réu pelo mesmo fato.

Qual a influência da sentença criminal sobre o juízo cível?

O art. 63 do Código de Processo Penal Brasileiro prescreve: “Transitada em julgado a sentença condenatória, poderão promover-lhe a execução, no juízo cível, para o efeito da reparação do dano, o ofendido, seu representante legal ou seus herdeiros”.

Faz coisa julgada no cível a sentença penal?

“Faz coisa julgada no cível a sentença penal que reconhece ter sido o ato praticado em legítima defesa, estado de necessidade, excludente de crime, exercício regular de direito ou estrito cumprimento de dever legal.

Juizado Especial Cível - Juiz, Conciliadores e Juízes Leigos (Art 5º ao 7º)

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Faz coisa julgada em âmbito cível?

Faz coisa julgada no cível a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. Art.

Faz coisa julgada penal?

Coisa julgada significa a decisão formulada por uma sentença definitiva, que já não pende de recurso de apelação; e coisa soberanamente julgada se diz aquela que não só não pende mais do recurso de apelação, porém, nem ainda da revista ou ação rescisória ou de nulidade, por não ser no caso dela admitida pela lei[1].

Qual a influência que essa decisão no juízo criminal possa ter com relação à responsabilidade civil?

A sentença no juízo civil em regra não terá influência no juízo criminal, porém não se pode afirmar que uma sentença no juízo cível seja ela absolutória ou condenatória fará coisa julgada no juízo criminal, pois, existem algumas situações em que a sentença cível influenciará no juízo criminal como nos casos de crime de ...

Como se dá a relação entre a responsabilização civil e a criminal?

A responsabilidade civil acontece quando o dano recai sobre a vida privada das pessoas, causando-lhes prejuízos de ordem econômica, que geram o dever de indenizar caso comprovada a culpa do agente. Já a responsabilidade criminal diz respeito a um dano de ordem pública, isto é, do individuo para com a sociedade.

Qual o efeito da sentença penal condenatória no juízo cível competente para julgar responsabilidade civil?

A sentença penal condenatória transitada em julgado funciona como um título executivo judicial no juízo cível, dispensando a proposição de ação civil de conhecimento. Nesse caso, no âmbito civil, não se discute mais o que se deve (an debeatur) e sim o quanto é devido (quantum debeatur).

Quantas vezes uma ação pode ser ajuizada?

2. Ter entrado na Justiça três vezes com a mesma causa. O parágrafo 3º do artigo 486 do Novo CPC define que apenas ocorre perempção quando a parte autora da demanda entra pela terceira vez na Justiça sobre o mesmo pedido e contra o mesmo réu.

Quando posso entrar novamente com a mesma ação?

A sentença que aprecia o mérito faz coisa julgada, ou seja, a mesma ação não poderá ser proposta novamente, como ocorre com a sentença terminativa, pois o juiz conhece e decide sobre o direito que motiva a ação. O artigo 487 do CPC traz um rol das hipóteses em que a decisão judicial irá resolver o mérito da ação.

O que é a relativização da coisa julgada?

A relativização da coisa julgada deve ser entendida como medida excepcional, limitada às situações em que os bens jurídicos envolvidos sobreponham-se à exigência de estabilização das relações jurídicas, sob pena de serem desfigurados os alicerces que orientam a Ciência Jurídica.

O que é julgamento duplo?

Em caso de duplo julgamento, prevalece sentença que transitou em julgado primeiro. Na hipótese de haver duas sentenças definitivas em ações penais distintas pelo mesmo fato, prevalece aquela que transitou em julgado primeiro.

Pode ser julgado pelo mesmo crime?

Um réu não pode ser julgado e processado duas vezes pelo mesmo crime, exceto se a análise de seu caso for feita por jurisdições de dois países diferentes e o crime afetar as duas nações.

Pode ocorrer bis in idem?

O bis in idem é um fenômeno do direito que consiste na repetição (bis) de uma sanção sobre o mesmo fato (in idem). Ele pode ocorrer em diversas áreas do direito brasileiro, como no ramo do Direito Tributário, quando o mesmo ente tributante cobra um tributo do mesmo contribuinte sobre o mesmo fato gerador várias vezes.

Qual é a diferença entre responsabilidade civil e criminal?

A responsabilidade penal distingue ainda da responsabilidade civil, pois esta é pessoal, intransferível, ou seja, o réu responde com a privação da sua liberdade. Enquanto a responsabilidade civil é patrimonial de modo que, se a pessoa não possuir bens, a vítima permanecerá sem ser ressarcida.

Qual a diferença entre responsabilidade civil e a responsabilidade penal?

A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade.

Qual a diferença entre o processo civil e o processo criminal?

Resumo: O processo penal e o processo civil são divisões do mesmo ramo do ordenamento jurídico – o Direito Processual. A diferença refere-se basicamente à matéria tratada em cada um. Porém, enquanto o processo civil é constantemente modernizado, o processo penal continua atrelado a diversos anacronismos.

Em quais hipóteses a decisão do juízo criminal não fará coisa julgada na esfera cível?

Não faz coisa julgada no cível a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. O despacho de arquivamento do inquérito ou das peças de informação impede a propositura da ação civil.

É correto afirmar quanto aos efeitos da decisão criminal na esfera civil?

4a Questão (Ref.: 201503118190) Pontos: 0,1 / 0,1 É correto afirmar quanto aos efeitos da decisão criminal na esfera civil: A sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em legitima defesa não faz coisa julgada na esfera civil.

Quanto a relação existente entre a responsabilidade civil e penal explique o que dispõe o art 935 do CC em consonância com os artigos 91 I do CP e 63 e 65 do CPP?

Conforme artigo 935 do Código Civil, a responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal.

Faz coisa julgada?

O conceito de coisa julgada está previsto no artigo 502 do Código de Processo Civil, que a descreve como sendo uma autoridade que impede a modificação ou discussão de decisão de mérito da qual não cabe mais recursos.

Quando ocorre o trânsito em julgado para acusação?

1. Nos termos do art. 112 , I , do Código Penal , o termo inicial do prazo da prescrição da pretensão executória é a data do trânsito em julgado para a acusação, e não para ambas as partes, prevalecendo a interpretação literal mais benéfica ao condenado. Precedentes.

Qual o prazo do trânsito em julgado da sentença penal?

O trânsito em julgado ocorre automaticamente quando, intimados os advogados das partes, passam-se 15 dias sem a interposição de recurso ordinário próprio. A data em que se inicia a contagem do prazo é a da intimação do último advogado da parte.

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