O que vem a ser Etnocentrismos?

Perguntado por: Sara Leticia Soares de Freitas  |  Última atualização: 13. März 2022
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O etnocentrismo é a visão preconceituosa e unilateralmente formada sobre outros povos, culturas, religiões e etnias.

Que vem a ser etnocentrismo?

Etnocentrismo é um conceito da Antropologia definido como a visão demonstrada por alguém que considera o seu grupo étnico ou cultura o centro de tudo, portanto, num plano mais importante que as outras culturas e sociedades.

O que é etnocentrismo é um exemplo?

Um exemplo marcante de etnocentrismo ocorreu no governo nazista de Hitler, na Alemanha, que julgou existir uma superioridade da suposta raça ariana branca em relação às demais, o que justificava a apreensão, a expulsão e até a morte de povos de outras origens, em especial os judeus.

Qual a diferença entre o racismo e o etnocentrismo?

Se o etnocentrismo é um comportamento muito generalizado – e até mesmo tido como normal – de se reagir à diferença, privilegiando o seu próprio modo de vida em relação aos outros possíveis, o racismo, ao contrário, é uma forma de se usarem as diferenças como um modo de dominação.

Como surgiu o termo etnocentrismo?

A ideia do etnocentrismo surge a partir do século XVI, em função do encontro entre os europeus e as sociedades das Américas, da África e da Ásia. Esses encontros geraram relatos de viagens, narrativas descritivas, investigações e todo tipo de documentos históricos sobre as populações nativas.

O que é ETNOCENTRISMO?

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Como o etnocentrismo pode influenciar a visão de mundo das pessoas?

Visão de mundo baseada em uma única perspectiva

O etnocentrismo sempre tem como base a etnia própria, ou seja, a cultura do observador é sempre o ponto de partida referencial. Através de seus costumes e hábitos ele infere sobre os modos de viver de outras civilizações.

Como podemos perceber o etnocentrismo em nosso dia a dia?

O etnocentrismo também está relacionado a outras formas de preconceito que, infelizmente, ainda estão enraizadas em nossa cultura. Podemos achar relações estreitas do etnocentrismo com o racismo, a xenofobia e a intolerância religiosa.

É possível falar de etnocentrismo ainda nos dias de hoje?

O conceito de Etnocentrismo é simples, e pode ser aplicado nos dias de hoje, por exemplo: Quando julgamos um comportamento, hábito, costume, valores utilizando o nosso como padrão, estamos agindo de forma etnocêntrica. Sendo essa atitude até hoje comum ao ser humano.

Qual relação entre o etnocentrismo e a cultura?

Etnocentrismo significa considerar os valores da sua cultura superior a dos demais. O prefixo “etno” vem do grego e se refere à cultura. Etnocentrismo é considerar o seu “etno” como o centro do mundo. Ou seja, etnocentrismo é julgar as outras culturas a partir dos seus próprios valores.

Qual a diferença entre cultura e etnocentrismo?

Etnocentrismo é a concepção de membros de uma cultura ou grupo social como sendo o centro, o normal, e superior as demais. Já o relativismo cultural é baseado na ideia do outro (alteridade) como sendo relativa, não há um modelo cultural de referência.

Por que o relativismo cultural e o contrário do etnocentrismo?

O conceito de relativismo cultural pode ser considerado o exato oposto do etnocentrismo. ... Por outro lado, o relativismo vai usar o choque cultural para problematizar a questão de certo e errado, tentando entender a diversidade e como ela é manifestada por diferentes sistemas simbólicos e práticas de outras sociedades.

O que se entende por cultura?

A cultura é parte do que somos, nela está o que regula nossa convivência e nossa comunicação em sociedade. Ao tratar do conceito de cultura, a sociologia se ocupa em entender os aspectos aprendidos que o ser humano, em contato social, adquire ao longo de sua convivência.

Quais são as consequências do etnocentrismo para a convivência social exemplifique?

Obviamente, o etnocentrismo tem consequências desastrosas que afetam em todos os níveis os direitos humanos, como a xenofobia, a homofobia, o racismo, a discriminação, a segregação, o desrespeito, a “morte à diferença”, o chauvinismo, entre outros.

O que podemos pensar sobre os hábitos de nossa cultura?

A cultura brasileira, assim como a formação étnica do povo brasileiro, é vasta e diversa. Nossos hábitos culturais receberam elementos e influências de povos indígenas, africanos, portugueses, espanhóis, italianos e japoneses, entre outros, devido à colonização, à imigração e aos povos que já habitavam aqui.

Como podemos identificar a diversidade cultural presente no mundo?

Como o planeta tem muitos povos com seus costumes e tradições, podemos dizer que convivemos rotineiramente com a diversidade cultural. Existem muitos elementos que fazem parte da representação de um povo, como: religião, idioma, costumes, folclore, manifestações culturais, entre outros.

Quando começou o relativismo?

Desde a Antiguidade, com o filósofo Protágoras de Abdera, havia uma escola filosófica que defendia essa visão. No final do século XIX, a fim de rechaçar o etnocentrismo e o positivismo, a ideia de relativismo cultural ganhou força, através das obras de Franz Boas (1858-1942).

Qual a relação entre xenofobia e etnocentrismo?

A relação entre etnocentrismo e xenofobia

A xenofobia nada mais é do que uma verdadeira aversão ao estrangeiro, ao que vem de fora. Tendo uma visão de mundo etnocêntrica, o indivíduo tende a entender o estrangeiro como inferior no tocante à religião, hábitos, costumes, valores, entre outros.

O que podemos entender como etnocentrismo e eurocentrismo?

Enquanto o termo eurocentrismo é utilizado somente em relação a Europa e sua posição de centralidade e importância ante as outras histórias e culturas, o etnocentrismo designa um tipo de preconceito donde a cultura em que o indivíduo pertence é considerada correta, enquanto as demais são consideradas absurdas.

Porque o relativismo cultural é importante para a sociedade?

O relativismo cultural é importante para que as culturas não sejam estratificadas em camadas hierárquicas, como se existisse “cultura pior” e “cultura melhor”. O relativismo cultural é importante na prática do “olhar o outro” sem, contudo, olhar a partir de “onde estamos”.

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