O que ocorre em um processo em que o investigado se recusa em realizar o teste de DNA?

Perguntado por: Leonor Faria de Ribeiro  |  Última atualização: 20. April 2022
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A lei determina que a simples recusa do réu em se submeter ao exame de código genético (DNA) gerará a presunção da paternidade, a ser apreciada em conjunto com o contexto probatório.

Qual o efeito da recusa para a realização do exame de DNA?

De acordo com a Súmula 301 do STJ, "em ação investigatória, a recusa do suposto pai a submeter-se ao exame de DNA induz presunção juris tantum de paternidade".

Pode obrigar a fazer exame de DNA?

Nossa legislação não obriga ninguém a fazer exame de DNA, sob o princípio de que ninguém pode ser forçado a produzir provas contra si mesmo.

Quando o homem se nega a fazer o exame de DNA?

Se durante uma investigação de paternidade, o homem alvo da ação, ou seus parentes, se recusam a fazer o teste de DNA, a Justiça poderá presumir a paternidade. Esse é o entendimento da 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça ao julgar uma ação a respeito da convocação de parentes para investigação de paternidade.

Sou mãe posso me negar a fazer DNA?

Mãe não pode recusar exame de DNA pedido pelo suposto pai da criança.

EXAME DE DNA OBRIGATÓRIO NA INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE. #DIREITO

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Sou obrigada a fazer teste de DNA na minha filha?

A resposta para esta pergunta é absolutamente não. A legislação brasileira em lugar algum condena ou obriga uma pessoa a fazer exame de DNA. Isto é baseado em um princípio bastante conhecido de que nenhuma pessoa tem por obrigação a produzir as provas contra si própria.

O que é presunção juris tantum de paternidade?

PRESUNÇÃO JURIS TANTUM DE PATERNIDADE. A recusa imotivada do investigado em submeter-se ao exame de DNA gera presunção juris tantum de paternidade. Caracterizado o desinteresse do investigado em produzir prova essencial ao deslinde da ação, não havendo prova em sentido contrário, imperioso reconhecer a paternidade.

É possível ou não a condução coercitiva do pai ao exame de DNA?

NÃO. Não é possível a condução coercitiva do investigado (ou de seus sucessores) para a coleta do material genético necessário ao exame de DNA, por se tratar de medida sub-rogatória que viola a liberdade de locomoção do suposto genitor.

O que é presunção de paternidade?

1.601). Firma o Código a presunção de que é pai aquele que o casamento demonstra; assim, presume a lei que o filho de mulher casada foi gerado por seu marido. Pai, até prova em contrário por ele próprio, produzida, é o marido. Os filhos havidos fora dos períodos legais não são atingidos pela presunção firmada pelo art.

Como pedir na Justiça exame de DNA gratuito?

O serviço é gratuito às pessoas de baixa renda, mediante assinatura de declaração de hipossuficiência. Para fazer a inscrição é necessário que todos os envolvidos - filho, mãe e suposto pai - estejam de acordo com a realização do exame e se comprometam a comparecer juntos na data designada para a coleta.

Quando o pai tem dúvida da paternidade?

A investigação de paternidade é uma ação judicial que ocorre quando o investigado se recusa a contribuir para a elucidação dos fatos extrajudicialmente ou se nega a submeter-se ao teste de DNA ou, ainda, quando, realizado o teste com resultado positivo, se recusa ao reconhecimento da criança.

Como comprovar paternidade sem DNA?

É possível a Justiça reconhecer a paternidade sem realização de exame de DNA. A decisão da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) não acolheu o pedido de um pai que buscava ver nula ação de investigação de paternidade.

Quem paga o exame de DNA na ação de investigação de paternidade?

É válido ressaltar que, apesar do DNA poder ser pago pelo poder público, o tempo de espera é longo. Por isso, é ideal considerar os meios particulares para o exame. Quem paga é o autor do processo. Mas, caso a paternidade seja comprovada, o réu deve ressarci-lo.

Como um pai pode pedir exame de DNA?

Ao buscar o reconhecimento da paternidade, o cidadão pode solicitar que o teste de DNA seja feito com material coletado de parentes do suposto pai. A ação pode ser aplicada em casos como falecimento do suposto genitor ou quando não há notícia de seu paradeiro. É o que determina lei publicada em abril deste ano.

É possível fazer o teste de DNA entre dois irmãos?

Este tipo de exame é realizado apenas entre indivíduos do sexo MASCULINO. Exemplo: Entre Irmãos, entre Neto e Avô, entre Tio e Sobrinho. Importante: O Teste DNA - Parentesco Cromossomo Y têm por finalidade analisar se dois indivíduos são descendentes de um mesmo antepassado paterno.

O que acontece quando o pai não comparece no exame de DNA?

Nos termos da Súmula 301 do STJ, a recusa do suposto pai a submeter-se ao exame de DNA induz presunção juris tantum de paternidade. A fixação dos alimentos deve ser mantida quando equilibrar as necessidades do alimentando com as possibilidades do alimentante.

O que é presunção juris et de jure e juris tantum?

A presunção iures tantum é relativa e, desta forma, admite prova em contrário, acolhe impugnação. De outro norte, a presunção jure et de jure é absoluta, ou seja, não admite prova contrária, é incontestável pelo prejudicado da presunção.

O que significa a expressão juris et de jure?

De direito e por direito; estabelecido por lei como verdade. 2. Diz-se da presunção legal tida como expressão da verdade, que não admite prova em contrário.

Quando a mãe se recusa a submeter seu filho ao teste de DNA não pode ocorrer presunção da paternidade?

A Lei nº 12.004/2009 alterou a Lei nº 8.560/1992, regulamentando a investigação de paternidade. A lei determina que a simples recusa do réu em se submeter ao exame de código genético (DNA) gerará a presunção da paternidade, a ser apreciada em conjunto com o contexto probatório.

É crime mentir paternidade?

Dúvidas sobre a paternidade

Bom, logo de início, já respondemos: mentir sobre a paternidade não é crime, entretanto, a conduta gera efeitos na esfera cível. Ou seja, mentir ou omitir informações sobre a paternidade pode gerar condenação de reparação civil, com o pagamento de indenização ao sujeito enganado.

É crime fazer DNA escondido?

- A realização de exame de DNA pelo pai sem autorização da mãe que exclua a paternidade não constitui, por si, ato ilícito e ofensivo ao patrimônio imaterial da mãe e do próprio menor, sendo desse último o direito de ter reconhecido o verdadeiro pai.

Como fazer um exame de DNA em sigilo?

O kit de paternidade anônima é fácil de utilizar e a coleta é realizada por você mesmo, através de amostras de mucosa bucal do filho e do suposto pai. Depois basta enviá-las ao laboratório, de forma anônima, para a realização da análise de DNA.

O que fazer quando o pai não quer saber do filho?

Se a mãe tomar as providências corretas o pai que não quer assumir o filho poderá ter a paternidade presumida na justiça. Essa presunção relativa de paternidade está prevista na Súmula 301 do Superior Tribunal de Justiça, bem como no art. 2°-A, parágrafo único da Lei 8.560/92 e nos arts. 231 e 232 do Código Civil.

O que fazer se o pai não quer registrar o filho?

E se o pai não quiser assinar a declaração? A mãe poderá procurar o cartório, o Ministério Público ou a Defensoria Pública para enviar intimação ao suposto pai para que se manifeste sobre as alegações. Caso o pai não concorde, a mãe poderá ingressar com Ação de Investigação de Paternidade.

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