O que é a Justiça Restaurativa no Brasil?

Perguntado por: Micael António Alves Batista Freitas  |  Última atualização: 28. Januar 2025
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A Justiça Restaurativa pode ser compreendida como a busca da solução de conflitos por meio do diálogo e da negociação, com a participação ativa da vítima e do seu ofensor.

O que se entende por Justiça Restaurativa?

Este é um resumo do que vem a ser a Justiça Restaurativa, uma abordagem que trata o ofensor como alguém que precisa assumir a responsabilidade pelo que fez e reparar os danos que causou, e a vítima como uma pessoa que precisa ser acolhida e reparada pelo que sofreu.

Quais são os três princípios básicos da Justiça Restaurativa?

Em síntese, como vimos, a Resolução 2002/12 da ONU define três princípios fundamentais: o programa restaurativo, o processo restaurativo e o resultado restaurativo.

Qual é o principal enfoque da Justiça Restaurativa?

Qual o principal enfoque da Justiça Restaurativa? O principal enfoque é o da capacidade das pessoas se transformarem mediante a potencialização das suas reais condições, seja de vítima, seja de ofensor, seja de cidadão, seja de membro de uma instituição.

Qual é o método utilizado na Justiça Restaurativa?

A Justiça Restaurativa se orienta pela escuta de ofensores e vítimas com objetivo de contribuir para a responsabilização e reconstrução do tecido social afetado pelo conflito. O conjunto de práticas está regulamentado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na política nacional prevista na Resolução n.

O que é a Justiça Restaurativa?

28 questões relacionadas encontradas

Em que casos se aplica a Justiça Restaurativa?

A justiça restaurativa traz o indivíduo à sua essência, seu eu verdadeiro, que é bom — argumentou a promotora. Justiça restaurativa: É aplicada em infrações de menor e maior potencial ofensivo. Consiste em reuniões mediadas por um facilitador entre vítima, ofensor e comunidade.

Quem trouxe a Justiça Restaurativa para o Brasil?

A parceria entre o governo brasileiro e a Organização das Nações Unidas (ONU) contribuiu para a implantação e implementação dos primeiros programas oficiais de justiça restaurativa, especificamente em Brasília (DF), Porto Alegre (RS) e São Caetano do Sul (SP), os quais hoje são as principais referências históricas para ...

Quais são os pilares da Justiça Restaurativa?

A justiça restaurativa é radicada em princípios e valores e se sustenta em três pilares ou conceitos centrais: dano, obrigações e engajamento.

Em que situações a Justiça Restaurativa já está sendo adotada no Brasil?

No Distrito Federal, o Programa Justiça Restaurativa é utilizado em crimes de pequeno e médio potencial ofensivo, além dos casos de violência doméstica. Na Bahia e no Maranhão, o método tem solucionado os crimes de pequeno potencial ofensivo, sem a necessidade de prosseguir com processos judiciais.

Quem faz a Justiça Restaurativa?

De acordo com a norma, “incumbe ao Ministério Público implementar projetos e mecanismos de resolução extrajudicial de conflitos, por meio de negociação, mediação e conferências reparadoras dos traumas derivados dos eventos criminosos ou de atos infracionais, observando-se as diretrizes traçadas nas Resoluções CNMP nº ...

Qual a diferença entre mediação e Justiça Restaurativa?

51), cada um dos conceitos é mais amplo e mais restrito do que o outro, simultaneamente. Assim, segundo este autor, por um lado a justiça restaurativa é mais restrita do que a mediação porque se aplica somente à esfera criminal, enquanto a mediação é utilizada em conflitos criminais e de outras esferas.

Quais as críticas que a Justiça Restaurativa sofre?

Crítica: a justiça restaurativa trivializa o crime

Os críticos inclinam-se a ver os processos de justiça restaurativa como uma descriminalização da violência doméstica masculina e como um retorno ao estado de problema “privado” ou particular.

Como surgiu a Justiça Restaurativa no Brasil?

A Justiça Restaurativa teve início, no Brasil, oficialmente, no ano de 2005, com três proje- tos-piloto implantados no Estado de São Paulo, no Estado do Rio Grande do Sul e no Distrito Federal, a partir de uma parceria entre os Poderes Judiciários dessas localidades e a então Sec- retaria da Reforma do Judiciário do ...

O que não é Justiça Restaurativa?

A justiça restaurativa não é justiça comunitária

A justiça restaurativa requer uma base comunitária forte, e por sua vez ajuda a construir um senso de comunidade, mas não é uma forma de lidar com a responsabilidade da corte com a comunidade.

Quando surge a Justiça Restaurativa?

As práticas restaurativas surgiram na Nova Zelândia, inspiradas nos mecanismos de solução de litígios dos aborígines maoris, e se manifestaram com força nos anos 1970, com as primeiras experiências contemporâneas com mediação entre infrator e vítima.

Quais são as práticas restaurativas?

Podemos considerar, portanto, como fatores fundamentais das Práticas Restaurativas: esperança, compromisso, transparência, credibilidade, respeito, voluntariedade, participação, empoderamento, confidencialidade, honestidade, humildade, solidariedade, humanismo, sentimento comunitário, equilíbrio, interconexão, ...

É possível fazer um processo restaurativo sem a vítima?

A ambientação de um encontro restaurativo, seja com ou sem a participação da vítima, sempre proporcionará melhores condições para uma livre pactuação de compromissos do que uma tratativa, por mais cuidadosa que seja, estabelecida diretamente entre o adolescente e os operadores do sistema de justiça (promotor, defensor, ...

Quais são os valores da Justiça Restaurativa?

VALORES QUE ORIENTAM A PRÁTICA DE JUSTIÇA RESTAURATIVA

Reparação: Foco em reconhecer e reparar danos físicos, emocionais e financeiros causados pelo crime e atender às necessidades das pessoas afetadas. Respeito: Tratar todos os participantes com dignidade, compaixão e igual consideração.

Qual a legislação que prioriza a prática que seja restaurativa?

As técnicas têm previsão na Lei n. 12.594/2012, que criou o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), como ações prioritárias nesses casos.

Quais os benefícios da Justiça Restaurativa?

O objetivo de todas as práticas restaurativas é a satisfação de todos os envolvidos. Busca-se responsabilizar ativamente todos os que contribuíram para a ocorrência do evento danoso, alcançar um equilíbrio de poder entre vítima e ofensor, revertendo o desvalor que o crime provoca.

Como desenvolve a Justiça Restaurativa?

Como já mencionado, a Justiça Restaurativa é desenvolvida por metodologias diferentes, uma das mais utilizada no Brasil é a metodologia proposta pela assistente social norte-americana Kay Pranis, os “círculos restaurativos” – Os círculos restaurativos são conduzidos por um facilitador com formação em Justiça ...

O que a Justiça Restaurativa tem haver com a educação?

A justiça restaurativa na escola possibilita a formação de sujeitos autônomos, capazes de assumir a responsabilidade por seus atos.

Onde Trabalhar com Justiça Restaurativa?

Docentes e servidores da Universidade, graduados e graduandos em Direito, Ciências Sociais, Psicologia, Serviço Social, Pedagogia Relações Internacionais, Jornalismo e áreas correlatas, gestores de instituições públicas e privadas e lideranças comunitárias.

Qual a importância da Justiça Restaurativa?

Em um sentido mais técnico na área judicial, a Justiça Restaurativa reduz a reincidência criminal. As vítimas de crimes ficam muito mais satisfeitas do que aquelas que passam pelo procedimento normal da justiça criminal, pois elas sentem que o processo foi justo.

Qual o papel do facilitador na Justiça Restaurativa?

O Facilitador não controla as questões levantadas pelo grupo nem tenta direcionar o grupo para um determinado resultado. Sua função é iniciar um espaço que seja respeitoso e seguro para envolver os participantes no compartilhamento da responsabilidade pelo espaço e por seu trabalho coletivo.

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