O que diz a lei sobre internação involuntária?

Perguntado por: Vasco Pinho  |  Última atualização: 1. Juni 2024
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A Lei 10.216/2001 estabelece normas sobre os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e regula os tipos de internações psiquiátricas. De acordo com o artigo 6º da Lei, a internação só pode ser feita se houver laudo médico que a justifique, com a descrição dos motivos.

É crime internação involuntária?

O Projeto de Lei 4075/20 torna crime a internação involuntária de dependente químico por familiar ou responsável legal para tratamento em clínica, comunidade terapêutica, hospital ou outro estabelecimento.

Quais os critérios para uma internação involuntária?

Internação compulsória

Nesse caso não é necessária a autorização familiar. A internação compulsória é sempre determinada pelo juiz competente, depois de pedido formal, feito por um médico, atestando que a pessoa não tem domínio sobre a própria condição psicológica e física.

Quais são os 3 tipos de internação previstas em Lei?

Prevê o parágrafo único do artigo 6º da mencionada Lei que há três tipos de internação psiquiátrica: 1)-voluntária, solicitada pelo paciente; 2)- involuntária, pedida por terceiro; e 3)-compulsória, “aquela determinada pela Justiça”.

O que diz o artigo 2 da Lei 10.216 01?

Art. 2o Nos atendimentos em saúde mental, de qualquer natureza, a pessoa e seus familiares ou responsáveis serão formalmente cientificados dos direitos enumerados no parágrafo único deste artigo. Parágrafo único.

INTERNAÇÃO INVOLUNTÁRIA

27 questões relacionadas encontradas

O que prevê a Lei 10.216 para o tratamento de saúde mental?

A Lei 10.216/2001 estabelece normas sobre os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e regula os tipos de internações psiquiátricas.

Quais os direitos assegurados pela Lei 10.216 01?

1º Os direitos e a proteção das pessoas acometidas de transtorno mental, de que trata esta Lei, são assegurados sem qualquer forma de discriminação quanto à raça, cor, sexo, orientação sexual, religião, opção política, nacionalidade, idade, família, recursos econômicos e ao grau de gravidade ou tempo de evolução de seu ...

Quanto tempo uma pessoa pode ficar internada involuntariamente?

Esta internação terá duração máxima de 90 dias, e dependerá de avaliação sobre o tipo de droga, o padrão de uso e a comprovação da impossibilidade de uso de outras alternativas terapêuticas.

Pode internar uma pessoa a força?

Outra regra trazida pela recente mudança na Lei de Drogas, de extrema relevância nesta discussão, é a não previsão da internação compulsória para o usuário de drogas. Para casos de dependência química ou uso abusivo de substâncias psicoativas só se admitem agora dois tipos de internação: a voluntária e a involuntária.

Qual a diferença entre internação compulsória e involuntária?

É importante esclarecer a diferença entre internação compulsória e internação involuntária. A primeira é uma medida judicial, já a involuntária é um ato médico que incide sobre um paciente em um momento crítico e se dá sem o consentimento do usuário e a pedido de outra pessoa.

Como internar uma pessoa descontrolada?

Para que você consiga internar o dependente químico de forma compulsória, deve procurar apoio judicial. Esse tipo de internação está prevista na Lei Federal de Psiquiatria nº 10.216/2001. Assim, é preciso que você procure um médico psiquiatra para que este realize o pedido junto ao Ministério Público.

Pode internar um dependente químico contra a vontade dele?

O assunto ainda é polêmico e gera debates. Na prática, a resposta é: sim, é possível internar um dependente químico contra a sua vontade.

Como se proteger de internação involuntária?

Esse tipo de internação só pode ocorrer mediante determinação médica, mas isso não basta: precisa ser comunicada ao Ministério Público, que a submeterá a um órgão de revisão (uma comissão multidisciplinar), para assegurar ao paciente o direito ao contraditório e para verificar a real necessidade da medida.

Qual é a lei que protege pessoas com transtornos psiquiatricos?

O Projeto de Lei 4918/19 estabelece direitos e garantias às pessoas com transtornos mentais e inclui expressamente esse segmento no rol das pessoas com deficiência.

Quem é responsável pelo dependente químico?

Ninguém é responsável pela dependência de drogas de outra pessoa ou pela sua recu- peração. No entanto, por falta de conhecimento, aqueles mais chegados ao dependente podem permitir que a doen- ça passe desapercebida, apoiar o seu desenvolvimento e contribuir para que o tratamento seja evitado.

Quando é necessário internar uma pessoa com depressão?

Em 1997, a World Psychiatric Association definiu condições em que se deve indicar hospitalização para pacientes com depressão. São elas: a) Tentativa ou risco de suicídio. É importante não confundir risco de suicídio (quando há um plano concreto para a execução do ato) com pensamentos suicidas.

Pode internar uma pessoa com depressão a força?

Conforme art. 6º da Lei 10.216/2001, a internação involuntária — e a internação compulsória, que é determinada por um juiz cível — são permitidas. Nesse caso, exige-se um laudo médico especificando o transtorno mental ou questões relacionadas ao alcoolismo, drogas e os impactos que representam.

O que diz a Lei 13840 de 2019?

Art. 1º Esta Lei altera a Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, para tratar do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas, definir as condições de atenção aos usuários ou dependentes de drogas e tratar do financiamento das políticas sobre drogas e dá outras providências.

Quando é necessário internar?

O paciente é internado em um hospital quando tem um problema sério ou que represente risco à vida (como um ataque cardíaco). O paciente também pode ser internado por distúrbios menos sérios que não podem ser adequadamente tratados em outro lugar (como em casa ou em um centro de cirurgia ambulatorial).

Quando o paciente não quer ficar internado?

A manifestação da recusa deve se dar, preferencialmente, por escrito e na presença de duas testemunhas, na impossibilidade pode ser empregado outros meios como áudio e vídeo com preservação e indicação no prontuário do paciente. Diante da recusa o médico pode propor outro tratamento.

Quanto custa para internar uma pessoa com esquizofrenia?

O custo médio diário da internação psiquiátrica foi de R$ 386,57 por paciente e R$ 11.713,07 por internação com o diagnóstico de esquizofrenia. Observou-se que a maioria dos pacientes portadores de esquizofrenia eram do sexo masculino, solteiro, com baixo nível de escolaridade e nenhuma atividade profissional.

O que é internação judicial?

A internação compulsória é direcionada por um juiz que através de uma decisão judicial considera um risco a sociedade e a saúde da própria pessoa ela continuar sem tratamento e por isso é obrigado por lei a fazê-lo.

Como entrar com ordem judicial para internação?

O que é preciso para que seja expedida a ordem de internação compulsória por procedimento judicial?
  1. Avaliação médica: Onde o médico psiquiatra fará a avaliação do diagnóstico do paciente;
  2. Diagnóstico e pedido formal: O médico fará o diagnóstico e em seguida redigirá o pedido formal de internação;

Quais são os tipos de internação psiquiátrica de acordo com a Lei 10.216 01 LEI Paulo delagado )?

Segundo ela, os três tipos de internação possíveis (voluntária, involuntária e compulsória), por exemplo, também não seriam bem conhecidos por quem trabalhava no hospital.

Quais são os tipos de internação psiquiátrica regulamentados pela Lei 10.216 01?

A Lei de Assistência Psiquiátrica (Lei 10.216/01), que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental, prescreve três espécies de internação psiquiátrica, quais sejam, voluntária, involuntária e compulsória (art.

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