O que causa Litigancia de má fé?

Perguntado por: Marcos Valentim Cunha Branco Batista  |  Última atualização: 15. April 2025
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A litigância de má- ocorre quando uma parte em um processo judicial age desonestamente ou com intenções maliciosas, como falsificar documentos, fazer falsas alegações, alterar fatos, utilizar o processo para fins ilegítimos, obstruir a justiça, ou iniciar procedimentos sem fundamento.

Quando ocorre a litigância de má-fé?

A litigância de má-fé se configura quando a parte deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso; alterar a verdade dos fatos; usar do processo para conseguir objetivo ilegal; opuser resistência injustificada ao andamento do processo; proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ...

O que caracteriza a litigância de má-fé?

A litigância de má-fé constitui um tipo especial de ilícito em que a parte, com dolo ou negligência, agiu processualmente de forma inequivocamente reprovável, violando deveres de legalidade, boa-fé, probidade, lealdade e cooperação de forma a causar prejuízo à parte contrária e obstar à realização da justiça.

Quando cabe multa por litigância de má-fé?

Segundo o art. 18, do atual CPC, o litigante de má-fé poderá ser condenado ao pagamento de multa que não excederá a 1% (um por cento) sobre o valor da causa. Portanto, o que se verifica na prática que o valor irrisório da condenação não inibe qualquer das partes a litigar de má-fé.

Como comprovar a litigância de má-fé?

A aplicação da penalidade por litigância de má-fé exige a comprovação do dolo da parte, ou seja, da intenção de obstrução do trâmite regular do processo ou de causar prejuízo à parte contrária, o que não ocorre na hipótese em exame.

AGU Explica - Litigancia de má-fé

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Quais as consequências da litigância de má-fé?

Os artigos 79 a 81 do Código de Processo Civil (CPC) – explicou a relatora – definem as situações caracterizadoras da litigância de má-fé e estabelecem três sanções: multa superior a 1% e inferior a 10% do valor corrigido da causa; indenização pelos prejuízos causados à parte contrária; e condenação nos horários ...

Quem responde pela litigância de má-fé?

Este responderá pela má escolha do profissional, e aquele por ter, efetivamente, praticado os atos inquinados de máfé, pois, como afirma HUMBERTO THEODORO JÚNIOR, a quem peço vênia para citar novamente, "os deveres de lealdade e probidade, a que aludem os arts.

Quais são as penalidades para quem é considerado litigante de má-fé?

O litigante de má-fé deverá arcar com os honorários advocatícios e despesas da parte contrária; Se for mais de uma parte agindo de má-fé, a multa poderá ser proporcional ou solidária; Se o valor da causa for irrisório ou inestimável, o valor da multa poderá ser de até 10 vezes o salário mínimo.

Qual o valor máximo que uma parte pode ser condenada por dano processual?

Dispõe-se que, de ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa - que deverá ser superior a 1% e inferior a 10% do valor da causa corrigido - a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou.

Quem tem justiça gratuita paga multa por litigância de má-fé?

Como a litigância de má-fé se baseia no desvio de uma conduta processual, o beneficiário da justiça gratuita não fica isento do pagamento da multa que lhe tenha sido aplicada. Assim, inclusive, prevê expressamente o parágrafo 4º do artigo 98 do CPC.

Qual o valor da litigância de má-fé?

O relator, desembargador convocado João Pedro Silvestrin, destacou que, de acordo com o artigo 81 do Código de Processo Civil (CPC), prevê que o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa, entre 1% e 10%, do valor corrigido da causa, como forma de indenizar a parte contrária pelos prejuízos sofridos.

Como executar litigância de má-fé?

A aplicação da penalidade por litigância de má-fé exige a comprovação do dolo da parte, ou seja, da intenção de obstrução do trâmite regular do processo ou de causar prejuízo à parte contrária, o que não ocorre na hipótese em exame.

Qual a diferença entre litigância de má-fé e ato atentatório?

Caso a multa seja revertida em favor da parte contrária, trata-se de litigância de má-fé, e caso revertida em favor do Estado, trata-se de ato atentatório à dignidade da justiça (com exceção do art. 774 do CPC).

Pode ser cumulada com a multa de litigância de má-fé?

Tese Firmada: É impossível a aplicação cumulada das multas por litigância de má-fé (artigos 80 e 81 do CPC) e por embargos protelatórios (artigo 1.026 do CPC).

Quando o advogado mente no processo?

O ato de mentir no processo judicial tem o nome formal de litigância de má- fé. A palavra litigar vem do latim litigare, que significa disputar. De forma simples, litigância de má-fé seria como brigar em desigualdade, como um estar portando uma arma de fogo e o adversário um canivete, não é uma disputa justa.

Como o juiz determina o valor da causa?

O juiz julgará sempre de acordo com o pedido (arts. 141 e 492 do CPC), por isso, valor do pedido ou dos pedidos, será o valor da causa. Se o juiz somente pode julgar nos limites do pedido, este será o limite para a atribuição ao valor da causa.

Quando o réu pode impugnar o valor da causa?

Impugnação ao valor da causa

Art. 293. O réu poderá impugnar, em preliminar da contestação, o valor atribuído à causa pelo autor, sob pena de preclusão, e o juiz decidirá a respeito, impondo, se for o caso, a complementação das custas.

Quando o juiz determina o valor da causa?

O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa quando verificar que não corresponde ao conteúdo patrimonial em discussão ou ao proveito econômico perseguido pelo autor, caso em que se procederá ao recolhimento das custas correspondentes.

Quando o advogado pode ser condenado por litigância de má-fé?

Desse modo, faz-se cabível a inclusão, no CPC, do mandatário como responsável por litigância de má-fé quando agir de forma abusiva, prejudicando seu constituinte ou terceiros, já que a eticidade perfaz-se como pilar da profissão advocatícia.

O que quer dizer a palavra litigante?

Termo : “Litigante”

Indivíduo, empresa ou entidade que é parte de um processo judicial, seja como autor ou réu.

E litigância de má-fé expor os fatos em juízo conforme a verdade?

LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. O CPC , art. 77 , incisos I e II impõe às partes e aos seus procuradores o dever de "expor os fatos em juízo conforme a verdade", além de "não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que são destituídas de fundamento".

É possível mudar de advogado no meio do processo?

Segundo o Art. 26 do Estatuto da OAB, o substabelecimento é ato pessoal do advogado da causa e só ele pode realizar este ato. Entretanto, ele pode escolher não o fazer. Neste caso, o cliente que está insatisfeito pode procurar outro advogado e assinar nova procuração a este que ingressará na demanda.

É dever do advogado manter contato com o cliente?

Art. 9º O advogado deve informar o cliente, de modo claro e inequívoco, quanto a eventuais riscos da sua pretensão, e das consequências que poderão advir da demanda.

O que acontece quando o executado não se manifesta?

O que acontece quando o executado não se manifesta? Se o executado descumprir ordem judicial, conforme indicado pelo § 3º do art. 536, incidirá a pena por ato atentatório à dignidade da justiça (art.

O que acontece quando o exequente não se manifesta?

A ausência de manifestação do exequente não pode ser entendida como cumprimento da obrigação. Portanto, a inércia do exequente ao não se manifestar acerca da não efetivação da obrigação, na forma estabelecida em sentença, tem como consequência, no máximo, a presunção relativa de que o crédito foi satisfeito.

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