É possível que o devedor renuncie à prescrição prevista em lei?

Perguntado por: Mário Marco Mendes Maia  |  Última atualização: 17. April 2022
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III.
Com supedâneo no artigo 191 do CC, é possível ao devedor renunciar a prescrição, de forma expressa ou tácita. Todavia, a renúncia deve ocorrer posteriormente à consumação do instituto.

É possível renunciar à prescrição?

Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição.

É possível renunciar ao prazo decadencial previsto em lei?

Decadência legal: o prazo não pode ser alterado pelas partes e não pode ser renunciada pelas partes; o juiz deve conhecê-la de ofício.

O que é a renúncia da prescrição?

Segundo o art. 191[1] do Código Civil, a renúncia tácita à prescrição ocorre quando o interessado praticar atos “incompatíveis com a prescrição”. “Renúncia é ato de vontade abdicativo, de despojamento, de abandono de direito por parte do titular.

Não é permitida a renúncia previa a prescrição?

Toda cláusula contratual que prevê renúncia antecipada da prescrição é nula de pleno direito. Apesar do interesse privado e da disponibilidade, os prazos prescricionais não podem ser alterados pelas partes.

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Quando não corre a prescrição?

Segundo o art. 199, não ocorre prescrição pendendo condição suspensiva, não estando vencido o prazo ou pendendo ação de evicção. O artigo 200 do CC estabelece que não correrá a prescrição antes da respectiva sentença definitiva, quando a ação originar de fato que deva se apurado no juízo criminal.

O que são causas impeditivas da prescrição?

as causas impeditivas da prescrição são as circunstancias que impedem que seu curso inicie e, as suspensivas,as que paralisam temporariamente o seu curso; superado o fato suspensivo, a prescrição continua a correr, computado o tempo decorrido antes dele.

O que causa a suspensão da prescrição?

Quando o prazo prescricional já se iniciou, e, após o seu início, verifica-se a presença de uma condição especial envolvendo as partes, o titular da pretensão ou o próprio negócio jurídico, esse prazo prescricional, já iniciado, é suspenso, assim ficando até que cesse a causa que não permite sua fluência.

É possível a renúncia antecipada de prescrição fixada em lei?

Não se admite a renúncia antecipada, visto ser a prescrição de ordem pública.

Não é admissível renúncia prévia de prescrição nem de prescrição em curso mas só dá consumada?

Não é admissível renúncia prévia de prescrição, nem de prescrição em curso, mas só da consumada. A renúncia da prescrição deve ser expressa e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro.

É possível renunciar à prescrição desde que de forma expressa todavia a renúncia antecipada pode ser tácita?

A renúncia da prescrição, que pode ser realizada de forma expressa ou tácita, somente pode ser feita validamente após ter-se consumado a prescrição, ou seja, a renúncia prévia não é aceita pelo Código Civil.

O que é o prazo prescricional?

A prescrição é, como foi dito, a perda da possibilidade de ter o resultado favorável numa ação por ter deixado o tempo para isso passar. Geralmente, o prazo prescricional começa a contar a partir do momento em que o direito foi violado.

O que é Eviccao de direito?

Evicção é uma garantia legal ofertada ao adquirente, já que se ele vier a perder a propriedade, a posse ou o uso em razão de uma decisão judicial ou de um ato administrativo, que reconheça tal direito à terceiro, possa ele recobrar de quem lhe transferiu esse domínio, ou que pagou pela coisa.

É possível a repetição de dívida prescrita?

O pagamento de dívida prescrita é verdadeira renúncia do favor da prescrição. Não há direito de repetição. Ademais quem recebe dívida prescrita não se locupleta indevidamente, pois, conforme a distinção tradicional na doutrina, a prescrição extingue a ação, mas não o direito. Mesmo prescrita, a obrigação existe.

Pode haver renúncia à decadência?

A decadência também é chamada de caducidade. Além disso, diferentemente da prescrição, a renúncia não é admitida na decadência legal (a estabelecida em lei). A renúncia na decadência é somente admitida na forma convencionada entre as partes, também chamada de decadência convencional.

Pode haver renúncia à decadência prevista em lei por aquele que a aproveita?

Pode haver renúncia à decadência prevista em lei por aquele que a aproveita. A pretensão condenatória não exercitada no prazo legal sujeita-se aos efeitos da decadência. A prescrição iniciada contra o credor continua a correr contra o sucessor universal absolutamente incapaz.

É nula a renúncia ao prazo de decadência fixado em lei mesmo quando convencionada em ato ou negócio jurídico firmado entre capazes?

É nula a renúncia ao prazo de decadência fixado em lei, mesmo quando convencionada em ato ou negócio jurídico firmado entre capazes. O protesto, judicial ou extrajudicial efetuado em tabelionato de protesto de títulos, constitui causa de interrupção da prescrição, mas somente poderá ocorrer uma vez.

Poderia a renúncia no caso ser tácita?

A renúncia pode ser expressa (consta de declaração escrita e assinada pelo ofendido, por seu representante ou por procurador com poderes especiais) ou tácita (decorre da prática de ato incompatível com a intenção de exercer o direito de queixa e admite qualquer meio de prova).

O que deve se entender por renúncia tácita?

A renúncia expressa constará de declaração assinada pelo ofendido, por seu representante legal ou procurador com poderes especiais (art. 50 CPP); a renúncia tácita se caracteriza pela prática de ato incompatível com a vontade de exercer o direito de queixa.

O que a Constituição Federal de 1988 estabelece acerca da prescrição?

O artigo 7º da Constituição Federal, em seu inciso XXIX estabelece que é garantido ao trabalhador o direito de ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho.

Qual a diferença entre Desistência de ação e renúncia de direito?

A desistência não se refere ao direito litigioso, mas apenas ao prosseguimento do processo, a decisão que a reconhece não resolve o mérito. Já a renúncia diz respeito ao próprio direito em que se funda a ação, gera extinção com resolução do mérito.

Quais são as causas impeditivas e suspensivas da prescrição?

As causas impeditivas da prescrição são as circunstancias que impedem que seu curso inicie e, as suspensivas, as que paralisam temporariamente o seu curso; superado o fato suspensivo, a prescrição continua a correr, computado o tempo decorrido antes dele.”

O que significa ação impeditiva?

A causa impeditiva obsta o transcurso do prazo, desde o seu início. Por outro lado, a causa suspensiva ocorre quando o prazo já iniciou o seu decurso, paralisando o, reiniciando após o desaparecimento das hipóteses legais, pelo prazo restante.

Quais são os casos de interrupção do prazo prescricional?

A interrupção da prescrição se dá com o despacho do juiz que ordena a citação, se o demandante promover no prazo e na forma da lei processual. E, sendo válida, retroage à data da propositura da ação (artigos 202, inciso I do Código Civil e 219, § 1º do CPC de 1973).

O que é evicção do imóvel?

No setor imobiliário, diz-se que acontece a evicção quando há perda total ou parcial do imóvel em face de terceiro, possuidor de direito anterior, através de decisão judicial.

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