Como funciona o perdão da pena?

Perguntado por: António Martinho Rocha de Sousa  |  Última atualização: 23. April 2024
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O indulto é um benefício concedido pelo Presidente da República. Significa o perdão da pena, efetivado mediante decreto que tem como consequência a extinção, diminuição ou substituição da pena. É regulado por Decreto do Presidente da República, com base no artigo 84, XII da Constituição Federal.

Como funciona o pedido de perdão de pena?

O benefício previsto na Constituição Federal funciona como uma espécie de perdão coletivo para condenados, que têm a sentença extinta e podem ser liberados. O indulto ocorre mediante decreto presidencial e não tem efeito imediato. A defesa dos beneficiados deve entrar com um pedido de libertação na Justiça.

Quem tem direito ao perdão da pena?

Condenados a penas entre oito e doze anos, o indulto será concedido se o preso tiver cumprido um terço da pena, se não reincidentes, ou metade, se reincidentes, desde que o crime não tenha sido praticado com violência.

Quando o preso tem direito ao indulto?

Em geral, o benefício é concedido a quem foi sentenciado a até oito anos de prisão que tenha cumprido um quarto da pena. Ou um terço da pena, no caso de reincidência. Nem todos os crimes podem ser anulados pelo presidente no indulto natalino.

Quando é concedido o indulto?

De acordo com o artigo 5º do Decreto n° 11.302/2022, o indulto natalino será concedido às pessoas condenadas por crime cuja pena privativa de liberdade máxima em abstrato não seja superior a cinco anos.

🔵 Perdão Judicial - Direito Penal

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Quais crimes cabe indulto?

Importante destacar que o Indulto prevê expressamente o cabimento em caso de crimes cometidos com grave ameaça e violência, conforme o artigo 2º, inciso XIV do decreto, exceto se reconhecida a hediondez.

Quais crimes não cabe indulto?

A concessão do indulto é regulada por decreto do presidente da República e é vedada para condenados por crimes hediondos, tortura, tráfico, ilícito de entorpecentes e drogas afins e terrorismo.

O que diz a Lei do indulto?

118 da Lei no 7.210, de 1984. § 1o Para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave ameaça à pessoa, a concessão do indulto ficará subordinada à constatação pelo Juiz de condições pessoais que façam presumir que não voltará a delinqüir.

Como saber se o preso tem direito a saidinha?

Quem tem direito à saída temporária? Tem direito à saída temporária o preso que cumpre pena em regime semi-aberto, que até a data da saída tenha cumprido um sexto da pena total se for primário, ou um quarto se for reincidente.

Quanto tempo a pessoa fica em liberdade condicional?

Quando se trata do quanto demorará para sair o livramento condicional, totalmente depende da severidade do crime e do sistema de justiça de cada estado. Normalmente, o processo de apelação pode levar de dois meses a dois anos para o livramento condicional ser concedido.

Quando um crime é perdoado?

O que é perdão judicial? Perdão judicial é prerrogativa do juiz que mesmo reconhecendo a prática do crime deixa de aplicar a pena, desde que, preenchidas as circunstâncias da lei e quando as consequências do delito atinjam o agente, de tal forma que o seu sofrimento por si só, já seja punição suficiente.

Quando é cabível o perdão judicial?

O perdão judicial só pode ser concedido na sentença/acórdão, depois de cumprido o devido processo legal.

Quais os requisitos para o indulto?

Indulto: Beneficio coletivo. Pode ser concedido de oficio – não precisa de pedido. Concedido pelo Presidente da República por meio de Decreto.

Será que vale a pena perdoar?

Reconheça que perdoar traz benefícios. Porque abrir mão da raiva e do ressentimento torna a vida mais leve. Além disso, a empatia é um ponto importante. Ao colocar-se no lugar do outro você perceberá que ninguém é perfeito.

Quais crimes têm direito a saidinha?

O principal veto do presidente não foi em relação às pessoas que poderão acessar a saidinha. Mas ao que esse segmento — agora restrito a condenados por crimes como furto e estelionato — poderão fazer nas saídas temporárias.

Quais são as novas regras do regime semiaberto?

A norma se originou do projeto de lei (PL) 2.253/2022, da Câmara dos Deputados, que previa revogação total da saída temporária. Esse direito dos condenados a regime semiaberto permite até cinco saídas da prisão ao ano, normalmente durante as datas comemorativas.

Quantos indultos existem?

No Brasil, a Constituição Federal brasileira de 1988 estabelece três tipos de perdão jurídico que são reconhecidos pela ordem constitucional: anistia, prevista no seu artigo 5º, inciso XLIII; graça, prevista no seu artigo 5º, inciso XLIII; e.

O que se paga para sair da cadeia?

Fiança é um valor determinado por uma autoridade competente (Juiz ou Delegado) para que seja depositado, em dinheiro ou objetos, com a finalidade de que o acusado aguarde o julgamento em liberdade provisória.

Qual a diferença entre anistia e indulto?

"a) A anistia exclui o crime, rescinde a condenação e extingue totalmente a punibilidade; a graça e o indulto apenas extingue a punibilidade, podendo ser parciais; b) A anistia, em regra, atinge crimes políticos; a graça e o indulto, crimes comuns; c) A anistia pode ser concedida pelo poder legislativo; a graça e o ...

Quais os efeitos da condenação são atingidos pelo indulto e quais não são?

A concessão do indulto presidencial extingue apenas os efeitos primários da condenação, como a pena imposta. Ele não afasta, por outro lado, os efeitos secundários, entre eles a inelegibilidade decorrente da condenação criminal.

É possível perdão judicial em crimes dolosos?

Em regra, o Direito Penal brasileiro prevê o perdão judicial para crimes culposos - exemplos: homicídio culposo, lesão corporal culposa e receptação culposa. Entretanto, também é possível o perdão judicial em crimes dolosos – exemplos: art.

O que é perdão em um processo?

Perdão é a desistência do prosseguimento da ação penal privada propriamente dita. Nota-se, pois, como são semelhantes os dois institutos. A única grande diferença entre ambos é que a renúncia ocorre antes do ajuizamento da ação e o perdão, depois. Tanto a renúncia como o perdão podem ser expressos ou tácitos.

Não é admissível o perdão depois que passa em julgado a sentença condenatória?

105, § 2º, do Código Penal, que “não é admissível o perdão depois que passa em julgado a sentença condenatória”. Deste dispositivo é possível concluir que o perdão tem cabimento desde o recebimento da queixa-crime até o trânsito em julgado da condenação, sendo viável, inclusive, em grau de recurso.

Quando cabe o perdão de pena?

Entre os requisitos para concessão do indulto penal estão: Bom comportamento; Não ter cometido falta grave nos doze meses que antecedem a publicação do Decreto; Estar preso há um determinado período de tempo, já tendo cumprido uma parcela de sua pena (o que pode variar a depender do regime prisional e da pena);

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