Como a loucura era vista nos períodos históricos abordados?

Perguntado por: Jéssica Eduarda Borges  |  Última atualização: 9. März 2022
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A loucura como fenômeno é relatada, inicialmente, na Antigüidade grega e romana, junto a outras tantas doenças classificadas como práticas mitológicas, manifestações sobrenaturais motivadas por deuses e demônios.

Como a loucura era vista na antiguidade?

Na antigüidade a loucura era considerada como uma manifestação divina. O ataque epiléptico , intitulado a doença sagrada, significava maus presságios quando ocorria durante os comícios.

Como a saúde mental era vista antigamente?

Acreditava-se que a perturbação mental ainda era uma escolha, por isso os funcionários usavam restrições físicas, camisas de força e até mesmo ameaças para tentar “curar” os indivíduos. Às vezes, drogas eram dadas aos pacientes considerados mais “perigosos” e “difíceis”.

Como os loucos eram vistos na Idade Média?

Os loucos, quando pertencentes a uma determinada cidade, eram tomados como propriedades dessa, não sendo expulsos, mas encarcerados em cadeias ou em casas de dementes, caso manifestassem um comportamento violento.

Como a loucura é vista hoje?

Hoje, a ciência faz uma distinção clara entre loucura e doenças mentais. “Talvez pareça desconcertante, mas os psiquiatras não se utilizam de termos como louco ou loucura e nenhuma das atuais classificações dos distúrbios psiquiátricos os inclui”, diz Sérgio Bettarello, do Instituto de Psiquiatria da USP.

Períodos Históricos: Pré-História, Antiguidade, Idade Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea.

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Como o louco é visto pela sociedade?

Como os transtornos mentais foram vistos ao longo da humanidade. Na Antiguidade grega, a loucura tinha um caráter mitológico que se misturava à normalidade. Num tempo em que a noção de passado era vaga, a escrita inexistia e os deuses decidiam tudo, o “louco” era uma espécie de ponte com o oculto.

Quais são os primeiros sintomas de loucura?

5 sinais de quem possui transtornos mentais
  • Apresenta problemas de sono. Esse é um problema relacionado a diversos transtornos mentais, podendo ser desde a insônia até o excesso de sono. ...
  • Está sempre ansioso ou tenso. ...
  • Humor se altera com facilidade. ...
  • Tem se afastado das pessoas. ...
  • Esquecimento frequente.

Qual era o conceito da loucura na Idade Média?

A loucura é considerada o oposto da razão. Perda do juízo, domínio das paixões, desordem do pensamento, devaneio do espírito, múltiplas são as imagens dessa doença que atinge o homem desde tempos imemoriais.

Como era vista à loucura na Grécia Antiga e na Idade Média?

Grécia Antiga: o “louco” era considerado uma pessoa com poderes diversos. ... Início da Idade Média: a loucura era vista como expressão das forças da natureza. Mais tarde, era tida como possessão por espíritos maus, que deveriam ser eliminados por práticas inquisitoriais, sob o controle da Igreja.

Quais são as fases da loucura?

Para ele, a manifestação da doença se dividia em quatro fases sucessivas: a aura, estado que precede a crise, quando o doente começa a se agitar sem, no entanto, perder a consciência; a fase epileptóide, manifestada por gritos, palidez e perda de consciência; o período de contorções, também chamado “clownesco”, ...

Como eram os tratamentos psiquiatricos antigamente?

Na maioria das vezes, os portadores de doenças mentais viviam confinados em hospitais psiquiátricos como o de Juqueri, em São Paulo, isolados de tudo e de todos, até a morte. Muitos eram submetidos à camisa de força e a técnicas violentas como a lobotomia e o eletrochoque.

Como é vista a Saúde Mental?

A Saúde Mental de uma pessoa está relacionada à forma como ela reage às exigências da vida e ao modo como harmoniza seus desejos, capacidades, ambições, ideias e emoções. Ter saúde mental é: Estar bem consigo mesmo e com os outros. Aceitar as exigências da vida.

Como a esquizofrenia era vista antigamente?

Os “loucos” eram vistos como incapazes de pensar — equivalentes aos animais — e portanto deveriam viver à parte.

Como a visão da loucura foi se modificando no decorrer da história?

Durante todo o decorrer da história, pouca importância fora dada com a questão do “insano”. Durante a Idade Média, tal problema era visto simplesmente como um erro, uma falha da razão. Neste período, o maior enfoque de exclusão seria dado, segundo Foucault, sobre o leproso (FOUCAULT, 1972, p. 3).

Como a loucura era entendida pela sociedade antes de ser vista como uma doença?

Nos tempos da Inquisição, a loucura foi entendida como manifestação do sobrenatural, demoníaco e até satânico, e classificada como expressão de bruxaria, cujo tratamento caracterizou-se pela perseguição aos seus portadores, tal como se praticava com os hereges.

Como era vista a doença mental na idade moderna?

No final da Idade Média até a Idade Moderna houve uma mudança radical desses conceitos e o doente mental passou a ser visto como um possuído pelo demônio, dessa forma o tratamento antes humanitário foi mudado para espancamentos, privação de alimentos, tortura generalizada e indiscriminada, aprisionamento dos doentes ...

Quais as principais diferenças entre a concepção de loucura na Idade Antiga e na Idade Média ?;?

Na antiguidade grega nem sempre o que intitulamos de loucura denotou, apenas, doença. Já nos fins da Idade Média ao século XVI o conceito de loucura começa a divergir com o que se pensava na Grécia Antiga. Inicia-se nesse período a ruptura entre razão e desrazão. A desrazão criaria, de certa forma, a própria razão.

Como os gregos entendiam os loucos?

Logo, os trágicos gregos consideravam a loucura como parte da natureza humana, estando esta sujeita à influência de situações adversas como “dramas e aberrações”. Na obra de Eurípedes, principalmente, encontraremos uma concepção da loucura como resultado da força e dos conflitos das paixões humanas.”

Como eram tratados os loucos?

Tratados também como “alienados mentais” pelas autoridades da época, no hospital eles ficavam internados em seis quartos especiais de contenção, sem tratamento adequado, e novamente “soltos” para as ruas da capital do Paraná. Muitos deles eram alvos de chacotas e sobreviviam de doações.

Qual é o conceito de loucura Segundo Foucault?

Foucault não fala o que é a loucura, entretanto, fala da loucura, pois relata o que ela é a partir dos discursos de saberes sobre esse objeto vindos de determinadas épocas (no caso, a Idade Média, o Renascimento e a Idade Clássica), de determinados momentos históricos, de um determinado saber específico, ou geral.

O que aconteceu na história da loucura?

A nau dos loucos no século XV é um exemplo claro dessa prática: a prática de expulsar os loucos dos navios. ... A partir do século XIX, a loucura é vista como doença mental que deve ser tratada. Alguns historiadores argumentam que o grande confinamento dos loucos não ocorreu no século XVII, mas no século XIX.

O que leva uma pessoa a enlouquecer?

Acidentes de avião, de carro, desastres naturais, guerras, agressões físicas ou sexuais e outros traumas podem fazer as pessoas sentirem que estão perdendo o controle de suas mentes. Isso porque muitas vezes elas têm flashbacks do evento ou pesadelos sobre eles, o que pode ainda causar insônia grave.

O que leva uma pessoa a ficar louca?

A Loucura é um problema de ordem psiquiátrica que implica numa disfunção psíquica. A loucura vem de questões genéticas como a esquizofrenia como também através de uso de substâncias químicas que podem levar a desenvolver um transtorno mental.

Como o louco era visto no Iluminismo?

Por essa predominância burguesa qualquer pessoa fora dos padrões, ou seja, desempregados, moradores de rua e loucos eram internados em instituições objetivando realizar “limpezas nas ruas”. A loucura era qualquer costume considerado errado pelos mais ricos, como por exemplo a homossexualidade e prostituição.

Como era antes da reforma psiquiátrica?

No século XIX, o tratamento ao doente mental incluía medidas físicas como duchas, banhos frios, chicotadas, máquinas giratórias e sangrias. Aos poucos, com o avanço das teorias organicistas, o que era considerado como doença moral passa a ser compreendido também como uma doença orgânica.

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